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Aula 4º - Thomas Richard

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Mensagem por Convidado Qua Jun 11, 2014 12:50 am

Eu estava nervoso para a última aula, afinal, quem não estava? Mais esta e eu poderia voltar para casa. Se bem que eu queria conhecer um pouco da cidade de Nova York ainda. Não tive oportunidade alguma para sair do Instituto.

Acordei cinco e meia da manhã, escovei os dentes, tomei um banho e fui para a cozinha. Não havia quase ninguém lá, acho que seja por causa do horário, os outros alunos costumam acordar tarde.
Fui até o jardim e meditei por 40 min. Depois fui até uma sala do Instituto onde se pode encontrar equipamentos e bonecos para treinamentos de golpes. A sala é normalmente utilizada nas aulas extras de defesa pessoal e condicionamento físico, mas naquele momento estava vazia e livre. Comecei fazendo algumas flexões e depois me alongando. Depois treinei algumas formas de kung fu, executando-as mais tarde no boneco de madeira. Estava apenas colocando em prática o que eu sabia, para não esquecer. Eu queria estar preparado para qualquer coisa nessa última aula. Ela aconteceria de tarde e eu tinha a manhã toda livre. Fui para o jardim novamente e fiquei testando alguns movimentos com minha hidrocinese e outros truques com a termocinese.

Eis que chega o horário da aula. Coloquei um short e uma camiseta cinza, era o que o bilhete deixado no mural de avisos dizia, roupas leves. Então fui até a Sala de Perigo. O professor esperava os outros alunos, o cumprimentei enquanto eles não chegavam.
Charles nos parabenizou pelo esforço e empenho nas aulas anteriores e começou a explicar o que aconteceria nesta: através de uma simulação de combate, seríamos testados a respeito de tudo o que nós já aprendemos, além de termos uma última lição sobre Massa. Tínhamos que derrotar um adversário sob uma gravidade três vezes maior do que a normal e à temperatura de 10°C.
Bom, eu não teria problemas com o frio, fiquei preocupado mesmo é com a gravidade...

Paragão vai, paragão vem, e então é minha vez.
Caminho até o centro da sala. Respiro fundo e dou um sinal para o professor iniciar a simulação.
Repentinamente a iluminação na sala começou a mudar. Imagens holográficas se tornavam cada vez mais reais e eu pude perceber uma leve mudança na temperatura. Escutei uma voz em minha mente:
- Thomas, recordo-me de sua condição sobre gravidade, não se preocupe, aumentarei-a gradativamente.
- Tudo bem professor.

Enquanto a gravidade ia lentamente aumentando pude perceber o novo cenário que se formava ao meu redor. Notei que eu estava cercado por arquibancadas. Senti meus pés molharem. Parecia que eu estava em um estádio abandonado, e inundado, tinha até mini-pântanos aos pés das arquibancadas.
Imagem ilustrativa do cenário:


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Após um minuto, eu comecei a sentir meu corpo mais pesado, uma sensação parecida quando subimos em um elevador. Passou mais um minuto e o professor disse-me mentalmente:
- A simulação começou.
- Ok.

Um calafrio subiu pelo corpo. Dei um passo, na verdade, tentei dar um passo, pois ao fazer pude perceber a grande diferença na gravidade e cheguei a me desequilibrar um pouco. "... Que estranho..." Pensei.
Tentei caminhar para poder sentir melhor aquele novo ambiente. A água não atrapalhava tanto, ela cobria apenas os pés, não chegava até a canela.
Manipulei uma pequena porção de água e senti uma leve dificuldade para fazê-la levitar. As gotas que se desprendiam do volume atingiam o solo inundado com mais velocidade do que o normal.

Vi que a uns 30 metros de mim um garoto se materializava por pixels. Um ponto vermelho de luz acendeu e apagou em seu peito e em seguida o garoto começou a se transformar em um monstro. Percebi uma calda surgindo nele. Suas pernas ficaram diferentes e ele começou a vir em minha direção correndo. Eu levei um breve susto, mas me recompuz, e determinado manipulei a água envolvendo meus braços, bioenergizando-a logo depois... Preparando-me para o combate. O monstro foi ficando lento e ficou olhando para suas pernas, alguma coisa parecia estar errada, provavelmente ele notava a diferença na gravidade. A distração não durou muito e ele continuou a se aproximar, pegando o jeito para correr. Foi aí que percebi que não era um monstro, e sim um dinossauro, um raptor para ser mais específico. Apenas a cabeça se manteve humana. Ele tentou saltar mas acabou sendo puxado pela gravidade hostil, caindo. Utilizando a água dos meus braços, ataquei duas esferas em sua direção, porém uma foi pro chão antes de acertá-lo e a outra ele conseguiu desviar a tempo. Ele se levantou.
O garoto - apenas com uma calda de dinossauro agora - se aproximou mais e como se preparasse para dar uma rasteira, tentou me atingir na altura das pernas com uma calda com um esporo na ponta. Imobilizei o ataque levantando uma barreira de água e congelando-a em seguida. O bloco de gelo quase se espatifou inteiro.
Antes que meu adversário tentasse outro ataque, lancei uma onda empurrando ele para alguns metros de mim, ganhando tempo.
Ataquei jatos de água sobre ele, a gravidade atrapalhava e eu tinha que me esforçar mais do que o normal para acertar o alvo. Percebi que ele não estava mais onde eu atacava, havia sumido. De repente senti um empurrão que me fez cair no chão. O garoto com pernas de dinossauro pisou em cima de mim, me imobilizando. Algo em seu peito acendeu e apagou numa luz vermelha e então sua cabeça se transformou na de um tiranossauro rex. Ele urrou como quem canta vitória. Mas fiz a água ao meu redor ir em sua direção em alta temperatura. Ele saiu de cima de mim berrando de dor. Levantei-me, com bastante dificuldade... Parecia que eu era de ferro e o solo um grande um ímã.

De repente me lembrei de algo que talvez fosse muito útil para o momento. Meu tio, um físico do mais alto nível, fazia um experimento que ao rotacionar um corpo em formato de roda com bastante velocidade este acabava ficando mais leve de certa maneira.

Exemplificação do experimento::


Então tentei fazer algo parecido. Manipulei duas quantidades de água, uma do meu lado direito e a outra do esquerdo, e dei um formato aproximado de uma roda a elas. Então comecei a rotacioná-las, quando atingiram maior velocidade percebi que já era mais fácil mantê-las no ar!

Bioenergizei as rodas d'água e as disparei contra o o garoto. Ele, apesar de estar todo queimado antes, não estava mais. Conseguiu desviar de uma, mas a outra acertou sua calda. Cortando-a de seu corpo. Porém algo inusitado aconteceu, ele fez outra calda crescer no lugar.
Correu em minha direção com muita agilidade e tentou desferir alguns golpes, com mãos humanas. Defendi-me com facilidade e dei um chute em seu peitoral afastando-o. Algo em seu peito ascendeu como as outras vezes e eu pude notar que se parecia com um cristal o objeto cintilante. Então ele transformou suas mãos em garras e sua cabeça na de um feroz dinossauro. Manipulei a água cobrindo meus braços e congelei, formando uma proteção de gelo. Ele me atacou com vontade, e eu consegui me defender, pedaços de gelo voavam. Com sua cabeça reptiliana, mordeu meu braço mas não causou muitos danos. Desferi uma rasteira com ajuda da água derrubando o garoto. Porém ele agarrou minha panturrilha com uma garra e com muita destreza me jogou por uns quatro metros (fiquei imaginando onde eu iria parar se não fosse gravidade do momento).
Ele se colocou de pé, transformou-se por completo em um triceratops de baixa estatura e disparou pra cima de mim. Mesmo com um ferimento na perna fiz com que uma onda me tirasse da rota de colisão do dinossauro, e por pouco ele não me atingiu. Fiquei de pé e o animal ja se preparava para outra investida, e assim o fez. Quando ele estava a uns cinco metros de mim congelei a água que estava em contato com suas patas. Como ele ja estava com uma inércia não foi fácil prendê-lo de início, todavia continuei congelando a água até imobilizá-lo. Ele urrou de raiva.
Ataquei, com dificuldade, inúmeras rajadas de água bioenergizadas contra o adversário e ele se contorcia. Até que mimetizou suas pernas na de um velociraptor, mais finas, e conseguiu sair do gelo. Fiz a água espirrar e evaporar na sua direção, causando uma pequena neblina para distraí-lo. Não iria durar muito tempo, a gravidade faria as partículas abaixarem logo, então corri para seu lado direito e o ataquei com uma esfera comprimida de água cheia de bioenergia. Quando ela encostou nele e saiu de meu controle hidrocinético, se expandiu com força empurrando o garoto.
A neblina abaixou e pude ver nitidamente meu adversário, ele estava meio encurvado para frente, cheio de feridas. Então ele tocou em seu peito e o seu cristal vermelho brilhou. Escamas surgiram por todo o seu corpo e durante esse processo as feridas iam sumindo. Ele se revigorou e armou suas mãos com garras, se preparando para recomeçar o combate.

"Ele se regenera ao se transformar em dinossauro, e quando faz isso o cristal em seu peito brilha... O cristal... Só pode ser isso!" Pensei concluindo. Eu tinha que destruir aquele cristal.

Eu envolvi meus braços com a água brilhando, tomada de bioenergia, e parti pra cima. Ele fez o mesmo.
O garoto-dinossauro saltou, desta vez sabendo dos limites, e tentou atacar com suas garras. Eu me joguei no chão deslizando sobre a água, passando por debaixo dele e em seguida ataquei esferas em suas costas. Ele bufou nervoso, se virou e veio correndo. Com os braços envoltos em água novamente, dei forma de espadas aos volumes, tencionando a nova forma líquida, para dar firmeza.
Eu e o garoto começamos a lutar mano-a-mano, ele era bom, mas nem tanto. Socos, defesas, contra-golpes, chutes, pegadas... Até que em um certo momento acabamos por nos imobilizarmos, eu segurando suas garras com mãos de água e ele segurando as minhas. Já cansado daquilo (cansado mesmo, pois a gravidade exigia muito dos músculos), fiz um vórtice aquático crescer sob o dino-boy e o levantar com grande impacto. A uma certa altura o envolvi em uma grande esfera d'água e rapidamente a congelei. Aquilo demandava muito esforço e eu me sentia quase exausto. Deixei a grande esfera de gelo cair, ela se espatifou e em seguida liberou o corpo do garoto. Porém ele estava muito fraco e não teve muita reação, deu um gemido apenas.

Agachei-me, "peguei" (manipulando) uma bola de água, do tamanho de uma de tênis, e com ela bioenergizada, pressionei com força o peito desprotegido de meu adversário, bem em cima do cristal. A pedra começou a brilhar em vermelho, e desta vez liberando faíscas vermelhas. O garoto pálido começou a se debater e tentou retirar meu braço de cima dele, mas seu esforço era quase inútil de tão fraco. Partes de seu corpo mimetizavam-se aleatoriamente na de espécies répteis, era como se estivesse acontecendo um curto-circuito com seus poderes. E então o rapaz se desfez em pixels azuis iniciando um pulso holográfico que ao se espalhar revelou a Sala de Perigo.
Simulação encerrada.


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Anexo: Dino-boy
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