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1ª aula - Bestial

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Mensagem por Bestial Qua Abr 01, 2015 1:41 am

A arte da caçada


O ar gélido da manhã invadia meus pulmões com suavidade enquanto eu vestia uma camisa qualquer me preparando para o que seria minha primeira aula no Instituto Shaw. Eu estava acostumado a acordar cedo para os treinos como guarda real, então mesmo sabendo que estava adiantado para a aula segui para o exterior do instituto como instruía o aviso deixado para os alunos de Armadilha.

Caminhei em passos lentos para dentro do bosque, sentindo a brisa gélida do inverno erriçar os pelos do meu braço de maneira confortável. Eu gostava do inverno. Até mesmo quando assumia outra forma era como se meu corpo se adaptasse melhor a animais que viviam em habitats de baixa temperatura. Acho que era a maneira do meu corpo dizer que sentia saudade do frio depois de todos aqueles anos em que a cidade dos inumanos estivera na lua.

Não tardou para que o silêncio da floresta fosse quebrado pelo som dos passos dos outros humanos que se juntariam a mim na aula. Suspirei fundo me preparando mentalmente para dividir uma "sala de aula" com humanos enquanto meu olhos avistavam a clareira, já devíamos estar no meio do bosque.

De repente senti o peso do meu corpo vacilar e cair. Um arrepio correu meu corpo enquanto minhas mãos se retorciam adquirindo um formato felino, me chocando em seguida com o chão sob quatro patas. Me levantei em sobressalto olhando para cima do buraco de terra e me deparando com um homem com características similares as minhas.  

"Humph." Contrai minha mandíbula irritado ouvindo o humano dar inicio a aula e me direcionei para a extremidade do buraco cravando minhas garras e escalando o local sem grandes dificuldades.

Dentes-de-Sabre nos guiou por mais alguns metros voltando a erguer sua voz e dar exemplos vivos de armadilha, nos pedindo no final para montar as nossas próprias. De uma maneira bizarra ele me lembrava os sádicos treinamentos com o comandante Gorgon.

Ao final das instruções entrelacei minhas garras levando elas até os meus lábios pensativo, durante alguns segundos e então tomei rumo me distanciando um pouco da clareira.

"Passagem obrigatória ele disse" pensei indo em direção do que parecia ser um caminho alternativo que dava para o instituto e que não estava em frente a armadilha de Victor.

Um buraco, nem muito grande nem muito pequeno numa área escondida pelas sombras me chamou a atenção e eu me aproximei dele sorrindo com a coincidência. Eu não tinha trazido pá nem algum instrumento próprio para me ajudar a aumentar o tamanho do buraco, então com a ajuda das minhas garras comecei a aumentar o buraco manualmente sentindo a terra fria grudar em baixo das minhas unhas.

De repente um pequeno vulto saltou de dentro do buraco. Minhas garras instintivamente avançaram sobre ele prendendo-o. Olhei com curiosidade o animal e seus olhos assustados me fitavam com atenção. Se tratava de um filhote de coruja.

Eu havia acabado de destruir um ninho. Tossi incomodado com a poeira que havia saído do buraco junto com a ave de penas douradas e recebi uma bicada.

- Justo. - Murmurei soltando o animal e continuando o meu trabalho.

O cheiro de terra remexida seria despistado graças a armadilha de Victor, mas diferente da dele eu cavava um buraco menor.

Me levantei quando achei o tamanho do buraco suficientemente largo para caber uma perna, mas suficientemente pequeno para não ficar muito visível e então me dirigi até as árvores ao redor e parti alguns galhos usando minhas garras para moldar as pontas dos galhos no máximo que foi possível para assemelha-las com estacas, fincando elas em seguida dentro de todo o buraco.

Cobri em seguida com uma fina camada de terra e poeira, deixando parecer que as pequenas pontas que saiam do chão eram pequenas raízes e comecei a repetir o processo em volta daquele local.

Quando terminei olhei para a armadilha avaliando a mesma e a cria de coruja voltou a chamar a minha atenção com alguns piados ainda parada nas proximidades do antigo ninho.

Me levantei pegando ela na mão e seu olhar agora tinha sido substituído de amedrontado por curioso. Seu corpo ainda não estava totalmente coberto por penas e aparentemente ela ainda não sabia voar.

Voltei a caminhar em direção ao centro da clareira onde Victor se encontrava sentado em cima de uma pedra.

- Você vai comer isso ? - Ele perguntou com naturalidade olhando para a coruja que repousava com tanta calma dentro das minhas garras, assim que eu me aproximei o bastante.

Ignorei a pergunta e guiei o mesmo até a minha armadilha.

- Achei sua primeira armadilha falha. - Iniciei com calma - Primeiramente, quanto maior o tamanho, maior o cheiro de terra mexida e maior a facilidade de visualização e percepção da pressa de que tem algo errado com o terreno e que se trata de uma armadilha. - Indiquei a área das minha armadilha com a mão que segurava a coruja e a mesma deu uma rápida batida de asas com o movimento - Cavei diversos buracos, para formar uma espécie de campo minado de armadilhas, aumentando as chances de sucesso. Todos os buracos só grandes o suficiente para uma perna, para diminuir a percepção da presa mesmo eles cobrindo uma grande área e os revesti de estacas já que uma pressa com as pernas feridas é obviamente mais fácil de se capturar.

Dentes-de-sabre então quebrou seu silêncio soltando uma estranha risada baixa e murmurando algo como "você tem sorte que estou de bom humor".

Ao final da aula desarmei as minhas armadilhas devolvendo a cria de coruja para a sua devida toca e voltando para o instituto.

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Notes: By Loony para GL


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