Ruas de Miami

Era aparentemente mais um belo sábado de sol como muitos que já tiveram em Miami. Mas naquele dia em especial, Amy estava mais radiante e alegre que o dia lá fora. Sol brilhante dando o ar da graça, céu azul e com raras nuvens brancas finas e tudo propício para curtir um belo passeio a pé, obviamente, pois mesmo tendo carro conversível, queria mudar um pouco o estilo, talvez caminhar um pouco e curtir a vista, sem se preocupar em achar lugar para deixar o mesmo ou então ficar mais tempo sentada do que já ficava no trabalho. Tomou um café leve, ou melhor um copo de suco com torradas e bolachas sortidas.

Logo menos terminou e seguia animada igualmente antes. Subiu empolgada e seguiu para o closet. Foi procurando algo ideal para vestir, leve, fresco e solto. Seguiu até seus vestidos. Encontrou um perfeito. Roxo e branco, com detalhes em preto, nada curto demais que fosse mostrar demais, mas nada longo em demasia que não combinasse com o dia claro e quente. Se vestiu, se maquiou, fez sozinha uma bela trança no cabelo ruivo, colocou saltos e pegou uma bolsa roxa, com algumas coisas, como carteira, dinheiro, cartões e até mesmo seu óculos de sol de lente roxa e outro rosa, sendo o rosa o tecnológico que ativava seus poderes e seu traje e claro, seu belo celular novo. E assim fechou sua mansão e seguiu para seu passeio. Com o sorriso mais brilhante, bonito e simpático que podia exibir em seu rosto. Andava calmamente e olhando as coisas, talvez pensando se caberia ir em alguma lanchonete ou outro lugar dependendo do tempo que levasse curtindo aquele belo dia ensolarado. Mas sem a pressa de sempre.

Seguia em frente, disposta a curtir o dia o máximo possível. Nada a faria mudar isto. Era raro ver a ruiva daquela forma, apesar da mesma ser normalmente simpática e descontraída naturalmente. Mas era séria quando preciso, sem dúvida. Logo menos tinha andado uma quadra já e seguia em frente. Nada parecia fazê-la parar de se divertir naquele belo dia. O bom humor dela parecia sem limites naquele passeio. Depois de meia hora andando, sentou em um banco e descansou por alguns momentos. Logo menos retomou o passo, olhando certas vitrines e pensando sobre algumas possibilidades. Sem preocupações, pressa ou hora pra acabar. Era assim que esperava que seu dia seguisse. Sem sombra de dúvida, um dia bonito que não deveria ser estragado. Ou ao menos era assim que a bela jovem pensava naquele momento.

Amy Stewart Johnson - MANIPULAÇÃO DE ENERGIA

As coisas até que andavam bem até aquele momento. O dia estava bonito, as pessoas alegres e tudo na mais perfeita ordem. Amy fazia planos para as coisas que precisava fazer naquele dia ainda e depois, sempre buscando organizar seus compromissos. Sempre com seu sorriso franco e simpático no rosto. E radiante como sempre com seu brilhoso cabelo vermelho, sua maquiagem bem feita e seu estilo que sempre chama a atenção, mesmo aquele dia estando mais a vontade, sem muita frescura os as roupas caras que sempre usa, pois queria é mais ficar a vontade do que ostentar naquele dia, tanto que saiu a pé para fazer algo mais normal que de costume. Nada de usar seus carrões ou as coisas caras de costume. Mostrar que podia ser normal.

Acenava para umas pessoas, tirava selfie com outras, algumas eram fãs mesmo e outras apenas a olhavam, talvez lembrando dela de algum filme que fez. Mas não deixou de comprar algumas coisas enquanto caminhava. Não muito, pois no máximo carregava duas sacolas na mão esquerda. Logo menos chegou perto de um banco, onde sua atenção foi tomada por sons vindos do interior da agência. Sondou pela vidraça da frente, de forma discreta e avistou uma cena inesperada e perigosa. Um enorme grupo de bandidos fortemente armados com reféns. Certamente a ruiva se assustou, mas achou que logo menos a situação seria controlada. Mas enquanto alguns tiravam o dinheiro, no lado de fora as coisas somente pioravam. Dois reféns do nada simplesmente se desfizeram no ar como poeira, de repente. Algo não estava certo, mas Amy não sabia o que exatamente.

Seguido disso, seis dos bandidos tiveram o mesmo destino dos dois reféns. Eles se desfaziam no ar e viravam poeira. Algo que a ruiva não entendia, mas que demonstrava choque e espanto no olhar. Não saber o que acontecia de fato era mais assustador ainda. Fora que ao redor, mais pessoas sumiam da mesma forma e o clima ficava mais pesado e mais sombrio, com as vidas perdidas e aqueles que não morreram, chorando e lamentando suas perdas. Sem dúvida aquilo mexeu com a jovem ruiva.

E em seguida, depois de voltar ao interior do banco para ver se as coisas estavam bem, a jovem ouve do lado de fora gritos. A mesma volta as pressas e vê que a coisa era realmente séria. Não poderia ficar olhando sem nada fazer e ver aquelas pessoas morrerem. Dando um jeito de disfarçar, a ruiva pegou seu óculos de sol rosado, que na verdade era o dispositivo que ativava seu traje e seus poderes. Em instantes o traje recobria o corpo da mesma. E no lugar de seus longos cabelos vermelhos, um capacete surge, com o visor rosa sobre os olhos. Era hora de agir e ver do que era capaz com seu poder, mesmo sendo a primeir vez o usando.

Concentrou-se e surpreendendo os criminosos, Magnum usando sua velocidade, aliada a sua super força e suas emissões de rajadas concussivas, a mutante foi abatendo um a um dos bandidos, até que o último caiu, o que deu tempo a jovem heroína para chegar perto dos reféns para assim acalmá-los um pouco e fazer com que eles saíssem dali em segurança. As pessoas olharam meio assustadas, mas confiaram na ruiva e logo menos os civis começaram a sair dali. Magnum ainda ficaria no local, pois não sabia ainda o que poderia vir pela frente naquele banco. Já bastava o choque de ver aquele evento estranho, agora não deixaria mesmo que algo ruim acontecesse para piorar as coisas. Agora era hora de mostrar que era realmente digna de ser chamada de heroína e que poderia sim fazer a diferença naquele momento delicado.

Amy Stewart Johnson - MANIPULAÇÃO DE ENERGIA

Ponto de atributo:

Para quem esperava um dia normal, aquele momento de reviravolta era inesperado. E como era o primeiro contato direto com o poder, Amy ainda tinha diversas limitações a lidar. Mas até que o começo foi bem promissor. Mas a situação parecia longe de estar resolvida, ao menos era o que Magnum deduzia vendo o cenário a sua volta. Naquele meio tempo a jovem que agora trajava sua armadura, dava um tempo para assimilar um pouco o que acontecia. Mas não tinha muito tempo a perde, já que ainda tinha muito a resolver. Quando tudo parecia se encaminhar para um desfecho positivo, um evento fez tudo mudar. Depois de usar sua capacidade de lidar com as pessoas para lidar com os reféns que assustados, conseguíram confiar na mesma e obedecer as ordens dela.

Depois de ouvir o aúdio do comunicador, Magnum se punha a pensar no que ouviu, sem talvez prestar a devida atenção a sua volta, pois por ter olhado a poucos instantes, nada parecia anormal, por isso a ruiva voltou ao seu pensamento. Mas como nada é o que parece, do nada mesmo sem perceber, pareceu que Amy ouviu um som, talvez alguém andando ou algo assim, mas não tinha certeza sem olhar. Só foi dar ouvidos ao que ia acontecer com ela assim que um estampido foi ouvido. Foi o tempo de se virar e a mesma viu uma bala vindo em direção da sua cabeça. Mas agora com visão e tempo de agir, a jovem se concentrou e alterando a energia cinética da bala, a mesma desacelerou e caiu perto do pé da heroína, sem lhe causar dano. Por conta disso, avançou contra o atirador, o socando forte no rosto, mas antes de derrubá-lo aproveitou para interrogá-lo sobre a localização da tal base voadora. O bandido ainda quis hesitar um pouco, mas falou mesmo com medo. Agora Magnum sabia onde estava a tal base. Teria que arranjar um jeito de chegar lá, mas antes tratou de nocautear o atirador.

Por sorte, já tinha na quadra posterior ao banco um helicóptero de um amigo já esperava, pois o mesmo soube da emboscada pelo rádio da aeronave. Magnum correu até lá e contou rapidamente o que aconteceu e passou a localização da base que tinha de alcançar. Tudo certo, a aeronave subiu e logo ganhou os céus. Logo menos a ruiva avistou algo enorme no céu, parecia ser a tal base. Chegou perto com ajuda da perícia do amigo com a aeronave e assim que Amy conseguiu chegar na entrada, o amigo se retirou rapidamente. Entrando o mais sorrateiramente que conseguiu e logo deparou-se com dois capangas, que mal tiveram tempo de ver o que os acertou, pois usando sua velocidade e sua espada Frost Blue disparando rajadas de energia certeiras, abateu os dois em instantes, logo escondendo-se em um pouco estratégico, aguardando o que viria em seguida.

Amy Stewart Johnson - MANIPULAÇÃO DE ENERGIA

Foi mais fácil do que parecia a princípio. Os reféns a ouviram e saíram em segurança em seguida. Pra trazer um sorriso ao rosto da mutante ruiva. Mas havia pouco tempo para ficar feliz com isso. Pois segundo o bandido que interrogou, teve a resposta que queria e assim com a ajuda de seu amigo, alçou vôo e chegou a tal base aérea. Mas como nada é fácil diante algo tão grandioso e desafiador, a aeronave do seu amigo foi atacada. Parecia que quem ou o que comandasse a base soubesse da chegada dos dois e tivesse mandado naves para impedir que a mutante e o amigo chegassem perto o bastante da entrada. Com certeza não seria nada fácil enfrentar naves, ainda mais com o poder tão minimamente explorado de Magnum. Mas fora isso a mesma se surpreendeu ao ver que seu amigo disse que o helicóptero era um dos mais avançados para combate e apertando alguns botões, o armamento do helicóptero foi ativado. De mísseis a raios laser, um verdadeiro arsenal de guerra mesmo. O amigo da ruiva e piloto da aeronave disse que de duas das quatro aeronaves ele daria conta com o que o helicóptero tinha. E que as outras duas, Magnum teria de cuidar e abater por conta. Tendo ouvido as ordens, Amy preparou-se. concentrou-se e focou em lidar com as naves restantes. Foi um embate frenético. Tiros pra todo lado, esquivas de todos os lados, mas com seus poderes, emitindo rajadas de energia concussiva e algumas rajadas com sua espada Frost Blue, logo as duas naves do lado direito caíram. Agora poderiam talvez prosseguir ao objetivo sem mais interrupções.


Havia sido mais difícil do que Magnum esperava, mas agora estava devidamente dentro da base. O que viria em seguida? Difícil prever depois daquela ofensiva ainda no céu. Todo cuidado era pouco, pois estando em terreno desconhecido, tudo era possível. Magnum buscava tomar cuidado, mas sabia que mesmo sem perceber, poderia ter algum milésimo de segundo de descuido. Mas esperava seriamente que isso não viesse a ocorrer, pois estava sendo o mais precavida que poderia naquele momento, mediante o nervosismo que sentia com toda aquela situação. Tudo aquilo de ser uma heroína era novidade para Amy, mas a mesma parecia encarar razoavelmente bem aquele desafio. Mas agora, foco na missão de seguir atrás de respostas.

Cada passo teria de ser bem calculado, pois não sabia que tipo de defesa poderia vir a ter dentro daquela base, então cautela e cuidado eram precisos a cada segundo. Não poderia simplesmente sair correndo sem pensar e achando que é uma heroína de filme, tinha que pensar dez vezes antes de agir. Algo que Amy estava tendo de se acostumar nesta sua nova fase. Tinha sim que tomar decisões, pois não tinha apenas um caminho a seguir. Ou ia atrás do tal ser que viu antes ou salvava seu amigo, das duas uma naquele momento. Magnum precisaria de mais uns momentos para pensar, por isso manteve-se escondida estrategicamente ainda. Se colocou a pensar e escolher logo que opção seguir. Não demorou mais que cinco minutos naquilo.

Primeiramente, pensando em tudo que aconteceu, priorizaria salvar seu amigo logicamente, o ser poderia esperar. Movimentou-se de forma cautelosa e silenciosa, se colocando em outro ponto estratégico, pois ainda não sabia onde começar a procurar pelo seu amigo. Aquele tempo que teria aguardando seria mais que suficiente para planejar o que fazer em seguida. Afinal a segurança e quem sabe a vida do seu amigo estavam em jogo e erros certamente estavam fora de cogitação.

Eu voltava de uma caminhada breve pela praia. Ainda era difícil aceitar que todos haviam desaparecido, mesmo que algum tempo já tivesse se passado. Morar em Miami não era um castigo, contudo. A cidade era bem mais limpa e agradável que a Ciudad de Mexico. Eu já havia me estabelecido por aqui. Graça, minha tia avó, foi extremamente receptiva. Também, eu era a única família que havia restado a ela. Suas duas filhas, haviam se tornado poeira, assim como meus pais e irmãos. Havíamos nos tornado a única família um do outro.

As minhas caminhadas pela praia já haviam se consolidado na minha rotina. Já era um costume acordar antes do sol. Colocar os meus pés sobre o mar gelado era um chamado da realidade para começar o meu dia. Uma realidade que parecia cada vez mais distante com o passar do tempo. Eu já estava me acostumando com minha nova vida. Meus novos amigos, minha nova casa, minha nova família. Mas a realidade que eu ia buscar todos os dias de manhã era a de que meus pais - e metade do mundo - haviam partido. Como parte de um clã que venera os espíritos que já partiram, era importante manter acesa a chama da ancestralidade.

Sendo filho de uma das maiores Brujas de Guadalupe de todos os tempos, eu conhecia alguns truques de feitiçaria. Mas nem mesmo meu tarot consegue acessar as almas dos que se tornaram cinzas. E eu tento acreditar que tudo bem. Que as coisas eventualmente retomarão os eixos. Pelo menos é isso que a alma de minha bisavó me diz todas as noites nos meus sonhos.

Depois da minha caminhada matinal, me dirigi para o centro da cidade, onde Francisca, minha amiga cubana havia combinado me encontrar para tomarmos café-da-manhã juntos. Era ótimo tê-la por ali. Apesar de Miami ser um centro multi-cultural, ser um latino nos Estados Unidos pode ser um tanto solitário. Me sentei na cafeteria que havíamos combinado, mas por algum motivo Francisca não aparecia e nem respondia minhas mensagens. Por alguns momentos comecei a me preocupar.

Alguma coisa parecia estar errada. O clima rapidamente parecia se alterar. O sol se tornava menos visível e nuvens rapidamente começaram a se aglomerar e a cobrir o céu. Não havia muitas pessoas na cafeteria, mas as que ali estavam logo se levantaram e foram embora. Só sobraram a mim e aos funcionários. De repente uma figura metálica surgiu dos céus e começou a se dirigir à minha direção.

Um robô estava me atacando? Definitivamente algo que eu não esperava encontrar quando saí de casa hoje de manhã. Sua aparência era estranha, mas carregava algo de familiar. Em meio ao céu escurecido, surgiu de entre as nuvens e pareceu se dirigir contra a mim. Não fazia muito sentido. Por que um robô me perseguiria?

Eu não tinha muito tempo para pensar, contudo. A máquina imprevisível parecia carregar um ataque contra mim. Uma descarga elétrica se formava em suas mãos e parecia ter a mim como alvo. "Que los muertos me protejan", sussurrei invocando um espírito de proteção na tentativa de me livrar do ataque. Em seguida, busquei observar e encontrar uma rota de para fugir dali. Ainda me questionava onde estava Francisca.