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Mensagem por Bira Sáb Nov 22, 2014 3:58 pm






EU…

LOUCO?


E então o último dia estava à porta. Algo me dizia que aquela não seria a última aula de Shaw, mas sim a última dentro de uma sala do instituto. Uma dor dilacerava meu crânio por dentro, amassando meu cérebro e forçando-me a imaginar coisas além do que deveria. John estava ao meu lado, muito suor estava sendo liberado de seu corpo, a poltrona já estava totalmente ensopada. Suas mãos tremiam e seus ouvidos sangravam, mesmo estando nessa situação seu rosto continuava firme, sério e sem expressão. Seus olhos miravam o além e sua mão levava o cigarro à boca, a fumaça saía quebradiça, entre intervalos. A minha criação estava morrendo, eu estava fraco, Jörg Mohlen ainda tinha lugar em minha cabeça, me perturbava por toda a noite. Assim era a minha vida noturna, atormentado pelo passado e pelo saber que não pude curar quem deveria, em vez disso sucumbi à loucura. Levantei cambaleando até a frente de John, mal conseguia me manter em pé. – Isso não é suficiente pra nos derrubar! – Minha perna moveu-se para cima e consegui dar um chute fraco no rosto de John. Seu nariz sangrou , mas mesmo quase morto ele se levantou e revidou, resultou em uma mandíbula quebrada, estávamos quites. Em raras noites aquilo era necessário, despertar o moral de ambos para que não morrêssemos por depressão infinita. Adormecemos após algumas outras fraturas.

Pela manhã, John já estava bem, eu também, excluindo as fraturas e inchaços pelo corpo. Colocamos qualquer vestimenta que cobrisse o corpo e alguns band-aids. Seguimos nosso caminho até a sala de Shaw, que já estava nos esperando. Mesmo cansado, sentei em qualquer cadeira, como normalmente fazia e esperei Shaw iniciar a aula. O último dia como aluno do Instituto Shaw. Os ensinamentos do professor entravam em minha mente e por lá ficavam. Minha memória estava extremamente afiada, conseguia lembrar de cada vírgula das aulas passadas, cada ensinamento e cada expressão de John. Comecei a imaginar coisas que estavam além de minha compreensão, passei alguns dias pensando no que faria após o Instituto, havia decidido trabalhar como cientista e aprender a manusear armas de fogo, mas aquilo poderia ficar para mais tarde. O problema naquele dia era que eu raciocinava sobre cada palavra que saía da boca de Shaw. Minha filosofia de vida dizia explicitamente que não devia me submeter à quem não merece meu respeito ou o de John, mas aquele cara... Aquele Shaw tinha alguma habilidade em me convencer. Como disse antes, não me importaria em tê-lo como meu Mestre.

As lições daquele dia listavam as características de um bom enganador, eu poderia fazer aquilo, só precisava de um pouco de prática. Quando Shaw terminou as explicações recebi o questionário, calma e livremente. John tomou a frente e decidiu efetuar o teste.

1 – Qual característica faz com que mentirosos sintam menos medo de serem desmascarados do que outras pessoas?

Ter confiança. Essa característica é essencial para qualquer enganador, se ele confiar totalmente em suas capacidades, não haverão erros que possam desmascará-lo.

2 – O que é preciso para improvisar bem em uma mentira?

Estar preparado, ter treinado, ter uma boa memória e principalmente, um raciocínio rápido. Pense rápido em uma boa mentira, de preferência uma que seja impossível de ser verificada, pelo menos na ocasião.

3 – Qual critério diz que não é bom mudar detalhes em sua mentira?

O de manter a história. Não importa para onde vá parar a mentira, não mude sequer um detalhe de sua história. Nesse caso vem novamente a questão da boa memória, se você tiver, use-a, senão é melhor nem pensar em detalhar sua história.

4 – O que fazer para que as mentiras sejam mais difíceis de se identificar?

Deve-se utilizar verdades, são sempre de confiança e podem lhe ajudar muito, não importando o tamanho da verdade. Quando seu alvo ouve uma verdade, de preferência uma que ele tenha conhecimento sobre, ele vai se sentir confiante e seguro. Faça uma boa análise antes de contar suas verdades e mentiras.

5 – O que faz os manipuladores sentirem menos culpa?

A experiência em mentir. Um mentiroso experiente já vai ter passado por muitas coisas e vai ter aprendido a conviver com aquilo pelo resto da vida. A culpa já não mais o atinge. Além disso, ele também vai ser capaz de controlar totalmente suas emoções, deixando ao lado preocupações como esta.

6 – Por que bons mentirosos devem ter boa memória?

A resposta já está na pergunta. Porque uma boa memória é o que faz um bom mentiroso. A capacidade de armazenar informações o torna capaz de falar sobre quase qualquer assunto, podendo mentir o quanto quiser, soltando poucas verdades. Além de conseguir não cair em contradição, lembrando de todas as suas mentiras.

7 – Por que é importante denunciar a mentira?

Porque seu alvo vai se sentir confiante e você vai mostrar que não seria capaz de mentir sobre algum assunto como o que estiver em questão ou fazer qualquer coisa que levaria o alvo a desmascará-lo. Tudo faz parte da manipulação.

8 – Por que é bom ter um cúmplice?

Porque vai lhe dar uma tremenda vantagem sobre seu alvo, o cúmplice vai acobertar todas as suas mentiras, ajudando-o o máximo possível. Mas é preciso ter cuidado com todos os seus cúmplices, afinal, só se deve revelar o plano após o mesmo estiver em prática. Um cúmplice também pode acabar com suas mentiras, então mantenham-se sincronizados com todas as mentiras e informações gerais.

9 – Por que é importante criar o hábito de mentir?

Porque você vai estar preparado para outras situações que exijam uma maior experiência em mentir, então é importante criar o hábito de mentir, se profissionalizar.

10 – Por que é melhor não mentir ao mesmo tempo em que seu cúmplice?

A não ser que seu cúmplice consiga ser sua mente, não é uma boa ideia criar mentiras na hora, pois o seu cúmplice pode não conseguir acompanhar a sincronia e em algum momento os dois irão se contradizer.

Quando John terminou de escrever tudo, peguei o papel e entreguei-o totalmente respondido à Shaw. – Apreciei cada momento de seus ensinamentos, vou usá-los com sabedoria. – Sorri de canto e saí devagar da sala, grato por ter aceito a ajuda de Sebastian Shaw.


SIM! EU SOU MUITO LOUCO!


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