Depois de uma longe e enjoativa aula com Sebastian Shaw, sou obrigada a comparar a outra, por motivos que nem eu mesma posso dizer. Dessa vez o tema era “mentiras”, baseando-se no fato de que todos já mentimos, a aula não parecia ser muito promissora, mas devo admitir que mentir já me tirou de vários problemas -e também me colocou no dobro-. Entretanto, uma frase específica me chamou muito a atenção: “O mais hábil dos vilões apenas mostra sua verdadeira face quando não há mais nada que se possa fazer contra ele”. Eu pessoalmente considerava isso um insulto, já que todos que conheciam meu nome –acredite, muitos- sabiam de livre arbítrio minhas capacidades mutantes, apesar de nunca realmente revelar o fato de ter o “lado negro da força” como amigo.
Depois de uma longa explicação –que ia desde acreditar na sua mentira até uma teoria bizarra com chocolates que me deixou com fome-, me são entregadas várias perguntas, o que me faz me arrepender de ter pensado que haviam poucas questões na última aula. Começo a ler todas as perguntas lentamente e respondo-as.
1 – Cite características que podem acabar com sua mentira. -São vários os motivos para não acreditarem em você, a maior delas provavelmente é quando você não consegue se controlar, o que acaba gerando vários outros fatores, como vermelhidão, suor demasiado, gagueira ou o famoso “tique nervoso”, quando você começa a tremer. Outro fator que pode acabar com a sua mentira é a em excesso, mentir muito faz com que os outros não acreditem mais em você, sem falar que uma hora ou outra vai acabar se contradizendo.
2 – Qual a parte mais difícil de mentir? - Como dito acima, a contradição é eventualmente a maior causa de mentiras descobertas. Mentir muito pode, e vai, acabar te cercando um dia, até que você não terá mais como continuar. Tudo isso sem citar que irá chegar uma hora em que você não irá mais lembrar de tudo o que disse e no fim irá se desmentir.
3 – Qual o princípio que diz que você só deve mentir quando realmente precisar? - Parcimônia, é claro.
4 – Qual o princípio que diz que quanto mais real for sua mentira, mais fácil ela será de ser contada e engolida? - O segundo, Believe in Yourselve, ou apenas “Acredite em si mesmo”.
5 - Qual a importância que as pessoas envolvidas em seu plano fiquem o mais próximo possível de você. - Quanto maior a sua intimidade com a outra pessoa, mais fácil virá a ser para ela acreditar em suas mentiras. Ter um relacionamento profundo pode dobrar a chance de sua lorota ser eficaz, já que a outra pessoa não iria desconfiar de alguém tão próximo.
6 – Porque às vezes é importante admitir que errou? - Admitir um erro é essencial quando você se encontrar em uma “rua sem saída”. Pode passar uma impressão de sinceridade e arrependimento, mesmo que seja uma emoção falsa, além disso te da várias cartas na manga, como: “Lembra de quando...” e “Mas e aquela vez em que...”.
7 – Ao que se refere a teoria “caixa de bombons”? - Se refere ao ato de cercar sua mentira (bombom com veneno) com várias verdades (bombons saudáveis), como em uma caixa, fazendo com que a mentira se “camufle” entre as palavras verídicas, facilitando assim o processo da outra pessoa de acreditar em você (ou aceitar a caixa e escolher o bombom envenenado).
8 – E como fabricar bombons? - Simples, conte algumas verdades. Por menores que sejam, elas sempre vão facilitar a “digestão” das mentiras.
9 – Se mentir de improviso é muito arriscado, então o que é necessário fazer? - O passo quatro explica perfeitamente: “treinar, treinar e treinar mais”. Quanto mais você treina mentir, mais fácil fica pra ela sair, evitando desastres como suor e gagueira, que acabam com a sua mentira. Além disso, mentir improvisadamente é muito arriscado, contar uma mentira já formulada deixa tudo muito mais simples.
10 – Qual o melhor jeito de fazer uma mentira ser aceita? - Como diria o próprio Shaw: “Believe in Yourself”, se você não mesmo não acreditar em suas mentiras, quem irá? Sempre contar coisas possíveis é claro, sem inventar muito. Criar seus bombons, ou apenas embalar as mentiras com verdades sempre é importante.
