Primeira Aula de Matthew Conrad
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Primeira Aula de Matthew Conrad
As long as you don't stop
Matthew abria calmamente a porta que dava para o jardim, saindo finalmente daquela mansão que mais parecia um labirinto. Entrara à cerca de dois dias no Instituto X para Jovens Mutantes na tentativa de aprender algo mais sobre os seus poderes e como controlá-los voluntariamente. O sol parecia muito radiante, mesmo para um dia invernoso, ajudando a aquecer assim o corpo do garoto que era arrefecido pelo vento gélido que rondava o local. A relva estava verdejante, assim como nos prados da sua terra natal, e parecia muito bem cuidada. Desviando a sua atenção da natureza Matthew focava-se nos seus colegas. Se estavam ali seriam com certeza seres com poderes, os chamados mutantes pela sociedade. Com um sorriso caloroso no rosto o garoto continuava a andar para perto do adulto careca, que parecia ser o seu professor, e ouvia-o atentamente, assentindo com a cabeça a cada frase acabada pelo homem num gesto de afirmação e compreensão. O garoto ainda não estava muito familiarizado com os seus poderes, mas pelo que tinha entendido era uma habilidade somente de defesa, que era o objetivo deste exercício.
Matthew aproximava-se de uma das máquinas e ligava-a, afastando-se um pouco da mesma em seguida e ficando a observá-la contando os segundos dos intervalos entre as bolas lançadas. Cerca de cinco minutos se passaram e Matthew sentia-se confiante pois parecia ter já entendido o funcionamento do lançador. Inicialmente as bolas eram lançadas com um intervalo de 5 segundos entre si e a cada minuto que se passava esse intervalo era reduzido num segundo, seguindo-se 4 segundos de intervalo, 3, 2, 1 e finalmente meio segundo entre cada bola lançada. Assim o garoto aproximava-se mais uma vez da máquina e reiniciava-a, afastando-se da mesma e colocando-se na sua frente. Este então erguia o braço direito, seguido imediatamente do esquerdo, e colocava-os lado a lado com os dedos das mãos esticados. Uma bola era disparada e era hora de usar os seus poderes para se defender. Imaginando uma espécie de escudo em sua frente, as suas tatuagens espirais começavam a brilhar um pouco, indicando que o seu poder estaria prestes a ser utilizado mas quando se preparava para criar o escudo refletor sentia já alguma dor no estômago. Ao que parecia Matthew não se teria defendido a tempo, deixando que a bola embatesse na sua barriga com alguma força. Mais uma bola era lançada e agora os reflexos do garoto estavam mais rápidos ,talvez o suficiente para a defender. Fechando os olhos este imaginava o escudo rosado na sua frente e a bola embatendo nele e sendo ricocheteada de volta para a máquina. Ao abri-los notava que a sua tatuagem brilhava mais uma vez e que o escudo teria sido criado com sucesso, ricocheteando a bola. Continuou desta maneira até ao quinto minuto, onde as bolas parariam de ser lançadas.
Assim, Matthew apanhava as bolas que tinham sido atiradas contra ele de colocava-as de volta no suporte da máquina, andando de novo para o pé do professor, onde esperaria que este os liberasse da aula.
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