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Aula 1 - Thomas

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Mensagem por Convidado Dom maio 11, 2014 10:00 pm

Eu andava pelos corredores sempre prestando atenção no mural de avisos, estava ansioso para a primeira aula. Até que numa tarde, conferindo a lista de aulas, vi que Física dos Poderes seria na manhã seguinte, no jardim da academia.
- Vejamos... Desci a ponta do dedo sobre a lista de aulas e seus respectivos horários...
- Defesa Mental...Sobrevivência... Aqui! Física dos Poderes.

No outro dia acordei cedo e pratiquei alguns minutos de meditação.
Até que chegou a hora da aula e eu me dirigi ao jardim. Alguns alunos já estavam presentes até que após um tempo o professor chegou.
Ele apresentou a aula e fez alguns comentários sobre a influência das nossas emoções sobre o controle de nossos poderes. O que realmente acontecia, observei. Eu já havia percebido isso antes, ao utilizá-los.

Xavier explica a dinâmica do exercício e ressalta: "... Para se defender com perfeição deve-se conhecer aquilo que te ataca."
"Bom, quem vai me atacar serão máquinas. Estas, geralmente possuem ações programadas, ou seja, elas provavelmente seguirão um roteiro."

Eis que chega a minha vez. Manipulo a água de dois baldes e ando até uma região determinada. Espero pelo sinal do professor. As máquinas me cercavam, cada uma com 7m de distâncias de mim.
Confesso que senti meu coração acelerar um tanto.

-Apito-

Uma bola veio na direção do meu rosto como um cometa. Desviei a cabeça e ela ainda conseguiu acertar minha orelha.
- Au.

... Pfum! ... Pfum! ... Pfum! ... Pfum! ... Pfum! ...

A máquina disparava por segundo. Eu desviava com êxito até o momento, era fácil. Tenho um bom reflexo, modéstia à parte.
As bolinhas eram lançadas na minha direção, porém em vários pontos diferentes. Decidi colocar a água na minha frente fazendo pressão sobre ela - um escudo.
O intervalo entre um disparo e outro diminuiu.
Dale! As bolinhas ricocheteavam na água, fazendo respingos voar.

De repente um silêncio.
Houve uma pausa.
- Ué... Olhei ao redor, todos olhavam. E o nervosismo aumentou um pouco. Sabe aquele suor frio?
Tirei o escudo da frente meio cauteloso para poder ver a máquina. Ela havia parado.

Pf Pf Pfum!

Sou atingido nas costas. Por uma sequência de três bolas.
- Droga.

Me defendo com o escudo, conseguindo barrar a próxima sequência. Uma 2ª máquina havia efetuado os disparos.

Até que foi seguido um primeiro padrão:
Máq. 1 - 2 bolas a cada segundo. (Por 4s)
Máq. 2 - 1 sequência de 3 bolas a cada segundo. (Por 4s)
Máq. 1 - 2 bolas a cada segundo. (Por 4s)
Máq. 2 - 1 sequência de 3 bolas a cada segundo. (Por 4s)

O tempo entre cada disparos e sequências diminuía.

Notei que se continuasse assim, meu escudo ia respingar tanto que uma hora não teria com o que eu me defender. Tomaria meu tempo, pois eu teria que manipular a água do chão novamente. Foi então que toquei no escudo, congelando-o com minha termocinese.

Eu ficava atento, a qualquer momento a 3ª máquina poderia atacar. E assim se fez...
Após algumas boladas percebi o seu padrão. Ela imitava o que a máquina, que estava "na sua vez" de disparar, fazia. No começo foi difícil me defender de maneira eficaz, mas peguei o jeito. Os disparos sempre acelerando. Comecei a suar, eu estava bastante concentrado. Senti arder os locais onde antes fui acertado por boladas.

Outros dois padrões de disparos surgiram e eu me adaptava.
Até que observei o que acontecia: um "padrão de padrões". A velocidade aumentava. Apesar de conseguir me defender bem, sempre levava algumas boladas na panturrilha e nos joelhos. Eu estava me esquecendo de proteger abaixo da minha cintura.
Concertei o erro.
Enfim... parecia que eu estava dançando uma música eletrônica muito louca.

Quando eu já estava cansado e conseguindo dançar bem, digo... Defender-me bem. As máquinas pararam.
Senti o peito pulando.
A respiração ofegante.
E...


Pfum!    Pfum!    Pfum!   Pfum!
   Pfum!     Pfum!    Pfum!
Pfum!    Pfum!    Pfum!   Pfum!
   Pfum!     Pfum!    Pfum!


Uma saraivada de bolas de tênis! Por um momento pensei que as máquinas entraram em pane ou algo assim...
Elas disparavam uma bola atrás da outra.
Tentei me defender prontamente. Mas eram muitas bolas. Eu estava levando uma surra.
- Au... Inferno! Au!... Ah... Resmunguei comigo mesmo.

Desesperado, pensei em superaquecer todas aquelas máquinas, mas ainda tinha outros alunos para fazer o exercício.

Fiz a água rodear-me com velocidade. Porém algo que não estava em mente aconteceu. Ela começou a ganhar um brilho pulsante de tons azuis. Eu acabei por bioenergizá-la sem querer.
As bolinhas que encostavam na água eram derretidas.
Encostei na faixa de água brilhante fazendo-a congelar. Não, meu dedo não derreteu. Sou imune à minha bioenergia.
Consegui uma grande faixa de gelo protetora me cercando.
Fiz a bioenergização parar, pois aquilo estava me deixando fraco.
Algumas bolas conseguiam causar rachaduras no gelo mas eu resistia.

-apito-

Fim de exercício.

Os disparos cessaram e deixei a "zona da morte", dando vez ao próximo aluno.

Eu fiquei meio desapontado. O que o professor Charles disse no começo da aula aconteceu: a emoção tomou conta e fiz algo, que embora tivesse ajudado, não fora de propósito. Ou seja, e se eu não conseguisse fazer aquilo por vontade própria no momento certo?


Última edição por Thomas Richard em Dom maio 11, 2014 10:25 pm, editado 3 vez(es) (Motivo da edição : Pequenas correções no layout geral do texto.)
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