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Aula 2 da Pandora

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Mensagem por Pandora Chesterton Sáb maio 24, 2014 9:03 am

Segunda Aula
' DefesaMental


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~~~ A nova aula ~~~
Pandora estava novamente com aquele sorriso largo com que saíra da aula no dia anterior e todos os seus pensamentos pareciam estar voltados para uma tarefa ligeiramente complicada: superar a loira de katana na mão como havia feito da primeira vez. Quer dizer... Parte da Wonder sabia que a professora só era superada por que se deixava superar mas, vencida pela voz da maioria, a consciência se calou, deixando que a menina-elfa praticamente quicasse para a aula com um olhar orgulhoso e ligeiramente teimoso.
Dessa vez não se assustou ao ver Elizabeth já posicionada de frente para a turma, tendo a certeza de que aquele seria um hábito da mulher com o qual teria que se acostumar. A sala estava novamente vazia, contando com 6 ou 7 alunos, e parecia um pouco mais silenciosa também. Ao entrar no aposento, Pandora cumprimentou sua instrutora com um gesto de cabeça, andando em direção ao canto da sala e sentando-se em uma das primeiras carteiras, diferente de outrora. Sua concentração estava melhor que na outra manhã, permitindo que os olhos azuis cristalinos acompanhassem cada novo aluno até seu lugar, observando a sala ser preenchida aos poucos ao invés de insistir na fixação pela parede principal. Quando o ultimo aluno entrou -um rapaz loiro e não muito alto-, a professora fechou a porta, abrindo um sorriso educado e dirigindo-se até sua mesa.
Elizabeth cumprimentou os jovens como se fossem velhos amigos, apesar de só terem tido uma aula antes dessa. Era uma mulher educada, com sorriso cordial e olhos empolgados, que logo mostravam o amor pelo que dizia. Pandora, a Wonder sentada em uma das primeiras cadeiras, também sabia disso, o que tornava a aula pouco mais cativante em sua perspectiva.
Os olhos da garota acompanhavam a instrutora com atenção, enquanto mentalmente fazia algumas notas. A teoria em si não era complicada, a pesar da grande quantidade de informações sobre o lado psíquico. O grande problema mesmo era passar para a prática, como já haviam experimentado uma vez. Na realidade, era essa a grande questão: qualquer um podia  falar sobre barreiras mentais, proteções psíquicas, bloqueios e tudo mais, mas poucos poderiam realmente concretizar os pensamentos. Era mais fácil ouvir enquanto Elizabeth falava sobre esvaziar a mente de todos os pensamentos do que realmente esvaziar a mente de todos os pensamentos... Mas não havia como evitar. Teoria não vencia batalhas... Teoria não evitava que  telepatas invadissem mentes alheias, e isso nem mesmo Pandora, com toda sua teimosia, podia contestar.
A menina voltou a fixar os olhos na instrutora, que agora estava diante do quadro, escrevendo uma palavra não muito longa e já conhecida. Olhando para o termo circulado, a garota deixou um leve suspiro escapar: Concentração era o que formava união das letras brancas em contraste com o fundo negro.  Não que a Wonder não fosse boa nesse requisito, mas aparentemente tudo o que fazia precisava daquilo. Precisava se concentrar para canalizar energia negra, para atirar com o arco, para manter os sentidos aguçados, para não deixar escapar o nome Suzana... Precisava de concentração para defesa psíquica... Era como sentar-se em uma cadeira qualquer na frente de um teclado e começar a apertar a mesma tecla, com o mesmo dedo, na mesma velocidade. Quer dizer... Não que não fosse esperado... Não havia muitos outros modos de chegar ao plano mental, mas era de certa forma meio repetitivo.
De fato, sempre a mesma tecla. - Suspirou em pensamentos, deixando os ombros caírem com pouco entusiasmo.
A reação não durou muito, para ser sincera. Em questão de segundos o rosto de Pandora pareceu se iluminar em um misto de empolgação e conhecimento, como se alguma ideia tivesse surgido do nada.
Quem muito tecla, se acostuma com o teclado... - Vociferou a consciência da menina, sorrindo de modo genial.
Não estava errada, a jovem Wonder. Acostumada com a utilização de concentração focada, a jovem não teria tanta dificuldade para exerce-la. Claro, era bem mais fácil ter concentração quando um mutante não estava tentando ler sua mente, mas aquilo era apenas um detalhe em sua opinião pouco infantil.
Com um sorriso glorioso, a menina voltou toda sua atenção para Elizabeth, deixando que seus olhos tomassem como cor um lilás empolgado e luminoso.

~~~ Primeira Lição ~~~
A instrutora estava agora olhando para os alunos, parecendo avalia-los separadamente e ao mesmo tempo como um todo. Após alguns segundos assim ela finalmente deu as primeiras 'ordens', falando em alto e bom som para garantir que todos entenderiam. Para a primeira lição da aula, a turma devia fechar os olhos e esvaziar a mente.
Aparentemente os alunos não encontraram dificuldades em obedecer, já que Pandora não teve sequer tempo de ficar impaciente no escuro de sua cabeça antes de ouvir novamente a voz calma da mulher.
Essa segunda parte era ligeiramente mais complicada, já que era necessário o uso da imaginação. De acordo com a professora, todos precisavam imaginar uma sala branca e vazia com um cubo flutuante no meio. A sala em si não foi difícil mas, antes que Pandora pudesse materializar o cubo com precisão, Elizabeth pediu que retirassem as faces do cubo uma de cada vez. A Wonder pareceu hesitar, franzindo o cenho com uma pontada de duvida, imaginando se deveria deixá-las de lado ou sumir com elas. Resultado: quando a loira deixou claro que o exercício de curta duração havia acabado Pandora ainda estava com o cubo completo. Ao abrir os olhos a menina fez um leve bico de desgosto, suspirando baixo com insatisfação. Precisaria de um pouco mais de criatividade caso quisesse ir bem nas aulas.

~~~ Meditação ~~~
Após a 'atividade em grupo', Liza -talvez fosse um bom apelido para a professora depois que a Wonder tivesse mais intimidade- afastou as carteiras com a ajuda de alguns alunos, o que também dizia respeito a Panda, que logo empurrou a própria mesa e outras duas ou três que estavam mais próximas dali. Apesar de não ter dito nada, a instrutora se dirigiu até o espaço vazio recém criado, mantendo-se de pé e olhando para os jovens que a cercavam. Aos olhos de menina-elfa aquilo estava extremamente próximo à um convite, o que fez com que ela se aproximasse, assim como fizeram outros da turma, e ajudasse na formação do círculo espaçoso. Com a atenção voltada para a mulher, Pandora imitou seus atos, sentando-se de pernas cruzadas, mas mantendo os olhos abertos e atentos para fita-la. Em seu transe de concentração, mal percebeu que os outros da sala também já estavam sentados, formando um tipo de roda mal feita.
A professora ainda se manteve assim por alguns segundos em total silêncio, fazendo com que uma curiosidade tangível atravessasse o rosto da garota que ainda a fitava. So depois de quase um minuto Elizabeth falou, tomando a atenção de toda a classe com sua explicação. Em uma nota mental, Pandora rabiscou o significado daquela posição que a professora assumira, repetindo-a em pensamentos algumas vezes antes de retomar o foco: Meditação, o grande segredo das barreiras psíquicas.
Novamente Elizabeth fez com que os alunos fechassem os olhos, e ficassem em silêncio. Pandora tentou não pensar no cubo que não havia conseguido produzir, fugindo parcialmente de seus problemas e se concentrando apenas em seu interior... No vazio e escuro interior de sua mente. Parcialmente podia ouvir o que a instrutora falava, reconhecendo a própria posição nas descrições que ela passava: meio lótus, com o pé direito sobre a coxa esquerda. Nesse momento, a Wonder notou certa distração por sua parte, obrigado-se a respirar fundo e excluindo a avaliação das posições de sua mente. Era fácil distrair-se enquanto prestava atenção na voz de Elizabeth, que trazia consigo pensamentos secundários -como tentar identificar a própria posição-. De qualquer jeito, não adiantou muito as medidas tomadas para retomar a concentração, já que a próxima fala da professora fez o autocontrole quase desabar. Ela usaria de seus poderes para vasculhar as mentes dos alunos, usando suas memórias contra eles mesmos.

~~~ A invasão ~~~
Pandora abriu os olhos, surpresa, a ponto de ver a aura rósea começar a surgir na face da mulher mais velha. Quase instantaneamente ela os fechou novamente, apertando-os com força para tentar se concentrar. Visualizou a sala branca e vazia, tentando se prender na imagem. De nada adiantou: o cubo flutuante que colocara no centro tomou a forma de uma televisão, passando na tela a face dolorosa da mãe da menina-elfa. Arqueando com surpresa a jovem tentou mudar o cenário.
Uma sala rosa então! - Pensou alto, esquecendo-se de que a mulher estava em sua mente.
A outra mutante fora mais rápida, talvez movida pela experiência, esculpindo no teto a imagem do pai de sua oponente. Pandora trincou os dentes com uma pontada de raiva, mudando a cor de rosa para azul, criando uma parede na frente da antiga, diminuído o espaço da sala. Por um tempo funcionou, e a garota pode retomar um pouco do fôlego perdido, começando a se concentrar novamente, mas não durou muito. Elizabeth fez a tinta das paredes escorrer, caindo no chão como se fosse sujeira, deixando a foto de seus pais sorridentes exposta na parede. A menina voltou a trincar dentes, decidida a não desistir. Suas mãos se fecharam em punhos e ela usou a mesma técnica que usarás aula passada. Em questões de segundos sua voz começou a ecoar pela sala vazia, partindo aleatoriamente das paredes.
_Eu sou um bolinho de arroz (DE ARROZ). Meus bracinhos vieram depois (VIERAM DEPOIS), minhas perninhas ainda estão por vir (ESTÃO POR VIR), e eu não tenho boca pra sorrir. Por que, por que? Eu sou um bolinho de arroz... - Berrava a voz vinda do teto, batendo no chão e voltando com um eco infernal.
A música soou algumas vezes, exigindo a atenção de Pandora, mas após três ou quatro 'Bis', ela passou a ser automática, permitindo que a menina se concentrasse na parede da frente -Onde surgira uma nova imagem de seu pai-.
Ela não ligou para a gravura, mas trincou os dentes enquanto imitava um dos truques da outra mutante. Precisou de um esforço quase cansativo enquanto olhava para aquela face em si, mas em alguns minutos ela conseguira: a imagem pareceu derreter, deixando uma tinta lilás em seu lugar. Assim que aquela parte ficou 'livre', Pandora se concentrou ainda mais, fazendo com que o teto não parasse de cantar enquanto uma nova canção surgia daquele novo local.
_Andamos todos iguais, prum' lado, pro outro, pra frente, pra trás. - Berrava aquela faceta, com a mesma voz da primeira.
Com um sorriso satisfeito, Pandora podia sentir que, mesmo para Elizabeth, sua mente estava extremamente confusa. A garota deixou que o local ficasse assim por alguns instantes, mas logo permitiu que o cubo flutuante voltasse para o centro da sala. A outra mutante pareceu não entender a nova estratégia, mas sem esperar que fosse descoberta a jovem se focou no cubo, levando alguns segundos para pensar só nele e não nas musicas que o cercavam. A primeira gota de suor, causada pelo esforço, caiu do rosto da Wonder, que de tão concentrada no meio mental não a notou. Ainda focada no cubo ela deixou que a ultima música tomasse sua mente, como uma caixinha de som antiga.
_Um elefante incomoda muita gente, dois elefantes incomodam muito mais.. - Sua favorita em termos irritantes.
Ao final dos 10 elefantes o 'cubo musical' emitia um 'SAIA' em alto e bom som, sendo uma quase gravação do que fizera em sua primeira aula, mas esse voltava a cantar, sabendo que a professora não desistiria tão fácil.
Olhar para a própria mente assim começou a fazer a menina sentisse louca, e até idiota. Seus pensamentos não conseguiam se formar e exigia muita concentração para manter as 3 musicas tocando. Sendo assim, sua estratégia passou para algo mais individual, fazendo seus lábios se apertarem em uma linha fina de concentração enquanto ia de face em face, checando se tudo estava dentro dos conformes. Sequer sabia que poderia mesmo fazer aquilo, mas talvez fosse comum entre os Wonder mais velhos... Seu pai por exemplo, precisou se concentrar nas palavras do feitiço e ao mesmo tempo em seu destino e início. Isso enquanto falava com a esposa e filha, o que não devia ser muito fácil. Pandora não tinha muitas memórias da época -ou memórias que quisesse lembrar-, então se achou extremamente fantástica por aquela habilidade, sorrindo abertamente enquanto a pressão em sua cabeça baixava.
Elizabeth, em um ultimo teste, trouxe uma ultima memória a tona, mesmo que não pudesse ser ouvida pelo barulho excessivo da sala, foi vista em todas as paredes e ângulos possíveis. Pandora não teve mais força para truques, então como ultima opção a ignorou, focando-se unicamente nos barulhos e cantigas que ecoavam ali. Repentinamente todas pararam quando o ultimo '10 elefantes incomodam muita gente', logo assumindo um 'SAIA' como som conjunto, gritado por todas as faces da sala com alguns segundos de atraso entre elas, o que fez parecer com uma multidão gritando, e não como uma pessoa a repetindo várias vezes. Pandora desmontou o cubo enquanto o coro perpetuava, deixando que cada um de seus lados flutuasse rente a uma das paredes, e pouco depois que a sala sumisse, mas mantendo o coro no vazio e escuro de sua mente enquanto tentava oprimir a força da mutante que a sondava.
Novamente satisfeita a professora deixou que a menina ficasse livre, trazendo para Pandora um alívio mental. O coro cessou quase instantaneamente e ao abrir os olhos o cubo se desfez. Tomando novamente a consciência de seu corpo carnal, a menina passou a mão na testa, sentindo a umidade do suor e o limpando discretamente para que ninguém visse. Sem prestar muita atenção nos alunos restantes ou naqueles que observavam sentados nas cadeiras afastadas, a menina-elfa deixou o aposento com um sorriso cansado, mas merecido em seus lábios.








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