Water St.

ADVERSIDADES

Tov chega a saída dos túneis do metrô de NY, ajudando dezenas de pessoas desorientadas a ficar em segurança. Mas o que os seus olhos enxergavam agora não era nada tranquilizador.

As ruas de Nova York replicavam cenas de cidades destruídas pela guerra. Carros colididos entre as calçadas, pessoas ajoelhadas e desesperadas. Era nítido que tudo que havia acontecido na estação do metrô havia ocorrido também do lado de fora, onde a destruição parecia ter sido ainda maior.

Dando poucos passos para frente, Tov e os demais sobreviventes viram partes de um helicóptero cair encima de uma van, estacionada no meio de um cruzamento. Ao olharem para cima, seguindo a direção de onde o helicóptero havia caído,  enxergaram diversas janelas de um prédio comercial destruídas, fogo em vários andares e o grito de desespero de quem estava preso naquele pesadelo.

Em sua frente, pouco mais de 10 metros, uma mulher estava presa nas ferragens de um carro. Seu veículo havia ficado preso entre dois outros automóveis e não havia como abrir qualquer uma das portas. Havia sinais de vazamento de gasolina por debaixo dos pneus do carro e a mulher já estava quase surtando de desespero.

mensagem aos viajantes:

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AMNIT TOV: Manipulação de energia
Valor dos dados por movimento: Nível 1 - 1d2
HP: 10
E: 3 (vezes que pode usar seu poder)
C: 3 (vezes que pode usar sua perícia)
ATK: 3
DEF: 2
Itens: Nenhum

pesar dos prédios ainda se manterem em pé, o cenário atual da cidade assemelhava com uma zona de guerra, algo muito familiar para mim. Foquei os olhos nos detalhes, analisando-os minuciosamente. Parecia que uma rajada de vento passou ali e tirou as coisas do lugar por pura diversão; o poste de luz sumiu, deixando apenas os restos dos cabos elétricos. Um helicóptero arrebatado do ar e jogado sobre a van. Fogo em vários andares no prédio a frente. E por último, mas não menos importante, um pobre gato pego pelo vento e lançado contra a lateral de uma caminhonete. Pobre gato. Soltei um longo e agudo assobio. É incrível como as sucessões de acontecimentos desastrosos calhou em um único dia.

Mordia os lábios à medida que ponderava o que eu faria a seguir. Sair da cidade é um bom plano, mas ainda tinha alguns trabalhos pendentes. Pensando bem, qual é a probabilidade do meu empregador estar vivo? Talvez sua preocupação no momento é a de sobreviver ao invés de engajar um assassinato. Ou entrou no percentual dos que viraram pó. Seja qual for das alternativas, não valeria a pena correr o risco. Além disso, seria um total desperdício de energia, tempo e recursos. Tenho muitos problemas para lidar e não quero ter mais um em meio ao fim do mundo. Quando giro o corpo sinto um puxão na extremidade do meu casaco. A mão trêmula da garotinha agarrou feito pequenas garras de crustáceos. Agora seus orbes castanhos haviam perdido o brilho esperançoso. Eu suspirei. Ela lembrará desse dia por toda a sua vida. Os danos físicos serão curados, mas não iria esquecer o trauma emocional tão cedo. Isso se algum dia esquecesse. Outra coisa com que estava muito familiarizada.

Sem que eu precisasse dizer algo, ela soltou o casaco e inspirou fundo, tentando, pessimamente, engolir o choro. Abaixei o corpo o suficiente para entrar no seu campo de visão. — Escute bem e memorize: Se cair sete vezes, levanta-te oito. — Murmurei, exibindo o olhar duro e depois um sorriso torto. Era nítido em sua face que as palavras não faziam sentido, mas um dia farão. Dei as costas antes que ela pudesse pensar ou falar alguma coisa.

***
Dedilhei o dedo indicador no queixo. Fiquei me perguntando o motivo de eu não ter virado pó como os outros. Será que é um tipo de seleção natural? Arqueei uma das sobrancelhas e abrir um largo sorriso maroto. Se esse fosse o caso, o mundo perdeu a única oportunidade de apagar minha existência. Cinco minutos depois, atravessava a rua e seguia na direção onde vários carros estavam parados. Demorei alguns segundos para perceber que os gritos escandalosos que eu vinha escutando derivavam de um deles. O veículo em questão encontrava-se preso entre outros dois automóveis. Embora eu quisesse muito voltar para o meu quarto no hotel, tomar um banho e cair na cama, mas a curiosidade falou mais alto. Realmente, eu precisava aprender a controlar isso. Quando me aproximei o forte cheiro de gasolina faz cócegas no meu nariz. O liquido derramava no asfalto e abaixo das minhas botas. Merda. A mulher havia notado a minha presença e começou a espernear no banco de couro.

— Socorro! Me ajude! Estou presa! — Arfou desesperada. Fiz uma careta. Ela estava depositando suas últimas esperanças em mim. O problema é que eu só trazia morte às pessoas, não esperança. Se estou aqui é devido à minha maldita curiosidade insaciável. Mas não vou mentir, considerei as opções, algo que provavelmente deveria ter feito antes de abrir a boca e começar a martirizar minha estupidez. — Por favor, me ajude! — Repetiu entre soluços.

Eu poderia ignora-la se não fosse por um único fato. O medo e desespero estampado no seu semblante me fez lembrar de alguém. A memória me puxa, querendo desabrochar em mais alguma coisa. O dia em que meus companheiros de pelotão foram mortos e eu, completamente sozinha no deserto. Em menos de segundos a sensação de hesitação desaparece. Meus olhos oscilam em poder. Coloco minha mão na porta do carro da mulher e me concentro na minha respiração, intentando alcançar a energia elétrica remanescente no veículo. A energia transitou pela ponta dos dedos, à palma da mão e depois se deslocou para o centro do meu peito. Respiro fundo e solto o ar pela boca enquanto a energia esmaecia lentamente do meu corpo. Sem material elétrico nada de faísca ou de explosões. — É melhor se afastar um pouco. — Digo, enfatizando com um gesto. Deixo recair uma adaga na mão esquerda e com o punhal acerto violentamente a janela. O vidro estalou alto e se estilhaça acima das pernas da mulher. — Que tal sair logo desse carro antes que ele exploda? — Gracejo, exibindo o sorriso conspiratório.

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BALADA SANGRENTA

Chapter III. I ran so far away

As pessoas dizem que sua vida passa diante dos seus olhos quando você passa por uma experiência de quase morte… É um pensamento tanto quanto bonito se você for pensar bem… “Você vê as coisas boas que passaram em sua vida”. E se você foi sortudo o suficiente, você aproveitou todas elas… É um pensamento bonito… É uma pena que… Não seja  verdade. Confie em mim quando digo… Quando você passa por uma situação assim, a última coisa que irá pensar será em o que está perdendo… Estou lhe dizendo isso porque experiências de quase morte não são uma coisa incomum na minha linha de trabalho. Então como especialista, posso assegurar-lhe... A única coisa que você sente é que você não está no controle de nada... Você assiste tudo em câmera lenta, e é como se estivesse se afogando e não pode nadar de volta à superfície... Você está na mão do desconhecido e não… Não há nada que você possa fazer...

E digamos que mesmo sendo especialista nesse assunto em particular…. Eu nunca, nunca estou preparada para isso quando acontece. É mais ou menos similar com o que está acontecendo agora… Eu simplesmente não tive controle de mim mesma enquanto observava o carro girando no ar ... Na verdade ... A maior parte de mim estava apenas preocupada com o segundo em que o carro se chocasse no chão. Eu olhei para Ross e coloquei minha mão em seu peito, preocupada, porque os passageiros feridos sempre morrem depois do acidente. Já percebeu? E bom, eu preferia estar morta do que tê-lo morto em minha vigia... Não porque a vida dele era mais valiosa do que a minha... Mas apenas pelo fato de que a morte do Secretário de Defesa não seria uma boa coisa no meu currículo.

Eu lutei para recuperar minha consciência, minha visão estava toda embaçada, e até perceber que estava de cabeça para baixo, tive que lidar com a ausência de ar em meus pulmões ... Como eu disse ... Experiências de quase morte, são similares a se afogar em águas profundas. Cerrei meus olhos e avistei homens saindo do carro de acabara de me atacar. “Filhos da mãe”.

– Ross? Ross! – gritei. "Caramba, ele está morto". Meu coração disparou. – Ross! – Alcancei seu pescoço para checar seu pulso, porém quando gritei pela terceira vez, ele começou a se mover com muita dor e gemendo.
– O qqqu...que aconteceu?

Eu soltei o ar aliviada. "Ok, próximo passo". Fechei meus olhos duramente por uns segundos. Aquele zunido ainda estava me infernizando. “Concentre-se! Estão vindo atrás de você!" refleti. – Está bem. Me escuta, temos que trabalhar juntos, ok? Eu sei que você está com dor, mas você precisa esticar as pernas acima da sua cabeça, tudo bem? Quando você fizer isso, eu vou o soltar seu cinto e você vai cair. Vai. Agora!

Aqui uma Lição Nº 1 após um capotamento: Não se mova. Nem tente mover quem está com você. Espere pela ajuda, de preferência se já estão com uma maca do seu lado. Porque talvez seu cinto de segurança seja a única coisa entre você e a morte. Porém se você está sendo perseguido por um terrorista, e sabe que se continuar parada vão vir atirar em você… Levante suas pernas em direção a sua cabeça, e solte seu cinto. E bem, foi o que ele fez, ele quase chorou depois, o que é muito compreensível devido a suas circunstâncias. Quando consegui sua atenção de volta, fiz o mesmo, levantei minhas pernas até que elas estavam perto o suficiente da minha cabeça, ele soltou meu cinto e eu caí em seguida.

– Vamos! – fiz sinal para ele sair, pela mesma porta que eu. – Quando ver alguma barricada, corra e se esconda lá. Ok?

Quando saí do carro, mirei. Quatro homens, todos fortemente armados. Dois no topo de dois carros em diferentes lados da rua, os outros dois ao centro. E espere, havia uma garota ao meu lado. "Como diabos eu só fui perceber isso agora?". Analisei que não estava usando meu potencial de forma correta, assim expandi minha visão observando o local em que estávamos, deus, era um verdadeiro inferno.

“Ok Vick, agora”. Eu apontei minha arma para o soldado no telhado do carro à minha esquerda e atirei algumas vezes. Rapidamente girei meu corpo para minha direita e atirei mais uma vez, agora no outro soldado em cima do carro. Olhei para a garota que estava ao meu lado – Se não fugir, fique na minha retaguarda, preciso de ajuda. – Encarei os outros dois soldados vindo em nossa direção.

Here:

u não me considero nenhum tipo de heroína, pois além de achar esse trabalho um tanto entediante, só fiz essa rara boa ação de salvar a mulher devido a minha maldita curiosidade. Se eu não tivesse ficado curiosa e intervindo, a mulher já estaria morta e em vários pedaços. Deveria ter ido para o hotel, não enfiando meu nariz nos problemas dos outros. Especialmente não de graça. E é aí que o inesperado acontece. O coração bate mais forte quando vejo o carro capotar e deslocar-se em nossa direção. — Khara! — Xinguei na minha língua materna. O ruído violento de ferro contra o chão e o insano grito da mulher fizeram meu rosto contorcer numa careta. Institivamente, empurro a mulher para o lado e eu me lanço a frente, atingindo o chão duro.

O veículo girou tão perto que sentir a lufada fria nas costas e por um segundo considerei o fato de que ali seria meu fim. Mas o fim não veio. Em vez disso, silêncio. Abrir os olhos e um sorriso involuntário e agitado repuxa meus lábios secos. A sorte estava brincando comigo hoje. Ela queria me ver ferrada. Vadia caprichosa. — Mas não vai se livrar de mim tão fácil. — Sussurrei, tentando me acalmar. Demoro alguns segundos para sair completamente do transe. Viro o rosto por cima dos ombros e vislumbro o carro de cabeça para baixo, com dois indivíduos no interior, um no volante e outro no banco carona. Ainda vivos.

Ignoro a dor e o formigamento do peito e ergo o corpo, usando o joelho para levantar. Outra brisa assopra, fazendo as mechas do meu cabelo oscilarem. Fito o horizonte, esquadrinhando a área de cima a baixo. Dois carros, semelhantes a um SUV preto, desacelera, freando bruscamente. Por um momento, pensei que as coisas não pudessem piorar, mas podiam. As portas se abrem e homens com vestimentas de soldados saem de dentro. Quatro homens ao total. Cada um carregando armas pesadas.

Baixo os olhos para minha mão, a adaga repousava firme e os dedos nem ao menos afrouxaram na sinuosa curvatura do cabo. Deixo então o olhar recair no carro de ponta cabeça e, em seguida encaro novamente as réplicas de SUV. Franzir a testa, curiosa. Os soldados marchavam na nossa direção, mas o foco deles era nos dois indivíduos que se rastejavam para fora do carro. Interessante.

— Problemas? — Disse a mulher em voz baixa. Eu tinha esquecido que ela ainda permanecia jogada no chão, quase que esperando uma autorização para se levantar. Garota esperta, porém, isso foi estupidez da parte dela. Deveria estar longe a essa hora.

— O que você acha? — Eu perguntei, exprimindo o sorriso malicioso. — Sugiro que dê o fora. Talvez não sobreviva dessa vez. — Aconselho com um forte sotaque. Seus olhos se arregalaram. Ela acabara de entender o recado. Cambaleou tropegamente, sumindo de vista.

O grito de outra mulher interrompe meus pensamentos. — Se não fugir, fique na minha retaguarda, preciso de ajuda. — Proferi a loira antes de sacar a arma e atirar nos soldados. Apesar do pedido de ajuda, a frase soou como um convite, um desafio. Um riso amargo escapou de meus lábios apertados. — Fugir? — Assassinos não deveriam se permitir emoções ou saciar seus sentimentos. Receber o pagamento. Fazer o trabalho. Ir embora. Não olhar para trás. Essa era a forma como o jogo era jogado. Contudo, meus olhos brilharam diante da menção de um desafio, fazia o coração se agitar contra o peito. Já que eu estava ali, por que não? — Não. Eu não perco por nada a uma boa e mortal diversão.

Meus olhos desviaram para os soldados. Tomei proveito da situação enquanto a mulher loira disparava, eu estiquei o braço direito no ar, liberando uma bola de energia e disparando contra o bando. A energia não iria machucá-los, pois meu objetivo era cegá-los, mas seria uma boa distração para o meu próximo ataque. Arremessei minha faca no homem mais próximo, mirando em sua garganta.

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BALADA SANGRENTA

Chapter IV. Time to suit up

"Bullseye!" Meu tiro foi impecável e derrubou o primeiro soldado. Não tenho tanta sorte com o outro... Pena. No entanto, minha decepção foi rapidamente esquecida quando a moça que estava ao meu lado realizou um show de fogos de artifício ao meu lado. Melhorada? Mutante? Isso não importava agora ... Porque não estávamos sozinhas, havia uma wakadana kicking ass em cima de um carro logo a frente de nós. Como eu sei que ela era de Wakanda? Digamos que eu estava bem familiarizada com a elite de segurança de Wakanda. Feita apenas de mulheres? Que conceito maravilhoso! Já havia as visto com o Rei T'Chaka em 2016 em Vienna, e mais recentemente na reunião da ONU em que o rei T’challa abriu oficialmente o país para o resto do mundo.

A garota ao meu lado joga uma adaga no outro soldado na minha linha de visão, mas não funcionou tão bem. Após o ataque ele caiu em si, mas em vez de abrir fogo em mim, ele apontou para ela. Droga. Mesmo que ela fosse badass, havia sido eu quem a havia pedido para ficar.

Minha pele natural ali estava apenas escondendo minha forma de diamante, pra ser honesta, eu não estava ansiosa para começar a rasgar minha pele fora. Não é uma boa visão. Principalmente com Ross aos arredores... Não tive escolha.

Meu único instinto foi entrar na frente dela com os dois braços estrategicamente à frente do meu rosto, para que eu pudesse redirecionar as balas que iriam ricochetear em meu corpo de diamante e tentar acertá-lo de volta. –  Minha vez. –  ainda com minha glock em punho, mirei em direção à jugular desprotegida do uniforme tático do soldado. E disparei.

Spoiler:

erda. Minha pontaria deveria ser melhor do que isso, melhor do que acertar a droga de um ombro. Tudo bem, quem estou enganando? Não estive exatamente treinando todos os dias minha mira e um pouco de ferrugem já estava se amontoando entre meus dedos. Fiz uma nota mental para entrar em alguma prática de arremesso depois disso acabar.

Quando viro o rosto, vejo uma outra mulher brotando de algum canto, investindo ferozmente nos soldados. Ela consegue derrubar um dos homens uniformizados, mas no minuto seguinte, os que ainda permaneciam de pé, começaram a atirar em nossa direção. Rangi os dentes, segurando o xingamento. Os tiros iam me atingir se não fosse pela mulher loira, que se postou a minha frente. Bem, bem, bem, e não é que a loira era cheia de surpresas. Nada mal. — Vou retornar o favor. — Falei em um sotaque pesado, ainda atrás dela.

Meus olhos brilham e rapidamente me concentro nos projetis disparados pela loira. Canalizei a energia cinética e aumentei a potência de cada um. Isso causará mais que um mero buraco no corpo ou um arranhãozinho no ombro. Sem perder tempo, ergo o braço e uma bola de energia luminosa emana da palma, cobrindo toda a mão aberta. Uma corrente elétrica invisível transborda do meu peito até aos meus dedos enquanto a energia aquecia. Inspirei fundo e foquei a atenção no outro soldado, descarregando contra ele vários feixes de energia solidificada.

extra:

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BALADA SANGRENTA

Chapter V. Old Tech

Eu olhei para a garota depois do nosso ataque combo, ela havia aumentado o poder dos meus projéteis e nós matamos o soldado de uma maneira muito eficaz.  – Aquilo foi incrível. Obrigado. – Eu pretendia apertar a mão dela, mas então eu vi a minha mão. – Primeiramente, preciso me livrar disso. – me referi a minha pele, era a primeira vez em mais ou menos dois anos em que eu havia me transmutado. E quando as balas ricochetearam, elas também rasgaram minha pele humana, deixando-me sem escolha a não ser arrancar o resto junto com o meu blazer dolce & gabana, que tanto amava. Quando estou usando outra epiderme tudo além daquilo me incomoda. Assim deixei amostra minha pele de diamante.

– Isso não acabou ainda. – Falei enquanto assistia o helicóptero pousando. Andei em direção a guerreira wakandana para explicar a situação para elas. – Comandante Victoria Kaldor. Você também estava na ONU? – perguntei – Ouça, o homem por trás disso é um terrorista procurado por aqui. Ele se chama Mandarim. Foi ele quem orquestrou o tiroteio na reunião da ONU. E ele está atrás do Secretário de Defesa. – Mirei o helicóptero.

Mandarim saiu do helicóptero todo soberano e apontou para algum carro aleatório, quando eu dei a devida atenção vi Ross escorado em um pneu de uma SUV. "Droga". – Ross é a chave para nos tirar daqui, não importa o que façam, não podemos deixá-los chegar até ele! –  gritei o resto da frase e corri para Ross vendo soldados se aproximando.

– AONDE INFERNOS…..– Ainda em minha forma de diamante, agarrei a porta da SUV em que Ross estava encostado.  – …. ESTÁ O NICK FURY? – Segurei a porta com meu braço esquerdo e girei meu tronco pegando impulso, logo lançando na direção do soldado mais perto de mim. Virei pra Ross. – Me dê isso. – arrancando o pager da mão dele. E lancei em direção a guerreira. – WAKANDA! – a chamei. Eles não iriam tocar naquele pager, mesmo não sabendo pra quê servia.

Debaixo da minha carapaça de diamante comecei a sentir meus nervos esquentando, alterei a parte direita do meu corpo em puro fogo, e lancei uma bola flamejante na direção do mesmo soldado em que eu ataquei antes.

HERE:

nspirei e soltei o ar pela boca quando o confronto cessou. Fazia muito tempo em que eu não me envolvia em brigas aleatórias. Era como se eu tivesse voltado para a época onde me metia não em uma nem em duas, mas em três brigas de bar. Uma das brigas, pelo menos, fora provocada com razão: um homem havia roubado em um jogo de cartas. Mas as outras duas... não havia como negar, eu estava doida por uma briga.

Deixei de lado meus pensamentos e olhei para a loira que se apresentou como Comandante e em seguida comentou sobre o tal terrorista chamado Mandarin. Arqueei uma das sobrancelhas enquanto pegava minha adaga ensanguentada do chão. Mandarin? Khara. O homem é famoso no submundo, não apenas por ser poderoso e mortal ou que todos soubessem que ele é um cara mal, mas por ser um cara mau que controla outros caras maus. Perdi a conta das vezes que recebi pedidos sobre me contratar para apaga-lo. Decidi que esse tipo de missão seria não só estúpido, mas também suicida.

Mesmo que conseguisse passar por suas hordas de seguranças e guarda-costas, Mandarin tinha o poder necessário para me matar sozinho. É claro que essa façanha não seria tão simples, antes deixaria pilhas de corpos em meu rastro. Estreitei os olhos luminosos seguindo o movimento do helicóptero militar à medida que a Comandante corria em direção do homem caído, o secretário de defesa. Eu não podia deixar de me perguntar que segredos eles escondiam, contudo, pelo o estado físico desse Ross, o questionamento não levaria a lugar nenhum, exceto a ideia de que éramos alvos fáceis estando paradas ali.

A Comandante foi a primeira a atacar, seguido pela Wakanda. Então, girei o corpo e corri entre os carros. Poderia ir embora, deixa-las dar conta dos soldadinhos e de Mandarin, mas tenho uma maldita curiosidade. Uma emoção que eu não conseguia esmagar, não importa quanto eu tente. Ergo o braço direito e deslizo a mão no ar, gerando vários feixes de luz sólida, eram semelhantes a pequenas laminas afiadas e, disparo-as no terceiro soldado.

Estava prestes a fazer meu próximo movimento quando a Wakanda grita e joga um pager para mim. Agarro o objeto enquanto apressava o passo e lançava o corpo para frente numa cambalhota. Segurei firme o aparelho e saltei, elevando o braço esquerdo com a adaga em punho afim de golpear o pescoço do soldado, um corte rápido e limpo. Dessa vez, eu não erraria. No ímpeto seguinte, arremesso o pager para a Comandante. — Ele é todo seu.

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