Proximidade da entrada de Tytainasuu

Minha cabeça doía como se tivesse sido atropelada por uma boiada enfurecida. Tudo ao meu redor parecia desfocado quando eu abri os olhos, e levou muito tempo para que eu conseguisse perceber com clareza onde eu estava.
Meus pensamentos só conseguiram me levar para o ocorrido nas Docas. Onde será que eu estava? Tinha sido capturado? Estava sob custódia dos agentes do governo?

Tentei me sentar na cama onde estava, e não senti nada me restringindo os movimentos. Olhei mais atentamente e percebi que não parecia com nenhum tipo de prisão, e se fosse, era a prisão mais confortável e que se preocupava com seus presos do mundo todo.

Senti uma dor filha da puta em minha coluna, que servia apenas para me lembrar de que nada na vida vem de graça. Posicionei minhas mãos em minha lombar e percebi que nos lugares onde eu havia sido atingido por projéteis durante o embate nas Docas, já haviam cicatrizados. Por quanto tempo será que eu tinha dormido?

Ao levantar da cama, me movimentei até a janela e percebi que estava em algum tipo de aeronave, que sobrevoava um longo campo verde e bonito...

“O que merda tá acontecendo aqui?”

Assim que pensei nisso, uma porta metálica abre atrás de mim, me fazendo pegar o objeto letal mais próximo para usar como arma, caso fosse uma presença não amigável, que no momento era um jarro de plantas.

Eram Padre Thiago e o índio. Os dois que batalharam ao meu lado durante o confronto passado. O índio se apresentou como Ubiratã, e ele naquele momento explicara um pouco do que acontecera nessas últimas horas, sobre como um alienígena roxo e super-poderoso estalou os dedos e fez com que metade de toda vida na terra tivesse desaparecido, e sobre como o mundo estava em caos, e nossa maior força de defesa contra os perigos extraterrenos também sofrera baixas. Os Vingadores aparentemente estavam em frangalhos.

Tive tempo ali, finalmente para chorar a morte de minha mulher e filha... Transformadas em pó bem na minha frente, e só agora caíra a ficha. Só agora o peso dessa perda se tornou real em minha mente, e as duas pessoas mais importantes da minha vida se foram.

Me recompus, ou pelo menos tentei, rapidamente, e assim que me dei conta, um homem de cabelos negros marcados por algumas mechas grisalhas, adentra na sala onde eu estava com o índio Bira e o Padre Thiago. Ele se apresenta como Roberto, ou Mancha Solar, e nos conta mais ou menos sobre o que acontecera: sobre os carniçais, um grupo supremacista contra os homens com habilidades extraordinárias, sobre eles terem contratado um grupo militar para procurar a entrada de Tytainasuu, uma nação irmã de Wakanda, situada no coração da Amazônia e sobre sermos as únicas pessoas que poderiam defender e proteger esse povo no momento atual.

Minha esposa e filha estavam mortas. Não havia mais nada a perder, mas havia muito para lutar. Lutar novamente pelo bem do país que me deu a oportunidade de cuidar de minha família até o último minuto, lutar pela terra que aprendi a amar, só que não do jeito de antes, não sob os termos deles, que estão corrompidos mais do que nunca. O Capitão Brasil deveria sair de sua aposentadoria precoce e lutar mais uma vez pela liberdade da nação, mesmo que ela não consiga ver que está afundando na própria sujeira.

Nesse momento, o padre profere as seguintes palavras.

- Pera, trabalhar em equipe? Eu, bem, não sei se é a melhor ideia. Sempre fui muito solitário em minha cruzada desde que adquiri esse dom ou maldição como preferirem. Não sei se perceberam, mas as minhas habilidades são um tanto peculiares e, por que não dizer, instáveis. Ao acessar meus poderes eu sou tomado aleatoriamente por espíritos de pessoas com poderes e tanto meu corpo, como a minha mente são conduzidos por esses espíritos sem que eu tenha controle. Se bem que foi interessante lutar ao lado de vocês e acredito que o resultado foi satisfatório. Eu me sinto até mais forte. Tá certo, eu topo. Já que isso ajudará as pessoas, eu estou disposto a tentar.

“Isso explica os nomes diferentes, e os dois poderes que ele usou no combate. Esse cara é muito poderoso, seria ótimo ter ele ao meu lado. Mais perto de vigiar e muito melhor tê-lo como amigo.”

Ouvi calmamente as instruções que nos foram passadas. Sobre como alguém teria que desligar as câmeras, outro deveria plantar a bomba e sair em 1 minuto e depois os dois serem resgatados pelo terceiro membro. Enquanto matutava em minha mente sobre as estratégias nessa nossa empreitada, o CANARINHO PISTOLA em carne e osso, ou não necessariamente, entrara na sala.

Pouquíssimas coisas chegaram a ser divertidas e bem humoradas nos últimos anos como o tal canarinho puto. Na copa cheguei até a comprar uma pelúcia dele para minha filha. Ela adorou.

Depois de contar uma história sobre como ele adquirira o robô, Mancha Solar nos chama para fazer parte de um grupo. Se fôssemos até o hangar dessa aeronave em que estávamos, iríamos compor algum esquadrão que ele chamara de Vingadores BR.

“Os maiores heróis da terra estão fragilizados, talvez até derrotados moralmente... Essa seria uma ótima hora para mostrar que ainda existem pessoas lutando pelo bem e pela liberdade.”

— Canarinho.

— Coé, cheira cu?

— Deixa eu ver mais desse armamento pesado que você tem aí. — viro meu olhar para Thiago e Bira — Encontro vocês no hangar. Se preparem para o pior, porém sem deixar a esperança de lado.

— Que papo de boiola. Vem comigo que eu te mostro armamento pesado o suficiente pra derrubar Brasília antes que o Bolsonaro fale “Bolsa de Cocô”. Do que é que tu precisa?

— Me saca uma M16, duas pistolas com silenciador, uma faca, duas bang, um Grappling Hook, um explosivo tático e um uniforme que resista um pouco à bala.

— Quer uma rola também? Filho da puta exigente.

Segui o canarinho até o arsenal, onde me armei devidamente, e me voltei para o hangar, onde já estavam preparados na mesa de discussões táticas Bira e o Padre. Comecei a discussão das abordagens que poderíamos utilizar nessa missão.

— O ideal realmente seria nos dividirmos. Eu posso ir desligar as câmeras, demoraria um pouco, mas conseguiria, só precisaria me disfarçar de um deles e roubar uma credencial válida. Padre, talvez você pudesse atravessar as paredes como foi na luta contra o robô e instalar a bomba e sair com segurança, e aí Bira viria ao resgate.

Minha estratégia parecia boa, mas Thiago surge com mais uma possibilidade, a de ir em super velocidade e desligar as câmeras sem ser visto. Era uma boa habilidade, quantas mais aquele padre estaria guardando dentro de si? Deveria conhece-las todas no futuro, caso precisássemos trabalhar juntos.

— Boa. Estarei nas redondezas, assim que você der o sinal, instalarei a bomba, e Bira chega para o resgate.

Tentando baixar o espírito certo, o padre coloca a operação em risco, quase derrubando a aeronave, alegando que a vida tem vários altos e baixos e estando altamente embriagado. Talvez esse poder dele fosse mais uma maldição do que uma bênção. Seria mesmo melhor tê-lo ao nosso lado do que ser contra ele?

Finalmente ele consegue sincronizar o espírito certo, Jonas, o velocista, que repassa o plano. Pousamos longe dos radares deles, 5 km pra ser mais preciso, e Jonas parte em disparada. Me despeço de Bira com um sério “Até logo” e vou correndo, tentando não pisar em muitas folhas secas no chão. Uso meu gancho para pegar mais impulso, e tentar ir pelos galhos de algumas árvores que me pareciam mais resistentes.

Enfim chego perto da base, e como se estivesse combinado com o velocista, vejo um sinal de fumaça se erguer um pouco depois da base, no que deveria ser a ala oeste.

Eu estava em cima de uma árvore, observando tudo aquilo. Imaginava onde seria o local onde deveria plantar a bomba, e de certeza estaria fortemente guardada por seguranças muito treinados.

Alguns dos guardas viram o sinal de fumaça e, preocupados, falaram algo em seus Walkie-Talkies e decidiram que iriam investigar, deixando apenas dois agentes de frente a essa entrada.

Momento perfeito.

Catei uma das pistolas com silenciador e com dois tiros certeiros na cabeça deitei os dois. Fácil. Já que as câmeras não funcionavam, não tinha com o que me preocupar no sentido de discrição, então joguei o gancho na parede acima da porta e desci como se eu fosse o Homem-Aranha, conseguindo cair, com um rolamento, na frente da porta, e entre os dois cadáveres inimigos.

Peguei um dos cartões de identificação dos guardas caídos, caso precisasse de algum acesso e entrei nas instalações, já com a M16 em mãos e pronta pra atirar em tudo que aparecesse em meu caminho.

Esses amadores cometeram alguns erros de iniciante. O primeiro erro foi indicar no mapa a maioria dos pontos chave dessas instalações nos menus de elevadores, o que me fez rapidamente deduzir os possíveis e prováveis locais onde eu poderia plantar minha bomba. O outro erro foi não estarem preparados para uma invasão estando do lado do território inimigo.
Isso se provava pela facilidade com que eu me infiltrava, assassinava com tiros certeiros e adentrava ainda mais naquela base.

Saí do elevador e coloquei um pequeno explosivo na parte de cima para agilizar minha saída daquele ambiente. e fui caminhando lentamente até o cruzamento de corredores, onde sabia que, para a direita, estaria meu objetivo.

Ao chegar na dobra do corredor que daria para a porta da sala do gerador, parei e respirei fundo. Tirei do bolso a faca, totalmente lustrada, e coloquei no cantinho da parede para, pelo reflexo, descobrir quantas pessoas me aguardavam naquele local: Dez. Guardei a faca novamente, e pensei exatamente no que faria.

Respirei fundo e joguei a primeira Bang no corredor onde eles estavam e me virei para trás e fechei os olhos.

O brilho branco irradiou pelo corredor, eu esperava que tivesse deixado todos eles cegos. Tiros de metralhadoras disparados às cegas, provavelmente, foram ouvidos por mim. Esperei eles cessarem um pouco, e só aí, dobrei a esquina do corredor, com a M16 em mãos e sentando o dedo pra cima daqueles guardas.
Acho que deitei uns 3 assim.

Logo, eles começaram a atirar em mim novamente. Percebendo isso, coloquei meu braço biônico na frente de minha cabeça e imprimi velocidade, torcendo para que o uniforme aguentasse e me protegesse da maioria dos projéteis, e na mão esquerda, ainda segurava a M16 como um porrete.

Ao sentir o impacto de meu cotovelo biônico com algo que pareceu um queixo humano, fiz um movimento com o braço direito para segurar a cabeça dessa pessoa com o queixo fraturado e batê-la na parede ao mesmo tempo que com o porrete improvisado, golpeava o corpo de mais um dos inimigos, apenas para afastá-lo.

Faltavam 6.

Como estava muito perto, os guardas desistiram de usar as armas de fogo e partiram para a porradaria. Eram 6 contra mim. Que injusto pra eles. Soltei a M16 no chão e chamei eles pro tapa.

Logo, fizeram uma rodinha ao meu redor, me cercando na intenção de fazer com que eu não fugisse, mas quem disse que eu queria fugir?

Um deles iniciou o ataque, vindo com um soco direto pra cima de mim. Segurei seu punho com meu braço direito, absorvendo o impacto e com a outra mão, saquei novamente a faca e golpei o mesmo abaixo do braço, e o joguei pra trás de mim, para trombar com o agressor que estava vindo por trás.

Após esse movimento, fui surpreendido com um soco na lateral do rosto, o que me fez cambalear e ser segurado pelos braços e ter meus movimentos restringidos pelo inimigo à direita. Ao fazer isso, o inimigo que me socara veio em cheio socar minha  barriga. Fiz peso com impulso pra baixo muito rápido, fazendo com que o cara que me segurava girasse por cima de mim e colidisse com o que vinha me socar na boca do estômago.

Com 2 caídos e 2 se recompondo, ficara ainda mais fácil.

Dessa vez iniciei o ataque, com a faca ainda em mãos, fiquei trocando ela de mão em mão para confundir o inimigo até que eu chegasse próximo, e começasse a tentar golpeá-lo. Ele lutava bem, isso era fato, mas em seu primeiro deslize, torci sua mão, golpeei-o com a faca em sua coxa e cotovelei sua cabeça, derrubando-o.

Os dos primeiros a cair já haviam se recuperado e partiram novamente para a agressão. Motivados pela raiva, seria mais fácil de detê-los. Seus golpes eram lentos e pesados, deixando suas guardas abertas demais, me aproveitava disso para, enquanto bloqueava, dar socos em seus rostos só pra deixá-los atordoados até que fossem vencidos pelo próprio cansaço e tontura.

Cansado e com pressa de resolver minha missão, nocauteei esses dois, saquei as pistolas com silenciador e atirei nos dois que ainda estavam se levantando.

Ainda sobrara um que, quando me dei conta, estava fugindo, provavelmente tentando pedir ajuda. Atirei nos dois joelhos dele por trás, para que ele não conseguisse fugir nem chamar reforços.

Abri a porta que eles guardavam, e tentei agir da forma mais rápida possível. Coloquei o explosivo colado na parede do maior gerador que pude encontrar e liguei o timer de 60 segundos.

"Pouquíssimo tempo, vai tomar no cu quem pensou nisso."

Saí correndo da sala do gerador, gastando todas as minhas energias pra poder chegar a tempo no elevador. Apertei um pequeno detonador em meu pulso, que fez com que o explosivo colocado no elevador se ativasse, explodisse e liberasse o poço.

Abri a porta metálica para o poço com meu braço mecânico o mais rápido que pude e usei o Grappling Hook pra atirar lá no alto e poder me puxar rapidamente para cima, onde eu iria abrir mais uma das portas, e sair correndo das instalações e ser resgatado pelo Bira.

Chegando lá em cima, abri a porta do andar do térreo, e disparei mais uma vez, agora sem me importar em ser discreto  furtivo, só queria sair dali de dentro antes que tudo fosse pelos ares. Ao sair da base dos Carniceiros, comecei a ouvir uma cadeia de explosões vinda do solo.

Meu trabalho estava feito.

ROUPA:

As coisas estavam acontecendo muito rápido para processar. Em poucas horas eu havia perdido minha família, descoberto uma operação racista contra mutantes no meu país e eliminado uma de suas bases, destruí uma armadura, conheci mais 3 parceiros de combate sendo que um deles estava desaparecido.

O nosso resgate, por causa do sumiço de Bira, foi realizado por Roberto, que em sua forma flamejante, nos pescara no chão como uma águia faz com suas presas, só que sua atitude salvara nossas vidas, ao invés de nos levar para a morte certa. Enquanto estávamos em pleno vôo, nos deixou cientes de que estaria nos levando para uma grande festa e que as coisas só estavam começando.

Gelei com com esse comentário, só que de excitação. Minha aposentadoria agora estava indo para o caralho.

Quando ultrapassamos um morro, ali mesmo no coração da Floresta Amazônica, Roberto aterrissou numa clareira e minha cabeça quase explodiu: centenas de indígenas, trajando roupas de guerra aparentemente muito mais desenvolvidas do que as nossas, armas que eu nunca havia visto igual, sem falar nos animais mais variados, e coisas do tipo. Tudo aquilo era como se fosse magia, coisa de outro mundo.

Mais um acontecimento foda em menos de um dia.

Os donos daquele local não pareciam muito amistosos com minha presença e a do padre, nos chamaram de colonizadores, porém Da Costa disse que éramos de confiança, e que a perda de Bira não seria em vão, e que ainda tentaria procurar nosso amigo índio.

Observamos que os habitantes daquela região ainda não confiavam na gente, o que era de se esperar, já que éramos todos da etnia que, no passado, havia dizimado e escravizado os membros de seu povo, então evitava o olhar direto, mantinha meu rosto sem emoções, e apenas observava aquela maravilhosa fauna e flora ao redor.

Mancha Solar foi nos explicando a história de Tytainasuu, o povo irmão de Wakanda, e que agora estava oferecendo refúgio para essa população, devido ao enfraquecimento da nação devido ao sumiço do Pantera Negra e coisas assim. E o que parecia ruim, começou a piorar.

Os submarinos com os refugiados Wakandianos chegaram, e quando pensávamos que seria uma recepção festiva, eles começarama ser atacados por helicópteros da força aérea brasileira. Um sentimento de vergonha crescera dentro de mim.

Tytainasianos mergulharam nos rios para tentar fazer algo para ajudar os náufragos, Mancha Solar partiu rumo ao céu, para tentar derrubar a maior quantidade de aeronaves que pudesse, e ficou nas minhas mãos e do Padre, lidar com os soldados que vinham por terra, subindo o morro.

Nós tínhamos o terreno alto (higher ground), então estávamos em vantagem. Nem pensei duas vezes, saquei meu fuzil, que não era nada próximo de minhas armas preferidas (Sol e Liberdade), mas dava pro gasto. Me posicionei estratégicamente e atirei uma das granadas que tinha em meus bolsos, e quando ela estava no ar, muito próxima aos soldados inimigos, atirei de forma certeira na mesma, provocando uma explosão no meio deles.

Em seguida, mirei em uma das aeronaves próximas, e vendo uma brecha, disparei rajadas contra o piloto da mesma, para que ela caíssee, com sorte, fosse em cima dos soldados.

— PADRE, É MELHOR CHAMAR AQUELE ESPÍRITO QUE SOLTA FOGO, OU A GENTE TÁ MUITO FODIDO. POR FAVOR, NÃO TRAZ AQUELE BÊBADO MALUCO.

Berrei para Thiago, torcendo para que sua maldição nos favorecesse mais uma vez.

[spoiler=INFORMAÇÕES] Eu tenho Combate corpo a corpo, armas de fogo e armas brancas como perícia.
quero adicionar 3 em conhecimento (12), e mais 2 em ataque (6).]

MOV 1 = Tiro na Granada (1 conhec)
MOV 2 = Tiro no piloto inimigo pro helicóptero cair (3 Conhec)

Mais uma rajada de tiros havia sido disparada contra mim. Acho que nunca miraram tanto contra mim em minha vida toda do que nesse curto período de tempo desde que eu saíra da praia até este local, uma aldeia super tecnológica e indígena no meio da Amazônia.

Rolo para o lado, aterrissando atrás de uma árvore e espero a maioria dos tiros cessarem. A dor era inevitável. Aquele uniforme simples não tinha a blindagem necessária para que eu pudesse resistir a tantos disparos, e eu estava muito longe de conseguir minhas armas originais. Com certeza o combate seria muito mais fácil com as duas.

Escutei Thiago falar, ele havia incorporado novamente o velocista. Talvez tivesse sido uma boa, mas o guerreiro que atirava fogo seria bem melhor.

"A gente luta com o que tem, não é mesmo?"

Respirei fundo e saí de trás da árvore pra poder mais uma vez mirar no piloto do helicóptero, para poder derrubá-lo em cima dos soldados mais próximos e assim poder eliminar grande parte de nossos problemas.

INFORMAÇÕES:

MOV 1 = Defesa com o braço mecânico e rolamento (sem conhecimento.)
MOV 2 = Tiro novamente no piloto inimigo pro helicóptero cair (1 conhecimento)

Derrubar um helicóptero daquela maneira só ajudava em nossa moral. Fora um pouco frustrante que a aeronave não tivesse caído em cima dos exércitos rivais, mas essas coisas não se tem como controlar, então era levantar a cabeça e seguir em frente com as estratégias.

Mancha Solar destruíra os mísseis atirados por uma nova aeronave que surgira, e dela, duas figuras grotescas, que naquele momento, não consegui decidir de qual eu tinha mais desgosto: Mourão e Ômega Vermelho.

Meu primeiro instinto foi o de acertar o general com um tiro certeiro, da mesma forma que havia feito com o piloto do helicóptero que eu havia derrubado. Até cheguei a fazer a mira, ali mesmo atrás da árvore que estava me cobrindo e protegendo do fogo cruzado.

"Ele não é a maior ameaça, é só um maluco num jetpack... A prioridade é acabar com o Ômega."

Olhei ao redor e vi que o mesmo acabara de aterrissar e gritar pra quem quisesse ouvir que iria testar suas novas armas. Poderia aproveitar esse espaço de distração pra poder chegar com tudo e dar um golpe surpresa... Mas como?

— Machida, me dá cobertura. Vou tentar pegar aquele filho da puta de surpresa. — Fiz um sinal de joinha pra ele e continuei — Conto com você, parceiro.

Saí correndo na direção oposta ao inimigo, bloqueando o máximo possível de tiros que conseguia com meu braço biônico e assim que avistei uma aeronave inimiga que ia de encontro ao Ômega, dei início ao meu plano.

Usei o Arpéu Magnético que tinha levado na missão para grudar nesse helicóptero que ia com tudo na direção do exército de Tytainasuu e peguei carona nele. Tomei cuidado para não ser visto pelos tripulantes.

Quando cheguei num ponto que considerei perfeito, me desgrudei da base da aeronave e desci em cheio por trás de Ômega Vermelho, mas não de qualquer jeito.

Desci dando um soco na base do pescoço de meu inimigo, utilizando tanto da força de meu braço biônico, quanto da força da gravidade. Aterrisei num rolamento, dispersando o máximo de energia que consegui.

INFORMAÇÕES:

MOV 1 = Defesa com o braço mecânico e rolamento (Sem usar Conhec.)
MOV 2 = Soco na cervical do Omega Red (4 conhecimento)