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Aula 3º - Elizabeth R. Bathory

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Mensagem por Elizabeth R. Bathory Ter Nov 18, 2014 9:26 pm


How strange.

Um vulto preto corria pelos corredores, os saltos altos dos sapatos fazendo barulho contra o piso. Seu riso doce enchia todos os cômodos pelos quais passava e muitas portas se abriam para ver o que estava acontecendo enquanto Elizabeth corria para aula.
Ao parar na porta da sala de aula, Lizzie encostou-se a parede e respirou fundo. Seu rosto tinha um leve tom rosado e ela ofegava. – Eu ganhei, Mary. – Comemorou em tom suave, ainda lutando para recuperar o fôlego. Elizabeth continuou parada enquanto esperava que Mary, também cansada, se recuperasse e assim, ambas entraram na sala.
Logo que atravessou a porta, Lizzie sentiu os olhares de todos os alunos caírem sobre si, analisando o grande vestido vitoriano que a menina usava. Apesar de a temperatura estar por volta de vinte e cinco graus, Elizabeth tinha enfiado o corpo dentro de um enorme vestido de veludo negro. O corset do vestido, assim como as mangas e a barra, exibiam borboletas ricamente bordadas em prata. Seus cabelos loiros estavam presos num coque alto e elegante, e naquele dia, em especial, Elizabeth se movia com extrema graça enquanto caminhava para o fundo da sala.
Os alunos pareciam não entender o que estava acontecendo. Que Elizabeth tinha um parafuso a menos não era segredo para ninguém, mas poucas pessoas conheciam seus ‘ataques’. Dias como aquele, no qual ela simplesmente via todas as pessoas como se vivessem num enorme castelo, todas em trajes vitorianos, como o da própria Elizabeth.
A loira se manteve em pé, num canto da sala, durante boa parte da aula. Tinha atenção na sua professora, mas não pelos motivos certos. Embora ouvisse cada palavra pronunciada por Psylocke, Lizzie estava mais interessada no vestido turquesa que envolvia o corpo da professora, nos detalhes de renda no corset e nas mangas. Aquele vestido, que só Elizabeth era capaz de ver, lhe parecia lindo e de extremo bom gosto.
Quando viu as cadeiras sendo afastadas, Lizzie caminhou para o centro da sala, junto a todos os outros alunos e ali se sentou. O vestido espalhou-se a sua volta, fazendo que os outros adolescentes se mantivessem longes, afinal, ninguém queria sentar no vestido da loira.
A pequena fechou os olhos e juntou as mãos sobre o colo, ouvindo com atenção cada palavra agora proferida pela professora. Ao ver a projeção astral demonstrando alguns movimentos de luta, Lizzie se arrependeu por não ter prestado atenção nas instruções dadas anteriormente, mas ainda sim, se esforçou para deixar a mente vazia. Em dias como aquele, quando tudo parecia confuso e tão vitoriano, estar concentrada era muito difícil para Elizabeth. A realidade de misturava com a ilusão e ela constantemente se perdia, fazendo a garota se irritar.
Por diversas vezes Elizabeth abriu os olhos, respirou fundo e voltou a fecha-los, esforçando-se para manter a mente concentrada. Demorou, mas ela finalmente conseguiu tirar todos os pensamentos inúteis de sua cabeça e ficar ali, quieta, apenas concentrada na projeção astral de sua professora e no que fato de estarem no plano astral.
Agora que finalmente estava concentrada, Lizzie conseguia ‘moldar’ as coisas. Em sua mente, ela via Psylocke em seu lindo vestido turquesa, assim como via a si própria em seu vestido negro e a Mary, em seu fofíssimo vestido rosa claro. A sua volta havia um grande jardim, parecido com o do palácio de Versailles. Elizabeth sorriu com a cena, um triunfo particular naquele dia em que tudo parecia confuso demais.
Mas a cena se desfez e seus olhos se abriram novamente para encontrar a sala de aula, para encontrar os alunos sentados e a professora na frente de todos. Irritada, Lizzie jogou o corpo para trás e mordeu o lábio inferior. – Qual é o meu problema? – Murmurou, olhando para Mary em busca de alguma palavra reconfortante. Mary apenas deslizou as mãos sobre os cabelos de Elizabeth e sorriu. “Tente novamente, Condessa.”.
Aquilo lhe força para Lizzie e apesar de toda a sua frustração, ela decidiu que deveria tentar novamente. Antes de fechar os olhos, a loira olhou a sua volta. Olhou para as paredes antigas da sala de aula, para suas colunas brancas, para o vestido turquesa da professora e teve uma ideia. Seus olhos novamente se fecharam e agora Lizzie começou a imaginar algo diferente de sua realidade vitoriana.
“ Em sua frente havia Psylocke em um bonito traje futurista, usando um macacão negro e bem justo, com os cabelos caindo em uma trança de lado, elegante apesar de todo o ar de 2987 de suas roupas.
Quando olhava para si mesma Elizabeth via um traje parecido com o de sua professora, mas de um profundo tom púrpura. Em seu pulso direito havia uma pulseira de borboletas e seus cabelos loiros estavam presos no mesmo coque elegante de sempre.
Mary, por sua vez, não trazia nada muito diferente. Também estava envolvia por um macacão justo, que marcava suavemente cada curva de seu corpo, mas o dela tinha um tom tênue de azul.
Em volta das três havia grandes paredes de metal polido. Em uma das paredes, a mais distante, havia uma grande porta metal negro e ao seu lado um pequeno painel.
Depois de analisar bem o lugar e respirar fundo, Elizabeth se voltou para Psylocke e sorriu como uma criança. – Ora essa, eu sou uma dama. Uma Condessa de linhagem antiga e tradicional. Não seria adequado uma luta, mas já que a mesma se faz necessários, entremos em acordo que, como damas, não acertaremos o rosto uma da outra. – Lizzie murmurou e esticou a mão na direção da professora. Depois que a mesma apertou sua mão, Elizabeth deu alguns passos para trás e observou enquanto Mary ficava entre as duas. – Senhoritas. Sejam justas e leais, sigam seus princípios e honrem suas famílias. Boa luta. – Murmurou e se afastou em passos suaves.
Elizabeth não sabia o que fazer naquele momento, as coisas não faziam muito sentido, na verdade. Mas, antes que ela tivesse tempo de bolar um plano, Psycloke já estava correndo em sua direção com a katana em punho e o olhar determinado. Lizzie tinha menos de um segundo para pensar, sua professora se aproximava cada vez mais. Assim, no ultimo momento, Elizabeth se jogou no chão e rolou para o lado, observando enquanto a professora se esforçava para parar de correr.
Okay, aquele era um principio básico da física, um truque que havia aprendido com Athor, mas sabia que não iria funcionar duas vezes e tão pouco manter a professora longe. Precisava pensar em algo e muito rápido...
A pequena mordeu o lábio inferior, nervosa. Aquela era sua mente, ela tinha o controle, tinha que pensar em algo. Entrando na onde de coisas ‘futurísticas’, Elizabeth esticou a mão para pegar um machado duplo que Mary tinha, por um milagre divino, jogado em sua direção... O toque do cabo da arma contra suas mãos lhe dava uma sensação de segurança. Do outro lado da sala, Psylocke lhe olhava friamente, pronta para outro ataque.
Lizzie ainda estava pensando como se defender quando se lembrou do conselho de seu amado: “a melhor defesa é o ataque”. E assim a loira pariu em disparada contra sua professora. Por um segundo ela achou que aquilo fosse a morte certa, mas então se ouviu o som de metal contra metal, e quando abriu os olhos Lizzie encontrou suas duas mãos agarradas ao cabo do machado, todo o peso de seu corpo colocado naquele golpe e a professora, segurando a katana para afastar o machado.
Felizmente, ou infelizmente, Elizabeth era pequena e bastante leve. No fim das contas não foi realmente difícil fazer com que o machado se afastasse do corpo da professora. Naquele momento a loira compreendeu que força bruta não seria o melhor caminho para a derrota de sua excelentíssima oponente.
Elizabeth se manteve parada, o machado firme em sua mão direita, embora pendendo junto ao corpo. Seus olhos estavam fixos na professora, esperando seu primeiro movimento. Mas Psylocke parecia observar a menina, parecia prever o próximo passo da loira.
Uma ideia sem fundamento surgiu e Lizzie a seguiu sem pensar duas vezes. Concentrou-se o máximo possível para fazer fios metálicos, finos e fortes, surgirem de diversos lados para se agarrar aos braços e pernas da professora. Aquilo parecia uma boa ideia, Psylocke chegou a sorrir. Infelizmente, Lizzie calculou mal o ângulo dos fios e um ruído intenso encheu a sala quando a professora, sem muito esforço, usou a katana para cortar os fios.
Elizabeth, visivelmente chateada, soltou o machado e deixou o corpo cair sentado no chão. – Okay, eu desisto. Não tenho ideias melhores, você venceu. – Murmurou, fitando o chão e mordendo o lábio inferior. Psylocke caminhou então para perto da menina e, ainda de pé, lhe estendeu a mão. – Não é isso que eu quero de você. Quero que se esforce e aprenda. Vamos, Elizabeth, lute. – Sua voz era doce, seus olhos eram carinhosos e sua mão ainda estava lá, esticava na direção da aluna.
Por uma fração de segundos, Lizzie se sentiu mal com o que faria, mas ainda sim, não voltou atrás. A loira deu a mão esquerda para a professora e no mesmo momento em que seus dedos se fecharam em volta do pulso da professora, os dedos da mão direita se fecharam discretamente ao redor do cabo do machado e no mesmo segundo em que Psylocke puxou Elizabeth para cima, a menina bateu o cabo do machado na costela da professora com toda a força que tinha.
Lizzie viu, com certa dor no chão, sua professora caindo no chão com as mãos colocadas sobre o lugar da pancada, ainda sem largar sua katana. Aquele parecia um momento muito oportuno para atacar. Elizabeth deixou o machado cair num baque pesado e sem pensar muito se jogou contra sua professora, prendendo o corpo da mesma entre suas pernas. Então, segurou os pulsos de Psylocke, os colocando contra o chão, acima de sua cabaça.
Infelizmente, seus cálculos haviam sido péssimos, ao seu jogar contra a professora e agarrar suas mãos, Elizabeth também fez com que a katana afiadíssima cortasse sua perna. Com toda a força que ainda lhe restava, Lizzie se concentrou para que seus fios metálicos prendessem a professora ali, deitada no chão. Os fios também prenderam as pernas de Elizabeth junto ao corpo de professora, machucando-a.
Lizzie fez força nos pulsos da professora até que a mesma soltasse a katana e então sorriu, lhe beijando a testa suavemente. – Obrigada por acreditar em mim. – Murmurou, exausta. Então, a pequena empurrou a katana e o machado para longe. Desfez os fios que prendiam ambas e deixou seu corpo cair sobre o da professora numa espécie de abraço cansado demais.”

Ao abrir os olhos novamente, Elizabeth estava exausta. Deixou o corpo cair para trás enquanto alisava lentamente o tecido gostoso de seu vestido. Mary estava lá, bem atrás dela, sorrindo. – Parabéns, my lady. – Mas Lizzie se limitou e sorrir e a se levantar.
Olhava, com carinho e muito respeito, para sua professora, ainda sentada de forma elegante dentro de seu vestido turquesa. Lizzie sorriu finalmente, respirando fundo. – Obrigada. – Sussurrou novamente e então tomou o braço de Mary gentilmente, saindo da sala em passos lentos.
Obs: Entre aspas e em italico estão os acontecimentos narrados na mente de Elizabeth.
Obs 02: Eu não sei se deu pra notar direito, mas nesse dia Lizzie está 'atacada' e ela vê todo o instituto como um castelo e as pessoas vestidas como se vivessem em tempos medievais.

♦ The White Swan ♦ @ CG

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30/09/2014

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