Aula da Lilith Evans - 1º
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Aula da Lilith Evans - 1º
Aulas? Eu nunca havia tido algo semelhante. Em 1721 não existiam escolas como atualmente. Já no inferno... Bem, digamos que lá não é o lugar de estudos. E claro, nunca passou pela minha cabeça estudar, fingir ter uma vida humana normal. Não suportaria viver uma vida humana novamente. Humanos são tão chatos. Excitantes, porem chatos. Mesmo, após meu encontro com um arcanjo, meus poderes se rebaixaram como nunca haviam sido. E eu tinha que treiná-los para evoluí-los. Mas escola nenhuma tinha uma matéria chamada “recupere seus poderes se você for uma humana amaldiçoada por satanás que teve um confronto com um anjo e ele restringiu seus dons”. Mas, felizmente, existiam escolas para seres com dons especiais. No caso, o Instituto S era o que se encaixava comigo. Vários vilões saíram daquela instituição. Eu não era mutante, mas não tinha escolha. Ao virar aluna, eu fui forçada a escolher aulas e particularmente achei ambas interessantes. Armadilhas? Quem não gostaria de fazer outra pessoa pisar em uma armadilha que fechasse em sua perna e que só poderia sair roendo o próprio membro? Mas a lábia era muito mais sedutora. E eu era boa nisso. Afinal, sempre evitei confrontos diretos. Essa nunca foi a minha missão. Mentira não é um pecado capital, mas avareza é. E avareza incluía esconder coisas, portanto não é diferente de uma boa e velha lorota.
Ao conhecer o professor... Bem, foi incentivador. Sebastian Shaw inclusive fazia-me lembrar do meu mestre. Claro que não diria á ele. Ao que se sabe, os humanos não gostam de serem chamados de capeta. Dirigi-me do meu quarto na mansão S até a sala de aula. Para a Aula de Lábia. Ao chegar, escolhi algum lugar confortável, me espreguicei e coloquei os pés na carteira da frente, relaxando-me. Enquanto isso, pegava de minha bolsa Prada vermelha, biscoitos para degustar enquanto ouvia o professor. Shaw era preciso, direto e profissional. Sentia firmeza em sua voz e aquilo me fez entender porque ele era o professor de lábia. Aquele mutante poderia vender areia no Saara. Enquanto ele falava eu notei que não tinha comprado materiais para a aula. Onde eu anotaria o que ele falava? Eu não me lembraria de tudo, afinal, preguiça era um pecado. Olhei para a mesa e mordi o lábio. Transformei meu dedo indicador da mão esquerda em uma garra negra demoníaca e comecei a raspá-la na carteira. Comecei a entalhar na carteira o que o professor dizia e o que era importante guardar da aula.
Enquanto o professor falava, eu prestava atenção e anotava. A ideia de poder enganar melhor qualquer um que eu quisesse era extraordinária. Poderia forçar pessoas a fazer o que eu quisesse, sem usar magia ou intimidando-as. Sem contar que assim, seria menos cansativo converter os vagalumes em marimbondos. Ao professor dizer que era lábia era algo nato em certas pessoas, relutei, imaginando se eu tinha esse dom ou se eu havia adquirido isso depois de ter a alma amaldiçoada. Independente da resposta, eu aprenderia mais naquelas aulas. Sublinhei na mesa as palavras “persuasivo” e “falacioso”. E então, Sebastian começou a listar regras para fazer com que as pessoas caíssem em mentiras.
Primeiramente, os movimentos. De acordo com o professor, gesticular aumentava as chances da mentira que você está contando parecer verdade. A lógica era incontestável. Afinal, gestos são um tipo de expressão que ia além da fala. Era como os surdos entendiam as coisas e uma pessoa que conta algo de que está ciente faz gestos para dar uma segunda impressão mais precisa do que ocorreu. Sorri, imaginando que eu teria que imitar italianos e gesticular feito uma louca. Não, não precisaria exagerar como os italianos. E um surdo? Eu poderia fazer um sinal que significasse “eu te amo” e eu estaria dizendo algo como “você é surdo, você é surdo”. Parei de imaginar tais engraçadas cenas e voltei a prestar atenção no professor. A segunda regra era um pouco mais complicada para mim. Sempre que alguém falava algo que eu achava ridículo, eu devolvia com uma dose de sarcasmo. Mas pelo visto o certo seria concordar em certos pontos e continuar enrolando a pessoa. O que faz todo o sentido. Como você vai convencer alguém se nem uma conversa vocês conseguem formar? Terceira regra: nada de hesitação. Isso era simples para mim. O que eu podia temer? Com poderes e pecados ao meu lado, me acanhar seria o contrário do que eu deveria ser. Não era nada reclusa. Na verdade eu era o contrário. Agora, a firmeza e o tom de seriedade seria algo que eu teria que treinar, pois eu sempre zombo e caçoo de tudo. Como serei levada á sério assim? Matando alguém. Não, mas estamos falando de lábia, não assassinato.
Bajulação era algo que eu era boa, ainda mais quando eu tinha que puxar o saco do vermelhinho. Mas eu não era muito gentil com algumas pessoas. Na verdade com nenhuma pessoa... E animais... E plantas. Resumindo, eu não costumo sair distribuindo elogios por aí. Não é do meu feitio. Mas pelo visto um pouco de falsidade teria que valer. Nada excessivo. Anotei aquilo, sublinhando aquela parte. Tinha que me lembrar de não exagerar mais nos elogios com o senhor das trevas. Perguntas simples com respostas simples que servem para manipular a pessoa a entrar na sua. Essa era a quinta regra. A sexta regra estava entre as mais lógicas e com nexo. Também era a que as pessoas mais quebravam. Quem gosta de ser contrariado? Ao interromper alguém ou contrariá-la de maneira agressiva, ela pode desistir de continuar conversando, afinal, você tirou o direito dela da palavra. E fazia mais sentido enrolar a pessoa, ouvindo-a. Assim você ganha mais tempo para pensar e a paciência da pessoa. Combo duplo. A sétima regra era complicada e exigia tempo. Forçar alguém á acabar vendo o seu ponto de vista e manipulá-la a ponto de não notar que está sendo é uma tarefa árdua e que necessita de uma estratégia mental na conversa de maneira complexa que faça suas intenções ficarem completamente em baixo dos panos. A pessoa que tentará manipular tem que ser inteligente ou o manipulado tem que ser burro. Por sorte, inteligência eu tinha.
Apelar para motivos nobres e comoventes era algo que seria divertido de se fazer. Já me imaginava, a demônio dizendo que temos que fazer o certo, porque somos pessoas de Deus. Mas o cara lá de cima vê tudo e já viu minhas zoeiras. Por sorte não é com Deus que usarei a lábia. Teatralidade seria tudo para aquele tópico. O problema seria controlar minha vontade rir e dizer “sério que caíram nisso?”. Á partir da nona, a madeira da carteira se tornou pequena demais para tanta letra. Debrucei-me na carteira ao lado e continuei a linha de raciocínio naquela, entalhando as palavras com meu dedo demoníaco. Analisar o alvo era algo que podia ser bem simples ou muito complicado, dependendo da pessoa. Mas a nona regra tinha uma verdade: não adianta conversar com alguém que não quer papo. Afinal, ela pode muito bem te ignorar. Eu mesma sempre faço isso com pessoas insignificantes ou chatas. Ter o “time” da conversa era o essencial da regra dez. Eu sempre fui boa em fingir coisas ou contar falsas verdades, mas de acordo com a regra, se eu exagerar, a pessoa poderá notar que é mentira ou se desinteressar da conversa. Sem contar que eu teria que me lembrar de todos os detalhes para depois não tropeçar em meus próprios fatos.
A décima primeira lei da lábia Shawiana dependia da aproximação do primeiro com o segundo. Eu nunca fui boa em aproximação. Desde a minha morte, preferi renegar á humanidade, mesmo que realmente não tenha sobrado nada de humano em mim. Portanto, eu não gostava de me aproximar das pessoas, á não ser superficialmente. Quero dizer, já me aproximei de muitos humanos de maneira bem, bem intima. Mas ainda sim, preferia não criar laços positivos com eles. Mais uma vez, a teatralidade teria que ser utilizada. Regra doze: fazer apostas ou desafios. Nisso eu era boa. Já fiz as pessoas entrarem na minha conversa, propondo-as desafios. Já enganei vários embebedando-os, fazendo deles mais fáceis de serem manipulados depois. Drogar as pessoas sempre é bom. Acho que colocaria isso como a regra treze. Ah, mas já existe uma. Que tal uma regra 12.1? Indo para a última regra, a decima terceira, o número que para muitos era azarento. Partir para a chantagem. Vago, mas a simplicidade já explicava tudo. Chantagens podem ser bem amplas e podem forçar até as melhores pessoas á fazerem as piores coisas. Tudo por coisas que querem, coisas que temem, coisas que amam. Usar o sentimento de alguém contra ele mesmo. Era maldade, mas até onde eu sabia, não era muito boazinha.
Após as regras passadas, o professor Sebastian Shaw queria uma prova de que os alunos prestaram atenção. Certas perguntas teriam que ser respondidas. Agora eu entendia porque os estudantes reclamavam tanto de testes. Eram chatos.
Após todo o discurso e as respostas que dei ao professor, eu pegaria as duas carteiras nas quais eu escrevi as dicas, arrancaria pela força as duas tábuas que dão apoio ás folhas e cadernos e colocaria em baixo do braço, para leva-las comigo. Eu me aproximaria do professor e faria um gesto de agradecida, sorrindo para ele e assim, sairia da sala, disposta a começar minha vida de lábia e inspirada pelas aulas.
Off: Claro que, meu discurso foi uma grande brincadeira da minha personagem. Espero que não leve para a pessoal, afinal seria o que minha personagem faria. Obrigada pela atenção.
Ao conhecer o professor... Bem, foi incentivador. Sebastian Shaw inclusive fazia-me lembrar do meu mestre. Claro que não diria á ele. Ao que se sabe, os humanos não gostam de serem chamados de capeta. Dirigi-me do meu quarto na mansão S até a sala de aula. Para a Aula de Lábia. Ao chegar, escolhi algum lugar confortável, me espreguicei e coloquei os pés na carteira da frente, relaxando-me. Enquanto isso, pegava de minha bolsa Prada vermelha, biscoitos para degustar enquanto ouvia o professor. Shaw era preciso, direto e profissional. Sentia firmeza em sua voz e aquilo me fez entender porque ele era o professor de lábia. Aquele mutante poderia vender areia no Saara. Enquanto ele falava eu notei que não tinha comprado materiais para a aula. Onde eu anotaria o que ele falava? Eu não me lembraria de tudo, afinal, preguiça era um pecado. Olhei para a mesa e mordi o lábio. Transformei meu dedo indicador da mão esquerda em uma garra negra demoníaca e comecei a raspá-la na carteira. Comecei a entalhar na carteira o que o professor dizia e o que era importante guardar da aula.
Enquanto o professor falava, eu prestava atenção e anotava. A ideia de poder enganar melhor qualquer um que eu quisesse era extraordinária. Poderia forçar pessoas a fazer o que eu quisesse, sem usar magia ou intimidando-as. Sem contar que assim, seria menos cansativo converter os vagalumes em marimbondos. Ao professor dizer que era lábia era algo nato em certas pessoas, relutei, imaginando se eu tinha esse dom ou se eu havia adquirido isso depois de ter a alma amaldiçoada. Independente da resposta, eu aprenderia mais naquelas aulas. Sublinhei na mesa as palavras “persuasivo” e “falacioso”. E então, Sebastian começou a listar regras para fazer com que as pessoas caíssem em mentiras.
Primeiramente, os movimentos. De acordo com o professor, gesticular aumentava as chances da mentira que você está contando parecer verdade. A lógica era incontestável. Afinal, gestos são um tipo de expressão que ia além da fala. Era como os surdos entendiam as coisas e uma pessoa que conta algo de que está ciente faz gestos para dar uma segunda impressão mais precisa do que ocorreu. Sorri, imaginando que eu teria que imitar italianos e gesticular feito uma louca. Não, não precisaria exagerar como os italianos. E um surdo? Eu poderia fazer um sinal que significasse “eu te amo” e eu estaria dizendo algo como “você é surdo, você é surdo”. Parei de imaginar tais engraçadas cenas e voltei a prestar atenção no professor. A segunda regra era um pouco mais complicada para mim. Sempre que alguém falava algo que eu achava ridículo, eu devolvia com uma dose de sarcasmo. Mas pelo visto o certo seria concordar em certos pontos e continuar enrolando a pessoa. O que faz todo o sentido. Como você vai convencer alguém se nem uma conversa vocês conseguem formar? Terceira regra: nada de hesitação. Isso era simples para mim. O que eu podia temer? Com poderes e pecados ao meu lado, me acanhar seria o contrário do que eu deveria ser. Não era nada reclusa. Na verdade eu era o contrário. Agora, a firmeza e o tom de seriedade seria algo que eu teria que treinar, pois eu sempre zombo e caçoo de tudo. Como serei levada á sério assim? Matando alguém. Não, mas estamos falando de lábia, não assassinato.
Bajulação era algo que eu era boa, ainda mais quando eu tinha que puxar o saco do vermelhinho. Mas eu não era muito gentil com algumas pessoas. Na verdade com nenhuma pessoa... E animais... E plantas. Resumindo, eu não costumo sair distribuindo elogios por aí. Não é do meu feitio. Mas pelo visto um pouco de falsidade teria que valer. Nada excessivo. Anotei aquilo, sublinhando aquela parte. Tinha que me lembrar de não exagerar mais nos elogios com o senhor das trevas. Perguntas simples com respostas simples que servem para manipular a pessoa a entrar na sua. Essa era a quinta regra. A sexta regra estava entre as mais lógicas e com nexo. Também era a que as pessoas mais quebravam. Quem gosta de ser contrariado? Ao interromper alguém ou contrariá-la de maneira agressiva, ela pode desistir de continuar conversando, afinal, você tirou o direito dela da palavra. E fazia mais sentido enrolar a pessoa, ouvindo-a. Assim você ganha mais tempo para pensar e a paciência da pessoa. Combo duplo. A sétima regra era complicada e exigia tempo. Forçar alguém á acabar vendo o seu ponto de vista e manipulá-la a ponto de não notar que está sendo é uma tarefa árdua e que necessita de uma estratégia mental na conversa de maneira complexa que faça suas intenções ficarem completamente em baixo dos panos. A pessoa que tentará manipular tem que ser inteligente ou o manipulado tem que ser burro. Por sorte, inteligência eu tinha.
Apelar para motivos nobres e comoventes era algo que seria divertido de se fazer. Já me imaginava, a demônio dizendo que temos que fazer o certo, porque somos pessoas de Deus. Mas o cara lá de cima vê tudo e já viu minhas zoeiras. Por sorte não é com Deus que usarei a lábia. Teatralidade seria tudo para aquele tópico. O problema seria controlar minha vontade rir e dizer “sério que caíram nisso?”. Á partir da nona, a madeira da carteira se tornou pequena demais para tanta letra. Debrucei-me na carteira ao lado e continuei a linha de raciocínio naquela, entalhando as palavras com meu dedo demoníaco. Analisar o alvo era algo que podia ser bem simples ou muito complicado, dependendo da pessoa. Mas a nona regra tinha uma verdade: não adianta conversar com alguém que não quer papo. Afinal, ela pode muito bem te ignorar. Eu mesma sempre faço isso com pessoas insignificantes ou chatas. Ter o “time” da conversa era o essencial da regra dez. Eu sempre fui boa em fingir coisas ou contar falsas verdades, mas de acordo com a regra, se eu exagerar, a pessoa poderá notar que é mentira ou se desinteressar da conversa. Sem contar que eu teria que me lembrar de todos os detalhes para depois não tropeçar em meus próprios fatos.
A décima primeira lei da lábia Shawiana dependia da aproximação do primeiro com o segundo. Eu nunca fui boa em aproximação. Desde a minha morte, preferi renegar á humanidade, mesmo que realmente não tenha sobrado nada de humano em mim. Portanto, eu não gostava de me aproximar das pessoas, á não ser superficialmente. Quero dizer, já me aproximei de muitos humanos de maneira bem, bem intima. Mas ainda sim, preferia não criar laços positivos com eles. Mais uma vez, a teatralidade teria que ser utilizada. Regra doze: fazer apostas ou desafios. Nisso eu era boa. Já fiz as pessoas entrarem na minha conversa, propondo-as desafios. Já enganei vários embebedando-os, fazendo deles mais fáceis de serem manipulados depois. Drogar as pessoas sempre é bom. Acho que colocaria isso como a regra treze. Ah, mas já existe uma. Que tal uma regra 12.1? Indo para a última regra, a decima terceira, o número que para muitos era azarento. Partir para a chantagem. Vago, mas a simplicidade já explicava tudo. Chantagens podem ser bem amplas e podem forçar até as melhores pessoas á fazerem as piores coisas. Tudo por coisas que querem, coisas que temem, coisas que amam. Usar o sentimento de alguém contra ele mesmo. Era maldade, mas até onde eu sabia, não era muito boazinha.
Após as regras passadas, o professor Sebastian Shaw queria uma prova de que os alunos prestaram atenção. Certas perguntas teriam que ser respondidas. Agora eu entendia porque os estudantes reclamavam tanto de testes. Eram chatos.
- Spoiler:
1. Você deve iniciar uma conversa para convencer alguém independente de qualquer situação?
Obviamente, não. Ao menos que seja essencial e não exista alternativa. A pessoa deve estar com vontade de conversar com você. Ela tem que estar interessada no assunto, caso contrário não lhe dará ouvidos, poderá te ignorar, ou só fingir que ouve, mas não está. Fora que deve-se mostrar certa intimidade e respeito pela pessoa, principalmente se não conhecer o alvo da lábia, caso contrário, essa pessoa lhe evitará ou achará que você está querendo algo com ela ou que está perseguindo ela.
2. Ao gaguejar durante uma conversa o que significa isso para quem está ouvindo?
Significa que você é gago ou tem algum problema de dicção e vai lhe mandar procurar um fonoaudiólogo. Eu faria isso. Mas caso você só esteja gaguejando por medo, ou insegurança, ou receio, seu gaguejar passará tais sensações ao ouvinte que pode acabar descobrindo sua mentira porque você não soube se controlar sob pressão. Fora que seria menos uma lorota e mais algo engraçado. Fala sério. Gaguejar de nervoso deve ser engraçado de se ver.
3. Não permita que a pessoa lhe contra argumente. Essa afirmação é verdadeira ou falsa. Explique porque.
Falsa. Permita que ela argumente. Isso fará com que você ganhe tempo, possa pensar em sua resposta e isso passará a impressão de que a conversa realmente está se desenvolvendo. Em uma conversa unilateral, a pessoa desistira de falar com você, pois você não a escutaria. Enquanto o indivíduo conversa com você, é o seu momento: use o que ele disser contra ele, para que veja que ele veja que seu ponto está certo e que o dele possui falhas. Além disso, fazer a pessoa imaginar que seu ponto de vista é o mesmo dela, fará com que ela lhe entenda melhor. Pense comigo: se alguém te calasse no meio de uma conversa e falasse por cima das suas palavras quando era a sua vez de expor os fatos. Você não tentaria acertar a cabeça dela com um machado?
4. Façam um discurso em 15 linhas me convencendo de que merecem tirar nota máxima nesse exercício.
Justamente nessa aula, pretendo descobrir se eu já tenho inclinação para a lábia e a mentira. Mesmo que eu não tenha, vou treinar para adquirir tal habilidade durante essas aulas. A mentira é uma arte. Não é qualquer um que pode ser um bom mentiroso e se tornar um chefão do crime, um vilão mundialmente conhecido ou um presidente. O fato é que a lábia se for estudada, pode acabar se tornando uma carta na manga. E uma ótima carta. Afinal, você pode não ser um telepata ou controlador de mentes, mas quem precisa ler os pensamentos de alguém se você pode ler seus gestos e movimentos e manipulá-la através da conversação, fazendo-a própria contar seus podres e então intimidá-la, usando como chantagem, tudo o que ela lhe contou, pondo tudo contra a pessoa. O maior poder está na inteligência, astúcia e, principalmente, nas palavras. E eu sei que como grande vilão que você, Sebastian Shaw, é, já sabe sobre isso. E não se preocupe, pois eu tentarei seguir todos os passos, afinal, lábia deve ser ensinada á demais, assim como você a ensina, mas claro, só algumas pessoas podem nascer para serem mentirosas. E como o senhor, pretendo me tornar uma vilã digna e aposto que a mentira será um caminho mais fácil e reto para tal conquista. A propósito, bela gravata, professor.
Certo, posso eu estar muito nova nessa arte, afinal essa é minha primeira aula e com certeza ainda tenho muito que aprender e você muito á me ensinar. Mas concorda que ao menos tentei? Anotei todas as regras e pretendo utilizá-las o mais breve possível para ver se elas realmente funcionam. O que é óbvio, funcionam, foram criadas por um profissional. Prestei atenção na aula porque isso pode influenciar muito em meu futuro. E como negar a tal aluna tão dedicada, estudiosa e com tamanho afinco para aprender a mentir como uma profissional, a nota máxima? Os presentes na sala estão aqui para aprender e o senhor para lecionar e nos mostrar o caminho da mentira. E então, exponho a minha ideia: não estou forçando o senhor a dar a nota máxima. Você, Sebastian, é o professor e sabe o que faz. Mas seria mais lógico e nobre da sua parte. Os alunos dessa aula, pelo menos eu, estou aqui para ampliar meus conhecimentos e lógico, ganhar o diploma ou seja lá o que eu tiver que ganhar no final das aulas. E não seria nobre da parte de um professor, dar a nota máxima ao aluno para ajuda-lo a conquistar seu sonho? Se diz que ações nobres não são coisa de vilão, pense que ao me passar a nota máxima estou mais próxima de usar a lábia contra as pessoas lá fora, ou seja, mais maldade, menos inimigos. Todos saem ganhando. Minha ideia tem lógica, não tem?
Sei que o senhor está pré-disposto á me escutar e que terá paciência, pois pediu um discurso, portanto, acho que estamos no mesmo barco. E aceitarei os contra argumentos, mas como um discurso monólogo que eu criei, os seus argumentos terão que ficar para depois. Lógico que são importantes, mas não vai querer me interromper no meio do meu discurso, cortando minha linha de raciocínio? Isso me faria não querer mais escutar o senhor, não é? Acho que inclusive seria meio antiético, afinal, só estou fazendo o que o senhor pediu. Acho que após tal discurso, mereço a nota máxima, mas claro, a decisão é sua. Mas pense: e se um dia eu me tornar uma vilã mundialmente famosa, odiada e temida? Eu diria que tudo que sou é graças ao meu professor Sebastian Shaw. Isso lhe traria uma fama maior do que já tem. E claro, eu estaria disposta a lhe ajudar, portanto, se não lhe convenci, que tal um desafio? Dê-me a nota máxima e ao mais tardar, veremos se as aulas serviram como o imaginado. Como aposto, funcionaram e o senhor será aclamado como um gênio da lábia. Caso isso não seja o suficiente, espero que tenha percebido que usei as dicas para a lábia que o senhor passou durante as aulas. Portanto, mereço a nota máxima. Vejamos, se eu estiver falhando nesse teste isso de certa forma pode significar que as dicas estão tem a tendência de levar o aluno a falhar. E um professor que influencie negativamente seu aluno, não é um bom profissional. Sebastian Shaw um mal profissional? Não cairia bem. Isso foi apenas uma brincadeira, professor querido. Ao menos eu acho. Mas como um discurso, não tive tempo para as expressões corporais, mas perceba que não hesitei. Lilith Evans que vos fala não merece a nota máxima?
Após todo o discurso e as respostas que dei ao professor, eu pegaria as duas carteiras nas quais eu escrevi as dicas, arrancaria pela força as duas tábuas que dão apoio ás folhas e cadernos e colocaria em baixo do braço, para leva-las comigo. Eu me aproximaria do professor e faria um gesto de agradecida, sorrindo para ele e assim, sairia da sala, disposta a começar minha vida de lábia e inspirada pelas aulas.
Off: Claro que, meu discurso foi uma grande brincadeira da minha personagem. Espero que não leve para a pessoal, afinal seria o que minha personagem faria. Obrigada pela atenção.
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