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A Cura de um Pesadelo

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Mensagem por Wallace Diamond Sáb Jul 18, 2015 8:13 pm

 A Cura de um Pesadelo 40033529570327387287313

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Mensagem por Wallace Diamond Sáb Jul 18, 2015 8:39 pm

Capítulo 1: A Primeira Aparição Da Estrela Chamada Dor

O Ruivo mantinha os olhos fixos naquela linha destorcida que dividiu a imagem da televisão ao meio, deixando-a parcialmente fora de sinal. O aparelho de DVD ainda continuava a marcar os segundos e o fraco som ainda emitia frases do roteiro do filme. Sem saber muito o que fazer, o jovem levantou-se do sofá e começou a dar socos na tela da televisão, amentando a intensidade dos próprios golpes propositais como se aquilo funcionasse. Um dos seus socos trincou a tela.

- Eu não acredito. Justo agora na melhor parte do filme? Como eu vou saber quem matou o presidente russo? Que droga!

Sem muitas alternativas, o jovem levantou-se e para o seu espanto ele se deparou com móveis velhos, teias de aranha nos recantos das paredes e diversos quadros com fotos de família, onde ele se via ao lado de sua irmã e uma outra garota, a qual ele nunca a viu tão estranha. Era como se o seu irmão mais velho tivesse feito uma série de cirurgias plásticas para alterar radicalmente a aparência. A lâmpada fraca dificultava um pouco a visualização das fotos, mas aquilo não chegava a ser uma dificuldade. Mais uma vez, o Ruivo se admirou ao olhar para os lados e perceber que estava em outro lugar. Uma casa apertada, suja... ali atrás, o único quarto estava iluminado e ele podia ouvir o barulho das hélices do ventilador girando.

- Eu devo estar sonhando. - Murmurou consigo mesmo. Acreditando no que a lógica mostrava. - Tomara que não seja mais um daqueles sonhos onde eu sou um caça monstros maluco arriscando a minha pele para salvar pessoas mal agradecidas. - Ele dizia isso porque sempre achava que os seus sonhos eram sempre longos, legais e chatos ao mesmo tempo, principalmente quando se tratava de um sonho ruim.

O Ruivo caminhou em direção ao quarto, e meio inseguro de si ele apenas afastou um pouco a porta para ver, ver o que os seus olhos nunca viram. Um jovem quase despido, dormindo, e flutuando... sim, flutuando. O lençol bem mais acima também flutuava... não, continuava cobrindo algo. Uma esfera invisível, talvez. E novamente no quarto, os móveis velhos predominavam. Silencioso e sem querer acordar o rapaz agora, o Ruivo fechou vagorosamente a porta e procurou algo pela cozinha. Um armário antigo, várias gavetas e poucas portas, pequenas aranhas fazendo suas casas pelos recantos dentro da mobília, e por fim, folhas de papel, sacos de prego, uma faca de caça que você só encontra nos games, adesivos que ainda não foram usados e uma caneta.

O Ruivo teve um plano e sorriu.

Um pouco tempo depois ele estava grudando o seu recado na porta da sala, bem a vista caso o seu hóspede acordasse. Um recado ameaçador bastante convincente. E como toda boa visita inesperada, o Ruivo tomou a chave e saiu despreocupadamente da casa trancando a ‘Bela Adormecida'.

Foi apenas dar a volta e ver que ele estava em um dos andares de um prédio abandonado. Percebeu isso ao ver um elevador no final do corredor e as portas abertas de quase todas as respectivas moradas. Ele teve que ignorar e continuou em direção ao elevador com a chave nas mãos e acionou o botão esperando as portas metálicas se abrirem.

Ele entrou e pressionou o botão que o levaria de volta a recepção, se é que existisse uma. Quando as portas se fecharam ele viu pichado com tinta vermelha a seguinte frase: “NÃO VÁ AO 3o ANDAR.

- Ora, tem um vândalo nos meus sonhos. Terceiro andar, em? OK! - Ele ignorou o aviso e apertou o botão que o levaria ao 3o andar.

O elevador se mexeu emitindo um som abafado, fraco. A sensação era que a qualquer momento o elevador fosse emperrar no meio do caminho, mas não aconteceu, continuou descendo. Quando as portas finalmente se abriram, o Ruivo leu a seguinte frase mal pintada de vermelho na parede branca a sua frente: “BEM VINDO!

- Primeiro uma mensagem de aviso. Agora alguém dá as boas-vindas. O que há de vir pela frente?

O Ruivo continuou sua investigação e ouviu o elevador partir deixando-o naquele lugar. O largo corredor conduzia a uma sala repleta de computadores, papéis de escritório e outras coisas a mais que foram largadas, lembrava muito uma sala de escritório coletivo. Logo, a alguns passos à frente, uma mulher bem vestida e magra não parava de apertar aquelas teclas do computador desligado. Ela mexia nervosamente as teclas, como se estivesse com algum tique nervoso.

- Você é a única?

Sua voz espalhou pelo interior da sala e voltou num quase imperceptível eco que não pareceu chamar a atenção dela. Mas ela parou de escrever e nem sequer girou o assento de rodas para vê-lo.

- Eu perguntei se você está sozinha.

A única resposta que ele teve foi do seu próprio eco. O que lhe deixou um pouco encabulado. A mulher nem se importou e continuou a pressionar mais forte as teclas do computador, nervosa. A tela do monitor ainda estava desligada, e a mulher como uma cega nem se importava. Rapidamente ela parou de se mexer quando sentiu a pesada mão do Ruivo repousar em seu ombro. Ela nem virou o rosto para vê-lo.

- Não vai me deixar falando sozinho de novo, não é?

Ela o ignorou e continuou a escrever algo. Ao ver o caminho que os dedos dela escolhiam, o Ruivo notou que ela pressionava a mesma sequência de botões: “I”, “A”, “L”, “C”, “B” e “N”. Restava agora saber por que ela insistia nessas letras e que palavras elas poderiam formar. O Ruivo arrancou o teclado do lugar, a mulher como resposta começou a berrar. Com os dedos enrugados, ela começou a tentar puxá-lo pela sua camisa preta. O rosto dela estava todo rasgado e os olhos tinham sido arrancados. Ela ‘chorava’ lágrimas de sangue. Ele se afastou bruscamente dela, sentindo como o seu braço tivesse rompido alguma teia de aranha. Na verdade, ele se esbarrou em algumas linhas e o corpo dela caiu desmontado, como se fosse um boneco feito de uma pessoa morta recentemente.

- Isso não vale! Isso não vale! - Repetiu uma voz nervosa várias outras vezes. - Por que não continuou com a brincadeira? Sem graça.

- Quem está aí? Apareça.

- Se quer tanto me ver. Porque não olha para cima?

O Ruivo ouviu um arrastar no teto e se deparou com uma visão acima de sua cabeça nem um pouco agradável. Para ser mais claro, nem aquela mulher desmontada aos seus pés poderia meter mais medo. A forma daquela criatura lembrava parte um homem, parte um réptil, tinha os olhos verdes como redomas de vidro, e pela a sua língua comprida escorria uma gosma verde, não tinha pés, e sim, mãos no lugar; os dedos cravados na superfície do gesso permitiam que a criatura não caísse.

- Que gosto os seus olhos tem?

Ele desceu e ficou apoiado sobre duas mãos, alongou seu corpo mostrando sua repugnante forma de 2 metros, e abrindo demasiadamente a boca soltou a língua na tentativa de agarrá-lo. O Ruivo se esquivou a tempo, quebrou o teclado na cabeça da criatura e afastou as mesas derrubando tudo que estava em cima. Deixando o ambiente bem mais adequado ao momento.

- Você perguntou antes quem estava aí. Eu não sei o meu nome. Eu só acordei com uma fome.  E você vai me deixar bem alimentado, gostoso.

- Eu não faço o seu tipo.

- Todos fazem. Deixa só eu dar uma pequena lambida.

- Nem pensar.

O Ruivo abaixou a tempo e procurou algum monitor para arremessar na criatura, pegou outro e ficou jogando, enquanto o bicho escalava a parede dando voltas pela sala. A sua língua ao ser arrastada derretia as junções das paredes. Os seus dedos também perfuravam, e se continuassem a transformar a parede numa peneira não haveria muitos lugares para subir. O Ruivo continuou a arremessar coisas e a criatura-lagarto era obrigada a continuar rondando a sala. Mais duas voltas e ele finalmente escorregou nos buracos que fez caindo de pé. Aproveitando, o jovem arrastou violentamente uma mesa que encontrou por perto. A mesa riscou o chão e dividiu o ser ao meio num poderoso impacto. E o seu grito horrendo ecoou pela sala. Após alguns segundos a criatura vencida pela dor enfim falou:

- Creio que também não vai me dizer de onde você veio. - Perguntou sem esperanças. - Eu estou com tanta fome. Eu ia comer essa mulher, mas achei que brincar com a comida seria mais divertido. Ela conhecia todo esse lugar, deixou recados por todos os cantos deste prédio e voltou para tentar me matar. Ela pensou que meus ouvidos eram sensíveis ao som. Ha, ha, ha, ha... - Se engasgou. - Droga de língua comprida! - Tossiu e pôs a língua para fora. A saliva começou a derreter a madeira formando um buraco na mesa. Seu corpo da cintura para baixo se contorcia como a cauda de um lagarto separada do corpo.

- Eu vim da cobertura. - Respondeu o Ruivo.

- Ah, a cobertura... Existem poucos sobreviventes e os que sobreviveram não são mais as mesmas pessoas. Foi o que ela me disse antes de morrer. Foi para vocês que ela deixou os avisos. Você é forte... Ela tentou o mesmo golpe, mas as escamas duras do meu corpo me protegeram dela. Como... como... co... - Sua cabeça tombou na mesa e o ácido de sua língua começou a derretê-la, consumindo o crânio, o couro cabeludo, o cérebro. Até ele parar de mexer o corpo.

- Nojento. - O Ruivo procurou sua chave e por sorte a encontrou ainda pendurada no dedo. - Que loucura. Eu tenho que parar de ver tanto desenho animado. Melhor eu voltar e ver como as coisas estão lá em cima. - Em algum lugar por ali, o Ruivo tomou um iPhone junto de um fone de ouvido esquecido por alguém. A música ainda tocava. Clássicos de Iron Maiden.

No caminho de volta o Ruivo olhou para cima e viu uma câmera movimentando-se sem parar. Dessa vez, ele via um roedor comendo os fios da câmera e resolveu deixá-lo terminar sua refeição ou levar uma descarga elétrica nos próximos segundos. Dito e feito, o ratinho levou um choque tremendo e as faíscas queimaram o papel de parede seco revelando logo atrás uma janela escondida. O Ruivo apagou o que restava do fogo e rasgou o resto do papel, ao abrir a janela ele avistou o horizonte escuro. Uma estrada repleta de carros largados pelo meio do caminho. E o vento lhe soprava a face. O Ruivo sentiu um calafrio. Ele sentirá o calor das chamas, enxergava perfeitamente sem a ajuda dos óculos que não sabe onde perdeu, sentia a madeira fria onde se apoiava... O que estava realmente acontecendo com ele? Ele só se acalmaria ao olhar para cima e ver a lua e...

- Que merda é isso ao lado do Sol?

É impossível. Não há como... Quando isso apareceu? De onde veio? O Ruivo estava impressionado. Ao lado do Sol havia outra estrela bem maior, e a Estrela Negra sugava a luz do Sol. A noite brilhava não por causa da Lua, mas por causa daquela estrela. Seu brilho era superior a tudo que brilhava no Universo. Nada lhe ofuscava, nem mesmo as outras estrelas.

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