Aula 1º - Edgar Ryang Cooper

오랜만이야 못 본 사이 그댄 얼굴이 좋아 보여 예뻐졌다 넌 항상 내 눈엔 원래 고와 보여 괜찮은 척 애써 대화주제를 바꿔버려 네 긴 머린 찰랑거려 내 볼을 때리곤 스쳐지나 세상사람들이 내게 돌린 등 모든 것이 베베 꼬여있던 눈초리들 ❝ Lari ❞

Eu poderia estar na mansão Cooper esbanjando felicidade, tomando meu vinho francês do século quinze, assistindo meus desenhos animados, mas ao em vez disso tive que me arrumar elegantemente para a primeira aula de defesa mental no território dos X-men, aprender a proteger minha mente de pessoas indesejáveis seria uma boa experiência que poderia ser muito bem usada futuramente, nunca se sabe quando pode aparecer um maluco por ai querendo “estuprar” seus pensamentos. E aqui estamos nós, no instituto Xaiver, sendo ensinados pela senhorita Psylocke, primeiro dia de aula devia ser realmente difícil para uma professora, mas qualquer coisa era só ela sacar sua katana e sair cortando cabeças até conseguir botar ordem na classe.

Confesso que tive vontade de dormir enquanto ela explicava quilos e quilos sobre a matéria, falando sobre concentração e silêncio, tornar a mente forte e blá, blá, blá. Então ela decide se levantar carregando a katana em mãos, pedindo que treinássemos nossas mentes o máximo possível e que iria nos ajudar a alcançar isso... INVADINDO NOSSAS MENTES? Que falta de privacidade. Após afastar as cadeiras para o canto da sala ela pediu que todos se sentassem.

Acho que sentar num sofá seria muito mais confortável do que ter que esvair meu traseiro bilionário pelo chão da classe, não que eu esteja insinuando que minha bunda seja murcha e enrugada, pelo contrário, exercito os glúteos todos os dias, querem por a mão? Há, há, quem sabe numa próxima. Infelizmente tive que ceder ao “convite” da senhorita Psylocke se eu quisesse aprender alguma coisa naquela aula. Ok, minha mente estava sendo violada por forças telepáticas, tornando o clima muito mais desagradável, e se por acaso ela visse minhas lembranças de sadomasoquismo? No mínimo iria achar interessante, isso se não acabasse ficando excitada com meu corpo. - Ok senhorita Psylocke, seja bem vinda a minha mente, não estou querendo ser irônico dizendo isso, mas enfim, faça o que tiver que fazer. – pensei mentalmente.

Eu queria encobrir qualquer tipo de memória que fosse forte o suficiente para me fazer desistir, para isso eu tinha que simplesmente deixar de pensar nela, mas como eu poderia deixar de pensar nela se neste exato momento tive que pensar nela para dizer que não devo pensar nela? Nela, nela, nela, NELA! Que coisa mais repetitiva, vamos apenas esquecer isso. Foco na aula. Pense em qualquer coisa aleatória, Ed, um filme, um desenho, um vídeo de pornografia... A dor de cabeça não me ajudava muito. - Fazemos assim, imagine um cadeado indestrutível, pronto, agora imagine a chave, o individuo só poderá vasculhar sua mente se conseguir recuperar a chave, o resto depende de você – falei mentalmente para mim mesmo.  

Deixei a mente tranquila, sem me importar com a presença de Psylocke. Meu objetivo era esconder a chave e proteger o cadeado a todo o custo, por isso escondi ambos dentro de falsas memórias enquanto me concentrava para expulsá-la. Projetei flashes e paisagens psicodélicas dentro da minha cabeça para desorienta-la e fazê-la perder o caminho, raios também foram integrados ao cenário além dos terremotos que faziam minhas memórias tremerem e ficarem distorcidas, tentando impedir a mentora de vê-las com nitidez.

- você não é bem vinda aqui. – gritei mentalmente. Sua concentração parecia ter dado uma oscilada, mas continuava firme e forte dentro de minha mente. A ponta do cadeado havia aparecido pairando sobre uma lembrança qualquer e a chave estava correndo até sua direção para destrancá-lo. – concentre-se, Ed, concentre-se, isso não é o suficiente para detê-la. - Qual lembrança perturbadora eu poderia trazer a tona para assustá-la? FREDD! Como não pensei nisso antes? Fredd possuía um metro e cinquenta e dois de altura e embora fosse muito mais velho do que eu tinha a mentalidade de uma criança, além da gigantesca e assustadora cabeça de bebê, seus gritos supersônicos eram simplesmente insuportáveis.

Antes que a chave finalmente alcançasse a fechadura pensei em Fredd e o mesmo apareceu diante do mundo psicodélico que eu havia criado, ele escondeu o cadeado dentro de sua cueca e gritou escandalosamente, minhas lembranças se despedaçaram em vários fragmentos imaginários com tamanha potência sonora. – Você não é bem vinda aqui! – esbravejei numa segunda tentativa, aquela imagem de Fredd veio de uma forma tão forte que tudo parecia ter explodido, então abri os olhos. Será que Psylocke havia conseguido suportar tanto transtorno?