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Mensagem por Jack Kirby Seg Fev 03, 2020 9:02 pm

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KYO-3. A cidade mais tecnologicamente desenvolvida de seu mundo e a segundo em hierarquia governamental das 10 regiões. Assim como o restante de seu mundo, sua sociedade é dividida por castas que habitam hierarquicamente os níveis mais baixos, ficando com os mais pobres, até os níveis mais altos, ficando com os mais ricos. Nenhum morador pode subir além do nível de sua casta, mas qualquer um pode descer de sua casta até as castas inferiores a dele.

Altamente controlada e vigiada a cada rua, cada beco e cada corredor por drones, câmeras espalhadas por toda a cidade, além de satélites que cobrem 100% de todo o globo. Seus habitante são divididos por níveis de inteligência desde pequenos, sendo submetidos a testes laboratoriais para cálculo de QI através de leitura de ondas cerebrais, não sendo possível quaisquer formas de burlar seu sistema.

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Mensagem por Jack Kirby Seg Fev 03, 2020 9:41 pm


ATUALIZAÇÕES DE VIDA OU MORTE
Sobrevivendo a caçada


Zorya acordou com o sinal de seu implante auricular apitando eu seu ouvido.  Ela havia marcado para que o dispositivo despertasse ás 7h da manhã, pois havia combinado de se encontrar com sua mãe logo pela manhã. Haviam se passados alguns dias desde o funeral de seu namorado e tudo ainda parecia muito recente para Zorya. Suas noites eram incontáveis pesadelos que a faziam-na voltar para o momento da morte de seu amado sempre que seus olhos fechavam. Fosse por culpa, ou fosse pela forma que tudo havia acontecido, a jovem simplesmente não podia mais viver sem lembrar do pior momento de sua vida, dia após dia, hora após hora.

Cada segundo daquele dia parecia estar gravado em sua mente como um filme... Um filme longo e aterrador. Ele começava calmo, assim como todos os dias da vida de Zorya dos últimos anos. Dias calmos em que ela passava por uma rotina perfeitamente controlada por ela mesma, tendo hora marcada até mesmo para ligar para seu namorado 5 vezes ao dia, nos dias em que não podiam se ver. E até mesmo os dias que poderiam se ver era devidamente agendado com até 48 horas de antecedência, pois tudo na vida de Zorya era regrado por seu temperamento perfeccionista. Perfeccionismo esse que não cobria apenas os aspectos da vida amorosa da jovem, mas também sua vida profissional, familiar e seu cotidiano em casa.

Graças ao seu cargo de chefe de desenvolvimento tecnológico e científico em uma grande corporação governamental, a qual era responsável por todo desenvolvimento tecnológico de seu planeta, Zorya tinha possibilidade de viver uma vida ímpar, já que a área de desenvolvimento científica era o setor mais valorizado de seu mundo. Morava na região mais nobre da cidade de KYO-2, a cidade mais desenvolvida tecnologicamente de seu planeta, em um apartamento grande e altamente sofisticado, preparado para suprir automaticamente todas as necessidades não apenas de seu morador, mas também de seus visitantes.

Mas Zorya fazia questão de fazer sozinha algumas das tarefas domésticas conhecidas como mais banais, como cozinhar, cuidar de suas plantas e, principalmente ir ao mercado local, algo que há muito tempo era visto como uma perda de tempo pela sociedade moderna. Mas ela adorava fazer essas coisas, pois com isso ela se lembrava da infância que passava junto de sua mãe e irmãs. Sua infância havia sido muito diferente do que vivia nos tempos atuais, pois nascera numa família pobre da periferia da cidade. Seu pai era soldador de uma fabricantes de transportes aéreos e sua mãe uma cozinheira que muito antes de Zorya nascer teve que sair de seu emprego para cuidar de suas duas filhas. No mundo de Zorya o valor de cada ser humano era medido por sua inteligência e ela havia sido a primeira em toda sua família a receber a nota máxima de intelecto do instituto de desenvolvimento e pesquisa social de todo a região 9, uma das 10 regiões de seu planeta, divididas hierarquicamente do maior ao menor número por sua importância estratégica no desenvolvimento de seu mundo, ficando apenas abaixo de LAT-3, a região que comportava todo o governo de seu mundo, cujas maiores decisões eram tomadas pelo “Intelecto Superior”, um ser de extrema inteligência que comandava as principais decisões de todas as 8 regiões.

Crescendo na periferia, Zorya ia ao mercado com sua mãe, ajudava com sua horta doméstica e até mesmo a preparar a comida, pois sua casa era muito simples e eles não possuíam condições de pagar por serviços como “compras automáticas”, ou uma cozinha autônoma, como as classes mais avançadas de sua sociedade possuíam. Mas isso, mesmo sendo motivo de preconceito no mundo em que vivia, fez com que a garota tomasse gosto por certas atividades. Agora ela fazia questão de marcar em sua agenda pelo menos algumas horas de sua semana pra exercer o que muitos consideravam uma perda de tempo, mas para ela era algo que lhe passava paz e conforto.

Porém, nada naqueles dias parecia lhe trazer mais paz e muito menos algum conforto, pois cada vez que sua mente titubeava entre seus pensamentos a morte de seu namorado voltada a estampar sua visão. Lembrava-se de sair de sua casa no mesmo horário de sempre, entrar no prédio onde trabalhava, o mais alto da cidade, perfeitamente no mesmo horário de todos os dias e de bater seu ponto através de sua pulseira identificadora, assim como fazia dia após dias, desde que fora promovida diretamente da escola preparatória para cargo de chefe de desenvolvimento.

Naquele dia estava marcado para ela e Chido se encontrarem na segunda estação do centro da cidade, onde se encontraram para irem juntos a uma peça musical do Colizium, o centro de espetáculos de KYO-3. Após o lindo evento, os dois pegaram o trem para a casa de Zorya, mas antes de irem para lá caminharam até um dos poucos mercados que haviam na cidade, o qual ficava no setor mais baixo da cidade. Eles pegaram um dos elevadores que havia na estação do metro e desceram até o térreo da cidade, o setor onde as pessoas mais pobres moravam, o mesmo setor onde Zorya havia passado sua infância com sua família, até conseguir ascender para uma casta superior, tendo até mesmo condições de pagar por um apartamento de aluguel melhor para seus pais e suas 3 irmãs.

Mas mesmo sendo um local esquecido pelo governo, abrigando a parte mais humilde da sociedade, era impossível haverem crimes em qualquer lugar, pois todas as ruas eram rigidamente controladas por câmeras de segurança em todas as esquinas e diversos drones que voavam em ronda pela baixa cidade. Pelo menos era o que Zorya pensava até aquele dia, quando um homem vestindo uma longo casaco com capuz saiu das sombras de um beco e segurou Chido pela gola de sua jaqueta. Chido era apenas um desenvolvedor classe 2 de robôs que trabalhava no mesmo setor governamental que Zorya, vindo de uma típica família de cientistas e professores universitários, nunca tendo passado por nenhum momento de briga, ou, até então, nenhum momento onde precisou ser violento ara solucionar qualquer problema. Ele foi facilmente dominado e jogado de cabeça contra uma parede, caindo tonto por conta do forte impacto. Assim que viu seu namorado golpear a superfície da parede, por puro reflexo, ela começou a correr em sua direção, mas foi parada pelo bandido que a segurou pelos cabelos assim que Zorya havia passado pelo lado direito onde estava. Ela caiu de costas no chão e, assim que olhou para cima viu o bandido tirando uma pistola de dentro do casaco e, apenas com um disparo de plasma, explodiu a cabeça de seu namorado por todos os lados, manchando paredes, chão, o casaco do assassino e o rosto em transe da garota, que havia ficado atônita pelo que havia acabado de assistir.

- Hum... Isso vai ser tão fácil que eu deveria até cobrar menos créditos do que estão me pagando. – Dizia o assassino enquanto se virava para Zorya, apontando a arma na direção de sua cabeça.

A jovem não conseguia se mexer pelo choque que estava sofrendo com o que havia acabado de presenciar. De joelhos e completamente imóvel, com lágrimas que caíam de seu rosto, a jovem parecia estar congelada em um corpo que havia desistido de tentar reagir a qualquer ameaça que pudesse acontecer, apenas aguardando a hora que a luz do disparo de plasma emitisse o último brilho que os olhos de Zorya veriam em sua vida. Porém...

- Protocolo Llitia iniciando... Protocola renascimento iniciando... Programação de defesa iniciando... –

Zorya apenas ouviu essas palavras e fechou seus olhos, deixando mais lagrimas caírem por seu rosto diretamente em suas pernas, que permaneciam de joelhos contra o chão. Seus olhos pareceram ter ficado fechados apenas por alguns segundos, quando finalmente seu corpo pareceu sair do transe e ela pode comandar suas pálpebras abrir. Mas assim que abriu seus olhos, um novo choque.

O corpo do assassino de seu namorado estava espalhado por toda a parede que havia por detrás dele, parecendo que o homem havia sido cortado em pedaços e arremessado com tanta força que seus membros havia explodido contra a parede, espalhando suas vísceras por todo o loca.

Não demorou muito até uma equipe de soldados droids chegarem e renderem Zorya, até que fora identificado que ela era apenas uma vítima daquela situação. Suas condições mostravam que a jovem estava em choque, sendo atendida posteriormente por uma psicóloga que fora até o local. Após o atendimento médico, a garota foi levada por uma escolta para casa e no outro dia houve o funeral de seu namorado. No hospital seu atendimento mostrou que com o choque a jovem não havia visto o que aconteceu no momento da morte do assassino de seu namorado, por isso ela havia sido dispensada de interrogatório. Um crime cujo assassino havia sido morto logo após assassinar uma vítima não era razão para que as forças policiais perdessem tempo, pois tudo havia sido resolvido, ou era isso que parecia.

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Zorya saiu do banho e terminou de vestir suas roupas quando mais uma vez aquela voz começou a ser emitida de dentro de sua cabeça.

- Sistema de identificação de ameaças... Ameaça eminente... Cuidado. Perigo! –



Ela ouve um barulho do outro lado na parede de seu quarto que a fez se virar antes que a mesma explodisse em dezenas de pedaços. Porém, ante que a onda de explosão lhe atingisse e antes que os destroços da parede fossem arremessados contra ela, seu braço se abre e um escudo de energia protege seu corpo contra o ataque. Ela é arremessada de costas á parede contrária que havia explodido, a atravessando com a força do impacto. Naquele momento a garota não sabia o que era mais assustador, a explosão em seu quarto, ou não estar sentindo dor por ter atravessado a parede de concreto com seu próprio corpo.
Zorya se levanta e olha para a abertura gigantesca feita em seu apartamento. Seu quarto estava coberto pela poeira que saiu da explosão do concreto e, do outro lado da abertura da explosão uma granada de gás fora disparada contra Zorya que, instintivamente golpeaou a granada para longe de seu corpo antes que a mesma explodisse. Mas como ela tinha reflexo, agilidade e força suficiente para se proteger daquela forma era outro mistério que Zorya não poderia responder naquele momento. A granada de gás então explode e todo o apartamento fica imerso numa densa névoa cinza, tornando impossível de se enxergar qualquer coisa.

- Visão analítica iniciada... Scanner de ambiente ativado... Scanner de movimento ativado... –



Os olhos de Zorya pareciam ler tudo que estava ao seu redor e criar uma tecido holográfico por todas as superfícies, recriando completamente o ambiente ao redor da garota. Ela então vê 4 silhuetas entrando em seu apartamento através do buraco criado pela explosão que a havia atingido anteriormente. Com o formato humanoide, portando o que parecia grandes armas em suas mãos, as 4 figuras caminhavam com cautela para dentro de sua moradia, estudando cada parte do local a procura da jovem. Zorya não sabia o que fazer quando um dos soldados pareceu ter lhe identificado através de do visor de seu capacete, efetuando um novo disparo que a fez novamente proteger seu corpo instintivamente com o escudo de seu antebraço. Mas dessa vez não havia parece para aparar sua queda e sim o vidro de sua janela, no trecentésimo décimo segundo andar de seu edifício.

A jovem rompeu o vidro reforçado com seu corpo e entrou em queda livre, enquanto gritava em sua viajem ao solo. Porém, antes de atingir o solo, de seu braço esquerdo saiu um dispositivo que disparou um cordão de aço tão longo que fora capaz de se grudar na superfície do edifício mais próximo. Seu corpo se transformou em um pendulo desgovernado, a fazendo cair por cima de um prédio que estava sendo construído. Ela atravessa 3 andares até parar de descer, jogando mais poeira para todos os lados. Assim que ela se levantou um sinal de alerta veio de sua cabeça, sinalizando em sua nova visão que haviam cerca de 20 inimigos espalhados em 4 esquadrões naquele prédio.



Objetivo da narração:

 O jogador deverá sobreviver a um ataque de 4 esquadrões de soldados inimigos e 5 drones militares que estão cobrindo o perímetro. Interprete os acontecimentos desde o dia da morte de seu namorado e como sobreviveu ao ataque que está sofrendo no momento.

 Após sobreviver, seja fugindo ou eliminando seus inimigos, indique seus planos após o ataque.

 A personagem pode transmutar apernas parte de seu corpo em pequenos dispositivos e armas, não sendo possível criar grandes equipamentos complexos.





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Mensagem por Zorya Hēixiān Qui Fev 13, 2020 2:36 pm



SYSTEM
FAILURE






{ Interface VDR Z0RYA is up. line protocol is up
  index 2 m3tric 1 mtu 2400
  proxy_arp: enable
  24 hours after the crime :: 01  }


Neste mundo a definição de morte se tornou algo banal, não havia mais motivos para parar e pensar em seu significado. Mas, hoje, eu não poderia negar o inevitável. O dia em que presenciaria o funeral do meu namorado. Levantei o rosto e atentei pela terceira vez as filas de cadeiras perfeitamente alinhadas enchendo o salão, estava quase igualmente cheio de pessoas do trabalho, desconhecidos e familiares do falecido. O funeral ocorria em menos de vinte quatro horas do crime e toda a paramentação do ambiente encontrava-se impecavelmente calculado. Inspirei fundo e deixei meu olhar focar na outra extremidade do salão.

O caixão feito de madeira escura reluzente encontrava-se fechado. Uma faixa de seda cor de índigo o recobria e, sobre ela, estava dobrada a bandeira do brasão de sua família. Em ambos os lados havia arranjos de gardênias, cuja suavidade contrastava com as linhas duras do caixão. As pessoas chegavam lentamente e se posicionavam em seus lugares, já eu, dei um passo para trás e voltei para o corredor principal que dava de vista para o santuário. Dentro de mim, começou a surgir uma onda de emoções — tristeza e pânico misturados — que abafei com tenacidade.

Estufei o peito, levantei o queixo, dei meia volta e recomecei a longuíssima caminhada até a frente do salão. As pessoas abriam caminho para mim, e aqueles que ainda não haviam me notado agora paravam para olhar. Eu ignorei as encaradas, assim como os sussurros que logo se iniciaram. Mantinha o olhar fixo e firme voltado à frente, deixando as palavras de minha mãe ecoarem, ditas muitos anos antes: “Você pode ignorar o resto das pessoas porque é melhor do que elas. Livre-se dos sentimentos, pois, se elas não puderem vê-los, não poderão usá-los contra você”.

Os que estavam próximos à frente do salão também abriram caminho, afastando-se do esquife. As conversas caíram em silêncio. Logo abaixo da bandeira, uma placa dourada estava afixada à madeira escura. CHIDO YAMAMOTO. A s datas de seu serviço estavam listadas abaixo, junto com uma inscrição em japonês que mencionava algo como honra e dever. Passei a ponta dos dedos sobre o nome dele e, subitamente, o cheiro de gardênias foi se tornando nauseante e opressivo. O mundo parecia rodar ao meu torno e cerro os olhos. Não parecia ser possível alguém tão cheio de vida, com tanta energia e entusiasmo, pudesse ter realmente partido deste mundo.

A ironia disso tudo é que, mesmo sabendo mil formas de decodificação, eu não conseguia decifrar o que acontecera. Quando dei por mim, o sangue de Chido e de seu assassino vertiam o chão como uma tinta grossa, asquerosa e fedida. Lembro que antes de apagar eu ouvir um ruído baixo que aumentava gradativamente, semelhante ao chiado de uma frequência de rádio. Uma voz... Na hora, a impressão que tive era que eu vivia em um vazio. Sozinha dentro da minha própria pele. E de repente havia calor. Alguma coisa me encheu. Uma presença. Outra alma, tão brilhante e forte quanto a minha... Seja lá o que tenha sido, já era tarde demais.

***

Os pesadelos iam e viam em intervalos, ás vezes eram tão vividos que eu acordava sobressaltada, desorientada e ensopada pelo suor. Mesmo depois de algumas horas, sentia uma dor de cabeça insuportável, ficava ansiosa e inquieta. Eu nunca senti ansiedade antes. Nunca. Agora eu sentia. Isso significava que eu estava ficando maluca? Provavelmente. Tomei um banho para acalmar e vestir roupas confortáveis. Eu tinha um trabalho a fazer e eu sabia que não estava operando 100%. Não estava em minha melhor forma. Desde o acidente. Desde Chido... não era bom pensar nisso, mas às vezes eu não conseguia evitar. Contudo, todos os pensamentos se dissiparam no momento em que a voz disparou na minha mente.

≪SISTEMA DE IDENTIFICAÇÃO DE AMEAÇAS... AMEAÇA EMINENTE... CUIDADO. PERIGO!≫

Uma das paredes do meu quarto explode e vários destroços voam na minha direção. Eu ergui o braço e do nada, um escudo de energia brota do meu braço. De alguma forma isso me protege, mas não contra o impacto da detonação. Sou arremessada para trás feito uma bola de canhão. — *Gǒuzǎizi! — Xingo alto quando percebo que fui direto para a sala de estar e sequer sentir dor da colisão. O que está acontecendo? Quem são eles? Até então eu não havia me dado conta de quanto estava tensa, confusa e furiosa ao mesmo tempo.

Uma granada é lançada logo em seguida pelo buraco da parede, eu a golpeei para longe por impulso antes que a coisa explodisse e a nevoa densa se mesclasse com a poeira do concreto. A voz chiou de novo e minha visão muda drasticamente, parecia que eu estava enxergando através de um dispositivo militar; a névoa não era mais um problema, inclusive, era capaz de indicar a distância, o tamanho dos objetos e modelar ciberneticamente as superfícies do meu apartamento. Demorei alguns segundos para sair do transe e distinguir que quatro silhuetas adentravam o lugar e eles portavam... Merda... Armas! Vislumbrei o brilho dos disparos e as balas traçando um risco de fumaça à minha esquerda. Eu esquivei, elevando o escudo e a posicionando em frente ao peito e ao queixo. Mas, pela segunda vez, fui arremessada, só que agora para fora do apartamento. Aflita, só pensei em gritar enquanto ia em queda livre do trecentésimo décimo segundo andar ao chão da calçada.

Talvez eu tivesse sido agraciada tanto pelo azar quanto pela sorte naquele dia. Talvez, minha expectativa de vida seja mais longa do que a maioria das pessoas poderia esperar, e pelo visto, minhas habilidades físicas iam muito além de um ser humano normal, pois o escudo se desfaz e do mesmo braço um cordão de aço foi capaz de se grudar na superfície do edifício mais próximo. Balancei feito um pêndulo antes de cair para dentro de um prédio inacabado. Atravessei exatamente três andares até parar de descer, jogando poeira para todos os lados.

Mal me levantei e a voz alerta de que mais daqueles lunáticos encontravam-se ali. — Não. Não. Não. — Corri pelos corredores e ao cruzar uma passagem, dou de cara com duas das criaturas humanoides. Eles avançaram a passos rápidos e faziam barulhos demais para que eu não tivesse notado a aproximação, de maneira que já deviam estar parados por perto, à espreita. O que significava, que aquilo era uma armadilha. Quando me avistaram a sequência de disparos se iniciou. Rolei o corpo para o lado, escondendo detrás de umas bancadas de cozinha.

A primeira criatura intentou usar a arma como um porrete, mas desviei e ele acaba acertando uma prateleira. Reagir dando um chute no rosto dele, bem no queixo. A força do golpe fez o homem voar para longe. Até onde me lembro, eu nunca usei da violência, no entanto, agora meu corpo parecia ter ganhado vida própria. Numa estranha velocidade, faço um giro de 180° enquanto transformava meu braço em puro aço e atingindo o punho no nariz do segundo. Ele virou de ponta-cabeça e caiu nocauteado no meio do cômodo. Seus óculos voaram para longe.

Mais um grupo de cinco soldados surgiu das sombras e disparam de imediato quando assimilaram o que acabou de acontecer. Minha visão ficou ainda mais nítida, o redemoinho de confusão se afastava, e meus braços e pernas ficavam mais leves. Coloquei o escudo energético na frente e avancei na direção deles. Como se eu fosse uma acrobata profissional, pulei e rodei no ar de ponta a cabeça, pousando por trás do soldado. Chutei o estomago do mais próximo ao passo que esmurrava contra o escudo o outro à esquerda.

O que se mantinha atrás de mim atingiu a lateral da minha cabeça. A força do golpe foi considerável e fez com que eu caísse, tendo que me apoiar sobre um dos joelhos. Com os meus instintos gritando, girei no chão, dei uma rasteira e o derrubei. Em seguida, encarei o quinto e dou um belo gancho na mandíbula dele antes de finalizar o quinto caído com um chute na face.

Meu coração fervia, como se estivesse prestes a estourar. Eu não parava de me questionar como fazia tudo aquilo. Será que meu implante o causador disso? Balancei a cabeça, guardando a informação. Esperei alguns segundos para ter certeza de que não havia outro tipo de ameaça direta. Aprumei-me e corri para a escada de incêndio. Descia com os pés descalços os degraus de metal em direção à rua. Gritos irromperam acima de mim. Preciso ser mais rápida! Pensei com urgência. Descia três degraus por vez. Ao chegar ao primeiro andar, um dos homens gritou à distância: — Lá está ela! — Agarrei o corrimão e me arremessei agilmente sobre ele, despencando seis metros até o chão. Por incrível que pareça, não sentir dor ao aterrissar, e apenas continuei correndo.

Lá fora, no beco, o vento frio da noite me abraça. Precisava aguentar só mais um pouco. Olho rápido para cima e noto drones voando baixo por sobre o telhado com suas hélices quase silenciosas. Drones de vigilância. Merda. Merda. Merda. Tentei me acalmar, usar toda minha experiência cognitiva e focar a atenção na situação. Utilizei meu novo-tipo-de-visão para mapear o complexo dos prédios e o torno do local. Minha mente analisava e deduzia o melhor curso de ação. Os drones estavam registrando cada movimento desde o pavilhão frontal até a entrada do prédio do meu apartamento e se me vissem, eu estaria completamente ferrada. Outro fator a ser ressaltado é que, não demoraria para os soldados chegasse aqui.

Droga. Apenas se eu pudesse reprograma-los. Então, subitamente escuto o chiado junto a estranha voz:
≪CONECTANDO, FLUXO DE DADOS ONLINE. ALVO SELECIONADO. REPROGRAMANDO DADOS.... 010101001... AMEAÇA NEUTRALIZADA.≫
Seja lá o que a voz fez, deixou um dos drones desorientado, fazendo-o se deslocar e se chocar violentamente sobre o outro drone, causando uma explosão elétrica.

Nada disso cessaria a caçada dos outros drones e dos soldados, mas ia ser o suficiente para criar uma distração enquanto eu escapava. E, é claro, não havia tempo para sutilezas. Eu acelerei os passos para a área mais escura da rua, me afastando de tudo, o mais distante possível daquela loucura. Eu precisava desaparecer. Sumir. Droga. Não posso pedir ajuda dos meus pais, isso só levaria mais problemas para eles. Não. Tem que ter outro lugar. Onde? Espera. A corporação. Talvez... eu encontre respostas lá. Descobrir se há realmente um problema com meu implante e caso eu não consiga achar as respostas... não terei outra escolha a não ser fugir de KYO-2.



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