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Aula 1º - Baron

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Mensagem por Baron Seg Jul 28, 2014 4:09 pm

Cold




Um novo dia se fez para todos naquele planeta. Novas expectativas, novas perspectivas. Não fazia muito tempo que eu havia me matriculado em uma escola para mutantes. Sim, era exatamente isso. Eu, ao longo dos meus vinte e oito anos, estava de volta à escola. Não que fosse algo ruim, mas, não era algo bom também, afinal, eu já havia passado da idade de ser um aluno colegial. Contudo, o convite daquele homem de cadeira de rodas foi promissor. Ele disse que poderia me ajudar a expandir meus poderes, aprimorá-los e, assim, me tornar um mutante melhor e mais consciente do que posso fazer. Em suma, ele disse que eu poderia me tronar mais poderoso, o que era muito interessante para mim.

Cheguei no jardim e não vi ninguém ali. Olhei novamente o panfleto com as coordenadas do local da primeira aula de física de poderes e vi que estava correto, então, me sentei no chão e aguardei pacientemente pela chegada do professor. Não demorou muito para que eles aparecessem. Eram muito jovens, a maioria deles. Me lançavam olhares preconceituosos e descrentes. Eu não podia culpá-los, afinal, eu era quase um ancião, comparado com aquelas jovens almas.

Não demorou muito, a aula começou. Um mutante em uma cadeira de rodas, já conhecido por mim, deu início a aula de física de poderes, explicando como nossas emoções poderiam influenciar no uso pleno de nossos poderes. Tenho que admitir que foi uma bela aula. O professor sabia mesmo o que estava falando. Em nenhum momento soava como algo que fosse mentira.

Quando a explicação da aula terminou, fomos informados de que uma pequena aula prática seria feita. Cada aluno deveria tetar bloquear ou desviar das bolas de tênis lançadas por máquinas, usando seus poderes ou habilidades. Parecia algo interessante para aqueles alunos, mas não para mim, afinal, eu tinha um domínio excelente sobre meus poderes.

Decidi ser o último da turma a realizar a tarefa. Muitos alunos não conseguiam acompanhar o ritmo das bolas lançadas. Eu deveria sentir pena, mas não, eu não sentia nada, pois sabia que ainda estavam em fase de aprendizado.

Finalmente chegou minha vez. Alguns alunos resolveram ficar para assistir a minha pessoa. Talvez quisessem apenas ter uma razão para caçoar de mim, já que eu era tão velho e estudava com alunos tão jovens.

Tentei me concentrar e secretei prata pelos poros de minha pele, unindo-os acima da mesma, afim de formar uma arma semelhante a uma pequena lança. Eu estava confiante de que iria me dar bem naquela prova sem problemas. Eu achei que seria fácil, já que havia visto muitos erros gritantes dos outros alunos. Como fui ingênuo.

A primeira bola eu não vi. Foi rápida demais. Me acertou na altura das costelas, fazendo um som maciço quando me atingiu. Ouvi risadinhas atrás de mim, então eu estava certo quanto aos garotos.

A segunda bola veio menos rápida, porém, ainda não fui rápido o suficiente para bloqueá-la e ela me atingiu no joelho. A máquina se mexia a todo momento. Para cima e para baixo, tornando quase impossível saber onde a próxima bola seria lançada.

Aquilo já estava começando a me irritar. Estava ficando frustrado por não conseguir realizar uma tarefa tão simples como aquela. Não tive opção, tive que deixar meu egocentrismo de lado e me concentrar de verdade, para que, assim, eu fosse feliz nos meus objetivos. Não era fácil, afinal, eu havia sido agraciado com dádivas que ninguém mais tinha, porém, isso não era desculpa, e só estava me atrapalhando.

Quando o ritmo das bolas começou a diminuir, consegui defender algumas bolas. Não todas, mas o suficiente para que aquele exercício não fosse humilhante para mim. Nesse momento outra máquina começou a lançar bolas também, o que dificultou minha missão. Muito embora fosse difícil, eu comecei a perceber que existia um padrão entre o lançamento das bolas. Quando uma bola era lançada em cima, outra bola era lançada em baixo, com alguns segundos de diferença. Quando a terceira máquina começou a funcionar, as bolas se focavam mais no meio de meu corpo. Tendo isso em mente, percebi também que as máquinas tinham um "timing" de poucos segundos onde não disparavam bolas, nenhuma das três máquinas, bem como velocidades diferentes nos seus lançamentos. A primeira máquina lançava três bolas, no mesmo tempo em que a segunda máquina lançava somente duas e a terceira, uma. isso me deu uma ideia.

Quando o "timing" apareceu novamente, eu manipulei a prata em meu braço e a expandi, formando uma espécie de pista. Quando a primeira máquina lançou a bola, esta acertou a pista de prata e eu a redirecionei para a segunda máquina, que já lançava a sua bola. Isso fez com que ambas as bolas se chocassem e se anulassem. Quando a segunda bola da primeira máquina foi lançada, eu a redirecionei na direção da bola da terceira máquina, fazendo com que se chocassem e se anulassem.

Demorou um pouco para que eu conseguisse fazer tudo com perfeição, porém, no final deu tudo certo. Quando as máquinas lançaram suas últimas bolas, eu fiz estas acertarem as próprias máquinas que as lançaram. Isso causou uma pane no sistema e elas pararam de funcionar. Eu estava feliz, por ter bolado uma estratégia boa. Estava feliz por perceber que não precisava ser egocêntrico para atingir meus propósitos, por mais difícil que isso fosse para mim, e estava feliz por ter concluído a aula.

Voltei para o interior do instituto, afim de repousar antes de dar início as outras aulas do dia.
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