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Primeira aula de Sobrevivência - Brian Valentine

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Primeira aula de Sobrevivência - Brian Valentine Empty Primeira aula de Sobrevivência - Brian Valentine

Mensagem por Baron Sáb maio 17, 2014 10:10 pm

Reborn
A new start



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O lado de fora do meu quarto estava iluminado. Nem parecia que tinha chovido. Talvez a chuva tivesse cessado enquanto eu ainda lembrava do meu passado e de tudo que vivi até aquele momento. Qualquer que fosse o motivo, agora não importava mais. O momento de deixar transparecer minhas emoções já havia passado. Agora era o momento da redenção. O momento de focar no que acontecia comigo e em quem estava ao meu redor.

Coloquei no meu pescoço o cordão de prata dado por Jolee e o guardei por dentro da minha camisa. Clémence percebeu o ato e sorriu.
- Algum dia vai me mostrar o que tem dentro desse cordão, Brian? - perguntou ela, aparentando desinteresse. Olhei para minha amiga e sorri. Clémence tinha sido uma das primeiras pessoas a conversar comigo quando era um recém-chegado no instituto. Estava perdido, confuso e completamente atormentado pelo meu passado. Ela veio e se tornou rapidamente uma pessoa muito importante na minha vida. De fato, não sei se teria me adaptado tão rápido aquele lugar se não fosse por ela.

Peguei o meu cordão e o abri. Ali dentro pude ver as fotos daqueles que me eram tão preciosos. Mostrei para Clémence as fotos, com receio de suas palavras.
- São sua família, não? Só pode ser. Você é a cara de seu pai, mas o olhos são idênticos aos de sua mãe - disse Clémence, pegando com suas mãos o cordão e olhando minuciosamente as pessoas nas fotos - Essa mocinha é sua irmã? Ela é muito bonita. Qual é o nome dela? - perguntou ela para mim.
- Ela se chamava Jolee... - disse, pegando o cordão das mãos de Clémence, fechando-o e guardando o mesmo. Ela percebeu rapidamente o que tinha acontecido e não fez mais perguntas. Eu gostava disso em Clémence, ela não insistia em saber o que se passava em nosso coração. Ela aguardava pacientemente que você a procurasse para conversar.

Continuamos nossa caminhada até o lado de fora da academia. Por alguma razão, a primeira aula de sobrevivência seria ali fora. A noite estava bonita. De uma forma tão grande que eu fiquei maravilhado pela beleza daquele satélite artificial. Eu achava muito estranho iniciarmos a aula de sobrevivência em campo aberto, pois deveríamos primeiro aprender como sobreviver, para, apenas após isso, sermos lançados ao mundo frio e cruel. Eu já o tinha visto, então sabia muito bem como ele era. Paramos próximos de outros alunos que já estavam ali. Foi nesse momento que Clémence me deu um beijo no rosto e foi se afastando.
- Sinto muito Brian, mas não faço essa aula. Só vim acompanhar você.Até logo!! - disse ela, já correndo para dentro da mansão.

Não demorou muito para que o professor começasse a aula. Ele era um homem bastante sério e parecia instável e perigoso.
-Olá pirralhos, como vocês sabem eu sou o professor Logan, um X-men , e infelizmente agora serei seu professor de sobrevivência. Quero que se posicionem lado à lado e me digam seus nomes e o que sua mutação genética possibilita fazer, isso será explorado nas próximas aulas... Da esquerda pra direita, isso é rápido!! - disse ele, impaciente.

Um por um os alunos foram se posicionando e se apresentando. Quando chegou a minha vez, tentei parecer indiferente.
- Me chamo Brian Valentine. Meus poderes são Transmutação epidérmica e Aumento corporal... - foi rápido e bastante sutil.

Quando todos terminaram de se apresentar, o professor deu prosseguimento com a aula. Em alguns momentos eu perdia a linha de raciocínio, pois mosquitos começaram a me picar, em busca de sangue. Da maneira mais discreta possível eu tentei matá-los, contudo, não fui muito feliz.

Quando a explicação do professor terminou, todos ali receberam alguns itens que nos seriam úteis para passarmos a parte prática da aula. Eu olhei para meus itens e logo tive uma ideia brilhante. Deixei meu celular na cadeira indicada pelo professor e logo fui até um dos locais demarcados para nós. Com os dedos, desenhei um enorme "B" no chão, para que ninguém o roubasse e, se o fizesse, eu saberia na hora. Tentei guardar as coisas que me foram dadas e então parti pela mata em busca de tudo o que precisaria para sobreviver, porém, antes de partir, olhei a bússola que me foi dada, assim saberia em qual ponto cardeal eu estaria.


A clareira era muito maior do que eu poderia imaginar. Andar por ela era complicado. Nesse pouco tempo que eu estava ali já havia sido picado por mosquitos e o barulho dos morcegos era muito próximo e incessante. Logo que parei de reclamar e comecei a prestar atenção no que estava ao meu redor, comecei a ver o óbvio.
"Se existem morcegos perto daqui, quer dizer que pode existir água e comida por perto!!" - pensei, um pouco mais feliz. Foi então que comecei a percorrer o local em busca de alguma fruta ou alimento. Infelizmente eu percebi que era muito mais difícil conseguir alimento quando se está escuro. Você não consegue enxergar com clareza e eu tinha a sorte da luz da lua estar me ajudando até o atual momento.

O cheiro daquele lugar era estranho. Ele tinha uma mistura de árvores e animais e terra molhada. Eu já havia passado por muita coisa, mas aquilo era demais, até mesmo para mim, entretanto, eu nunca fui conhecido por desistir das coisas. Estava vivo e havia chego até ali por um motivo, eu só esperava que o destino soubesse o que estava fazendo.

Sem querer acabei passando a mão esquerda em uma planta verde e bem grande. Eu sabia que aquilo era errado, segundo o professor, então, tentei focar na outra lição: não colocar a mão nos olhos. Começou a ficar bastante difícil não colocar a mão nos olhos, pois o suor em meu rosto começou a escorrer para os mesmos e a ardência parecia não ter limites. Eu usava as costas da mão direita para me livrar do excesso de suor. Era o melhor que eu poderia fazer naquela situação.

Minha garganta estava seca. Eu já caminhava à vários minutos e não havia encontrado alimentos e muito menos água. Achei melhor me sentar no chão e descansar. Eu deveria estar bem longe de onde o professor Logan estava. Estava ofegante e meus músculos tremiam, completamente desgastados.
"Eu preciso achar água e comida logo. Não sei por quanto tempo mais vou aguentar caminhar" - pensei, enquanto olhava para os lados.

Foi nesse momento que ouvi um barulho. De início, era baixo, mas começou a ficar rítmico e cada vez mais alto. Me levantei e caminhei devagar em direção à raiz do barulho. Era um grupo de furões. Eles corriam em direção a um local específico.
"Esses furões devem estar indo para algum lugar. Vou segui-los - pensei enquanto os acompanhava um pouco de longe.

Não demorou muito para que eu pudesse ouvir o barulho de água corrente. Fiquei mais feliz ainda quando vi o pequeno córrego que era usado pelos furões. Sem esperar por nada, me lancei até ele e bebi o máximo de água que pude, colocando o rosto na água e ingerindo o líquido em grandes goles. Quando minha sede passou, lavei minhas mãos e enchi meu cantil. Naquela altura os furões já tinham percebido que não estavam sozinhos ali e foram embora correndo. Alguns haviam ficado esquecidos e pareciam perdidos. Usando o aumento de meus membros, eu peguei dois furões com minhas mãos enormes. Um pouco de força e os furões acabaram por morrer.
- Desculpem, mas nesse mundo só os fortes sobrevivem... - disse enquanto voltava minhas mãos ao normal. Deixei os animais mortos ali na margem e então me despi para tomar um banho rápido. Quando entrei na água, senti algumas ardências em meus braços e percebi que havia me machucado em algum lugar, só não sabia onde. Lavei copiosamente os ferimentos e então sai da água, pegando tudo que me pertencia e, em seguida, voltei para o ponto inicial.

Estava um pouco mais tranquilo e feliz. Finalmente as coisas começam a dar certo para mim. Com meu cantil cheio de água, minha bússola e dois furões para me alimentar, faltava apenas o fogo e os cuidados com meu corpo. Amarrei as caudas dos furões, fazendo com que eles ficassem bem presos, então os coloquei em meu ombro. Achei, em seguida, uma árvore bem vistosa, com galhos fortes e nodosos. Usando meu poder de aumento corporal, fiz meus braços ganharem alguns metros a mais e, usando uma força considerável, consegui quebrar quatro galhos grandes, cada um contendo outros galhos menores e mais finos, mas bem resistentes, então os levei comigo.

Demorei um pouco para conseguir chegar no ponto inicial da aula. Eu fui obrigado a andar devagar, pois o peso dos galhos me fez parar algumas vezes para descansar. Após voltar, a primeira coisa que fiz foi colocar no chão tudo o que havia pego. Iniciei quebrando os galhos menores dos pedaços de madeira que eu tinha, esses seriam úteis depois. Peguei os galhos maiores e, usando a faca que eu tinha, os parti ao meio. Usando os ensinamentos do professor Logan, tentei fazer fogo. De início, nada deu certo, contudo, após mais um pouco de insistência, eu consegui produzir uma chama fraca, que eu aumentei usando algumas folhas dos galhos menores. Quando a chama já estava suficientemente grandes, coloquei alguns galhos menores no fogo, aumentando um pouco mais as chamas.

Ainda munido da minha faca, abri as barrigas dos furões e retirei suas entranhas, órgãos e tudo, pêlo o que achei não ser comestível. Espetei um galho nos furões, fazendo deles meu jantar, então os deixei próximo as chamas, para que cozinhassem. Enquanto meu jantar ficava pronto, comecei a montar minha "barraca". Usando os últimos galhos menores restantes, fixei todos eles no chão com força, depois, amarrei a ponta da lona que eu tinha nos galhos, cobrindo todo o quadrado onde eu havia me fixado. Talvez não fosse bom o suficiente, mas pelo menos poderia me proteger de uma chuva que não fosse tão forte.

Um cheiro de carne cozida começou a impregnar o ar. Fui até a fogueira e peguei meu jantar, comendo-o sem muita vontade. A carne dos furões não era de todo ruim, contudo, não usar temperos tornou elas pouco saborosas. Já era tarde. Eu estava muito cansado, então, achei melhor me deitar e dormir um pouco. Olhei para o cordão no meu pescoço enquanto não adormecia, porém, isso não demorou muito.





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