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Aula 1º - Ryan Fell

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Mensagem por Ryan Fell Dom Jul 20, 2014 11:13 pm





"1st Survival's Lesson"





Dancing with the Wolves

O que posso dizer do meu primeiro dia de aula? Bom, talvez posso começar pelo inicio da nossa história!

Faziam poucos dias desde que entrei no Instituto Xavier para garotos dotados. De certo não podia dizer que me adaptei rápido, afinal ver-me cercado de cada tipo de aberração como eu, cada um com um dom diferente e peculiar, gerava sempre surpresa para mim, porém eu tinha de admitir que estava gostando da minha estádia. Era muito melhor de que viver nas ruas e ser sempre chamado de "mutuna", de ter de lutar, roubar e fugir para sobreviver. Ainda mais, pela primeira vez desde que meus poderes afloraram, eu não estava sozinho! Havia gente que passava pelo mesmo do que eu e pessoas que nos ajudavam, que nos orientavam. E, especialmente, eu poderia receber ajuda pelo meu pequeno problema com a sede de sangue. Literalmente, obvio, já que eu não sou um vampiro... mas posso ser algo como um lobisomem...

Enfim, como tinha visto no quadro de aulas, a minha aula de sobrevivência só seria á noite, por isso resolvi permanecer deitado no meu quarto, escutando musica pelo meu ipod. Como eu ainda era novo lá, ainda não tinha feito amizade com ninguém. Ainda bem, pois tenho o dom de enjoar as pessoas graças ás minhas dotes de bom tagarela. De todo modo, escutei musica, chegando até California de Phantom Planet, até que cheguei a dormir. Bem, quando acordei, descobri que... estava atrasado para a aula!! Tinha de ser rápido. Eu já trajava um par de calças jeans azul com uma camiseta azul e um par de meias brancas, então só faltava colocar os meus tênis negros nos pés, vestir a minha jaqueta negra com capuz e correr até ao bosque atrás do instituto, o local onde a aula iria acontecer. Já era escuro do lado de fora do estabelecimento, mas eu não fazia caso para nada e para ninguém. Tudo o que eu pensava era em tentar não me atrasar mais do que eu já estava.

Por minha sorte, cheguei a tempo e, vendo que todos os demais estavam atrás de uma linha horizontal feita no chão, fiz o mesmo enquanto tentava recuperar o folego, estando todo ofegante. O tal professor, que parecia precisar com urgência de um bom barbeiro para fazer aquela barba ríspida e mudar aquele penteado, se apresentava como sendo... Logan? O mesmo Logan que era o Wolverine? Eu não podia acreditar que estava diante de uma das lendas dos X-Men! E, quando chegou finalmente a minha vez de me apresentar, eis que minhas mãos começam a suar e, inadvertidamente, começaram a se tornar peludas.

- O meu nome é Ryan Fell e... bem... como podem ver, tenho genes de lobo e também a capacidade de transmutar o meu corpo em outras pessoas ou coisas. O senhor é mesmo o Wolverine? Nossa sou um grande fã seu. Posso lhe apertar a mão, por favor? -

Eu estava tão empolgado por ter o Logan como meu professor que acabei por passar o maior papelão. De fato, passei pela linha e fui até ele, estendendo a minha mão na direção dele, mas este me ignorou por completo, lançando-me um olhar do tipo "passa mais uma vez aquela linha de novo, e eu te arranco fora aquela mão", gerando risadas pelos outros.

Após desse meu mico e de todos os outros tiverem se apresentado, com os seus respetivos poderes, chegou a hora da aula finalmente começar. Realmente, se eu diria agora mesmo que, naquela hora, eu estava totalmente calmo, podem ter certeza de que eu estou mentindo. Era logico para ele ter sobrevivido a todas aquelas catástrofes e perigos possíveis, dado os poderes que ele possui e que o definem como o mutante "imortal". Mas quanto a nós, comuns mortais? Nem todos nós temos a capacidade de nos regenerarmos, não obstante a variedade dos nossos poderes! E imaginar o que aquele cara iria aprontar com a gente, dado seu famoso temperamento, estava me matando. Por isso, sim, eu estava mesmo com medo, medo do desconhecido, medo dos perigos que me estavam aguardando para além das trevas que cobriam o bosque.

Me mantinha focado no que o professor falava, na sua explicação. De fato fazia muito sentido os seis pontos mencionados pelo cara, pois já vi em muitos filmes e documentários que aqueles eram os recursos mais procurados quando uma pessoa se encontrava perdido no meio da natureza selvagem. Já acerca de manter o auto-controle, aih que estava o problema! Se já por ouvi-lo falar, enquanto me crucificava em tentar entender o motivo da linha no chã e rezar que não devêssemos atravessar o bosque bem no meio da noite, faltava tanto assim pra eu borrar as calças todas, imaginem só seu me encontrasse numa dessas situações!

Após desenhar no chão um simbolo para cada um dos pontos anteriormente mencionados, o professor Logan começou a explica-los, de maneira mais detalhada. Mesmo não entendendo o motivo de certas advertências, eu tratava de não perder um trecho do que ele falava, afinal se tratavam de informações que poderiam salvar a minha vida cedo ou tarde.

Uma vez que terminou de explicar os pontos básicos de sobrevivência, Logan apagou os rabiscos e começou anos fitar de forma intensa enquanto nos rondeava. isso apenas contribuía para aumentar a minha tensão e poderia jurar de ter tido a impressão de que ele estava me cheirando. Eu me mantinha rígido, com as mãos espalmadas juntas às coxas e os braços ligeiramente curvos e olhando para a minha frente, como se o professor tivesse me mandado para ficar "sentido" e só aguardava o seu comando "descansar".

Após daquela "inspeção visual", o nosso professor começou a nos explicar como conseguiríamos fazer uma fogueira  usando um galho, um pedaço de madeira e folhas secas. Uma vez que apagou a linha que nos separava, finalmente nos libertando, ele fez aparecer as suas garras das juntas dos seus punhos, pelo meu espanto. Havia enlouquecido? Queria nos atacar? Não, fez pior, cortou a si mesmo, fazendo com que filete de sangue escorresse do ferimento, antes que este se fechasse magicamente. Aquele ato servia apenas para ressaltar o meu ponto de antes e, por  meu alivio, afirmou de que nos acompanharia para dentro da mata, nos orientando e inspecionando. Sendo assim, deixei o meu smartphone ZTE Racer x850 e o meu ipod branco encima da cadeira onde os outros alunos também deixavam seus aparelhos e passei a seguir o grupo, liderado pelo professor.

Nossa, tinha de admitir que aquela era a primeira vez de que me encontrava num lugar do tipo e me assustava um pouco ver toda aquela escuridão que não permitia ver um palma da mão do que estava além do claror das tochas. E isso sem nem mencionar os insetos! Meus braços deviam ter-se inchado de tanto coçar nas regiões onde eu era picado pelos mosquitos.

Uma vez chegues na clareira, eu aproveitava logo para me sentar, descansar um pouco mas, ao ouvir o sermão do Logan, logo pulei e voltei novamente á posição militar de sentido, prestando atenção no que ele iria falar. E foi então que meus temores se confirmaram! Com nossos espaços, marcados com um quadrado, escolhidos por nós mesmos, nós deveríamos construir o nosso abrigo e colocar em prática cada um dos seis pontos antes explicados. E Logan? Ele entrou na barraca dele, provavelmente para tirar uma soneca, deixando em alto e bom tom de que teríamos de nos virar! Eu não podia esconder o fato de que estava desesperado, especialmente ao ouvir aquele silencio sinistro e ensurdecedor que permeava aquele local. E, pelo jeito não era o único, outros como eu estavam congelados, sem reação e sem saber o que fazer. Mas também havia outros que não hesitaram em se adentrarem em busca do necessário pra cumprir a tarefa dada pelo instrutor.

Pensei em começar a fazer a minha tenda primeiro. Pelo menos parecia ser a coisa mais segura pra fazer no momento, visto que não me obrigava a adentrar mais na mata. Armado com a faca que o professor me dera, fui até alguma arvore, próxima das bordas da clareira e que ainda era iluminada pelo luar. Com o olhar procurei para uma árvore, cujo tronco seria perfeito para mim e que não seria muito grosso ou volumoso e, uma vez encontrado, apontei a lamina de corte da faca e comecei a bater, bater, bater incessantemente até que caísse. Fiz o mesmo com mais uma arvore próxima e que tivesse mais ou menos as mesmas caraterísticas. Depois disso, comecei a cortar fora os ramos, as folhas e parte do tronco, de modo que eu o deixasse com aproximadamente 1m de altura. não que eu tivesse feito isso na vida, nunca cheguei a fazer os escuteiro, apenas imaginava que deveria ser assim.

Com duas toras de madeiras aprontadas, as carreguei até ao meu quadrado e as cravei, firmemente, no chão, dando distância entre elas conforme o comprimento da lona permitia e a coloquei por cima das duas toras que serviam de apoio e base da minha "tenda". Uma vez feito isso, busquei pelo menos por seis grandes pedras, posicionando-a três em cada lado sendo que dessas três uma era no meio, de modo que o vento não o fizesse voar. Enfim, finalizei dando um toque no interior colocando as folhas que tirei daquelas duas árvores e de plantas por ae, inclusive a própria erva no chão, afim de improvisar uma cama e, limpando o soro que corria pela minha testa e sentando-me um pouco, buscava pegar o folego e descansar enquanto admirava o fruto do meu trabalho. Não era lá algo tão perfeito assim, mas dava pro gasto e eu me sentia orgulhoso por isso.

Mas a fome e a sede não tardaram a me incomodar, lembrando-me do que eu estava tentando evitar. Eu também tinha de encarar aquilo, os perigos que me aguardavam na floresta e, engolindo seco a minha saliva, com passos lentos e cuidadosos, entrava cada vez mais para fora do território iluminado da clareira. No meu bolso eu carregava o cantil e a faca que recebi do professor, enquanto que um cantil vazio eu levava na mão. Enquanto caminhava, me mantinha constantemente em alerta, confiando nos meus sentidos. O meu ouvido e o mu olfato captariam algo acaso estivesse algo próximo. E isso, não tardou em acontecer!

De fato senti o cheiro de algum animal próximo, porém parecia ser no mais inofensivo, eu podia apostar que eu sentia medo nele. Escondido pelos arbusto, agachado, procurava me aproximar á fonte do cheiro para a poder visualizar e ela era... uma lebre, toda cinzenta ou pelo menos assim me parecia dada a pouca luminosidade! Pelo menos isso era fácil, eu pensava enquanto dei um grande salto na direção do animal. Este começou a correr, fugir, deu um trabalho, mas consegui agarrá-lo, segurando-o pelas duas orelhas. Agora vinha a parte mais difícil. Eu nunca tinha matado um animal na vida, nem uma barata, porém eu tinha de fazê-lo se quisesse passar naquela lição e, também, para satisfazer a minha fome. evitando olhar para o seu focinho ou para os seus olhinhos, dei uma facada no peito dele, fazendo com que parasse de se mexer, contorcendo de dor até finalmente expirar. Procurei pensar á fala que o Logan dissera antes, sobre olhar pra um coelho ou um cão e ver um café da manhã e procurei rir, mesmo que sem graça. Porém, se eu pensava, aliás, se vocês pensaram de que teria sido tão fácil assim, então se enganavam! Uma raposa saiu de repente de algum arbusto, saltou na minha direção e arrancou das minhas mão a lebre com a boca, carregando-a enquanto fugia.

Eu não podia deixar a minha presa ir e, pegando uma pedra, corri atrás dela. Tinha dificuldade para acompanhar a velocidade do animal que tentava até me despistar ziguezagueando pelas árvores mas, guiado pela sorte, consegui atingi-lo com a pedra que lhe arremessei contra. mas foi então que as coisas pioraram! Soltando a lebre, a raposa irritada correu na minha direção e saltou, tentando morder a minha cabeça e só consegui bloquear com o meu braço. Seus dentes cravaram na minha pele e a dor se fazia aguda, enquanto que sangue começava a escorrer e o desespero se apossar de mim. De fato o animal não queria saber de jeito nenhum em me soltar, não importando quanto eu rolasse no chão. Acontecendo de encontrar uma pedra próxima, a peguei com a outra mão livre e comecei a batê-la com força na sua cabeça, repetidamente, até finalmente conseguir esmagá-la e me soltar. Mas mesmo assim, o meu braço esquerdo ardia de dor e mal o podia movimentar. Sem contar de que estava sangrando também e eu havia entrado mais fundo na floresta, sendo que precisaria também encontrar uma forma para voltar ao acampamento.

Mas antes eu precisava encontrar uma fonte de água. Não só para encher o cantil que eu mantinha preso á cintura, mas também lavar o ferimento. De fato o sangue poderia alertar mais animais sobre a minha posição. Algo que eu não queria! Como a água era algo inodoro, eu tinha de confiar na minha audição para procurar alguma fonte de água corrente. Por isso fiquei quieto num ponto, de olhos fechados e concentrando-me apenas nos sons. Era incrível como, apesar de estar no meio de um silencio absoluto, se você se concentre e bem findo e possui sentidos alterados, você consegue captar muitas coisas: o som da sua própria respiração, os batimentos do seu coração, passos de pequenos animais, o bater das asas de alguma borboleta ou outro inseto e... finalmente... o som da água de um riacho. Usando-o como referencia, me guiei pela floresta, mantendo-me em alerta até finalmente chegar á margem. porém, eu não era o único a estar lá!

Parece que um carcaju também tinha tido a brilhante ideia de ir se refrescar ou talvez beber um pouco. Confiando sobre o que eu tinha lido tempo atrás sobre ele ser tímido em relação a humano,s pensei que se eu não mexesse com ele, ele também não tentaria nada comigo. mas eu esqueci do fato que os animais me odiavam e este não era exceção. Sentindo o cheiro do meu sangue, emitiu um som ameaçador, antes de avançar contra mim. Eu não tinha outra opções a não ser fugir. Como eu poderia encarar um bicho daquele tipo?

Enquanto corria, a adrenalina subia cada vez mais, meu coração disparava como se quisesse saltar fora do meu peito e sentia meu corpo mais desinibido, mais leve enquanto que sentia desconforto na barriga, aquele clássico friozinho na barriga e aquela sensação incessante de estar sendo perseguido, o que no meu caso não se tratava de simples paranoia! Eu tinha de procurar alguma maneira para o poder distrair, ou despista-lo, sem que tivesse de recorrer á luta, ainda mais impossibilitado de um braço! Até mesmo, enquanto corria, pegava, sem arrancar, o ramo de um arbusto e o soltava, fazendo com que voltasse para atrás e desse uma bofetada no animal, algo que com certeza o deixaria mais furioso ainda. E foi então que vi uma colmeia mais para a frente. Lembrei de uma cena de um desenho onde usaram uma colmeia para afugentar um urso. Por que não tentar?

Após passar da colmeia, parei, peguei uma pedra e a joguei contra dela enquanto via o animal correr na minha direção e fugi sem nem olhar para atrás. O que se seguiu não posso contar, afinal me limitar apenas a correr o mais depressa possível, mas como o carcaju já não estava atrás de mim, eu podia presumir de que minha tática dera certo. Após uma certa distância, extremamente cansado e ainda com a lebre na mão, caí ao chão, tentando recuperar o folego, arfando.

Enquanto restaurava as minhas forças, me questionava sobre quanto tempo teria passado. Pra mim parecia mais dias e dias, no meio daquela mata e realmente eu queria poder finalmente dar tudo como acabado. mas quando abaixei os meus olhei olhei para uma coisa bem fofa. Um esquilo, do tipo daqueles esquilos voadores, estava encima do ramo da arvore que me fazia de reparo. Sorri de uma forma boba enquanto chamava para ele, atraindo sua atenção para poder ver melhor seu focinho. e sabem o que ele fez? Ele voou na minha direção feito morcego, feito Batman e parou na minha face, começando a me morder e arranhar. Droga, que raio de sorte que eu tinha?! Arrancando-o de mim, pegando-o pelo rabo, comecei a bate-lo contra o chão violentamente e varias vezes até finalmente estar morto e o juntei ao lebre. Pelo jeito tratei do jantar e do café de amanhã! Agora eu precisava procurar a água para finalmente poder sair daquele inferno!

Me levantei e estava determinado a voltar novamente para aquele riacho, utilizando o som da água corrente como eu tinha feito antes. Procurei por uma trilha diferente, que não me fizesse tropeçar naquele carcaju, ficando atento também aos cheiros. Sim, aos poucos estava me acostumando com os meus sentidos de lobo e havia aprendido a memorizar os cheiros. Realmente, ser mutante era algo bem legal! De volta á margem, olhava para os lados desconfiado mas, dando-me conta de que eu estava finalmente sozinho, enchi o cantil com água e lavei o meu braço e o meu rosto. Aproveitei também para beber um pouco, usando uma folha não peluda para levar a água até a boca e lavei até o esquilo e a lebre. Após disso, resolvi usar a faca para cortar fora a pele e os órgãos deles, de fato eu não iria os comer com pelo e tudo mais. Também não disso dizer que fiz isso com um sorriso nos lábios, se já na aula de biologia, quando dissecávamos uma rã, eu me sentia esquisito e pronto pra vomitar, imaginem ao ter de fazê-lo em dois animais, sabendo que os teria de comer depois? Mas pronto, o fiz mesmo assim, apesar de fazer uma pausa para vomitar longe e novamente os lavei nas água, jogando para lá as entranhas. Usei o meu casaco para colocar as minhas presas e fazer um embrulho, um saquinho improvisado.

Com tudo isso preparado, eu estava pronto para regressar ao acampamento. Mas como fazer isso se eu não sabia nem sequer onde me encontrava? Simples, usar o cheiro do Wolverine! Afinal ele não cheirava como uma flor, por isso eu podia me basear no cheiro dele que captei na aula e o rastrear. Certo, eu podia fazer aquilo! E então me coloquei em marcha e caminhei, por bastante tempo, até que senti o cheiro de mais um animal próximo a mim. Escondido num arbusto espreitei e vi um lobo, um lobo cinza que parecia também captar um cheiro. Eu sabia que tinha de ficar quieto e parado, não fazer nada para chamar a sua atenção, porém, naquela hora, uma barata passou pela minha mão, assustando-me, fazendo com que soltasse um grito que rivalizaria com o de qualquer mulherzinha. É, e nem me orgulho disso!

Mas como podem imaginar, o lobo se deu conta de mim e, em vez de ficar quietinho, eis que ulula, provavelmente chamando a sua matilha e que, em pouco tempo, me cercaram. Se tratavam de quatro lobos em total,que não me deixaram nenhuma via de fuga. Não havia chances a não ser ter de lutar. Coloquei as minhas presas no chão e os meus olhos começaram a se tingir de sangue, fazendo com que garras aparecessem e pelos cobrissem boa parte do meu corpo, dando-me uma aparência mais parecidas com os lobisomens de Teen Wolf. Eles rosnavam para mim enquanto giravam em minha volta, como se estivessem me analisando e eu rosnei de volta para eles, tentando intimidá-los. Algo que não funcionou, alias teve o efeito contrário, pois saltaram encima de mim.

Um estava nas minhas costas, o outro se levantou na minha frente, lacerando o meu peito, enquanto que os outros dois mordiam as minhas pernas. Naquele momento o meu sangue começou a esquentar, a ferver. Minha visão ficou turva, não pelos ferimentos, mas sim pela raiva. Estava começando a ter um dos meus apagões, um dos meus ataques de fúria. Naquelas horas eu começava a agir como um animal, pensar como um animal e uma enorme sede de sangue se apossava de mim. Tudo o que eu queria naquelas horas era ver o meu inimigo retalhado.

- Querem um pedaço de mim, hein? Venham me pegar então! Oops, Agora é a minha vez! -

Contorcendo, comecei a lacerar o lobo na tinha frente com ambos os braços numa, de cima para baixo em diagonal formando uma X imaginária. Após disso, minha atenção foi dirigida para o lobo nas minhas costas, que, colocando os braços para atrás, agarrei o pescoço dele. cravando minhas garras, e, após de retirá-lo de mim, o arremessei contra o tronco de uma arvore próxima. Já permaneciam os dois lobos que mordiam as minhas pernas. Com a raiva cada vez mais crescendo, fiz algo que até aquele momento não julguei ser capaz. Senti os muculos, a minha pele endurecer do ante-braço até a mão direita e, num golpei,, traspassei a cabeça dele. já o outro acabei por chutá-lo com a perna finalmente livre e comecei a pisar a cabeça dele varias vezes até ser esmagada. Por fim, me dirigi até o primeiro lobo que eu havia lacerado e me certifiquei da sua morte, de algum modo saboreando ver os seus olhinhos perderem vida e se escurecerem enquanto eu sorria satisfeito. Com o prazer, a raiva se esvaiu, a calma voltou, fazendo com que eu respirava profundamente, cansado e voltava ao normal, sendo que minhas garras e meus pelos sumiram. Mas não a dor! O peito, as costas, as pernas, o braço esquerdo, tudo ainda doía e eu estava farto daquela mata. Pegando o esquilo e a lebre, eu mancava, procurando o meu caminho e rezando para não ter nenhum encontro. Tive de usar um pouco da água do cantil para lavar os ferimentos e tive de rasgar a camisa, mais do que os lobos havia rasgado, para poder improvisar panos que parassem o sangramento dos meus ferimentos, e deixarem as minhas coisas lá onde deveriam ficar.

Prossegui usando o cheiro do Logan como pista e, como se as coisas ainda não pudessem piorar, um lince apareceu, olhando pra mim com uma cara de pouco amigos e parecendo estar pronto a me atacar. Realmente, eu tinha o saco cheio disso tudo! Já não aguentava mais!

- Oh Come On! Tão de sacanagem comigo! aqui toma e se manda! -

Disse com tom seco enquanto abria o casco, peguei o esquilo e o joguei para o lince. aproveitando fato dele comer sem nem me agradecer para dar o fora. E finalmente, após muitas peripécias, eu havia voltado para a clareira. nem podia imaginar quanto era meu contentamento. Eu louvava qualquer entidade suprema existisse, cantava aleluia, gloria, qualquer coisa que desse pra cantar, me ajoelhava mesmo não tendo joelhos pra poder me ajoelhar e caía ao chão, beijando a terra. Me arrastando para a minha terra, deixei meu casaco com o lebre para dentro dela e peguei os galhos que eu havia retirado dos ramos das árvores que havia decepado e, tal como nos fora ensinado antes, tentei fazer uma fogueira, partindo o galho na metade, fazendo com uma faca, uma linha num pedaço de madeira e esfregar a parte plana do galho com ela até que gerasse cintilas e fagulhas que caíssem nas folhas secas e o fogo foi criado. Já, agora, com o fogo contornado por galhos secos para dar o formato de fogueira, me bastou apenas espetar o coelho num galho e o colocar em cima do fogo, assando-o até que ficasse bem coradinho para o poder comer, assoprando para ele antes, é claro.

- Putz! o cara disse que nos vigiaria, nos orientaria, sem nos deixarmos sozinhos nessa mas eu estava sozinho nessa!!!-

Resmungava enquanto olhava para o fogo e meu olhar se perdia ao relembrar de tudo o que passei e que estava vivo por milagre. O céu noturno se esclarecia um pouco, dando sinal de que não faltaria muito para o amanhecer e, com ele, o fim daquela maldita aula. Resultado desta experiencia? Simples! Eu não gosto  da natureza e a natureza não gosta de mim! Não importa por onde coloque os meus pés, há sempre um animal pronto para me atacar. Um esquilo... Imaginem isso... um esquilo me atacou... Fui atacado por um esquilo... De repente... sem mais nem menos!!! e sim, se estão se perguntando se estou me pirando, tô sim!!

Eu podia esperar do lobo, do lince, talvez da raposa e do carcaju, até de um furão ou um arminho se os tivesse encontrados, mas de um esquilo, um ES-QUI-LO?! Essa é piada! Assim como o nosso professor era louco. Espero realmente que eu não coloque os pé naquela floresta, aliás, numa floresta tão cedo!

Prof. Wolverine | Forest | Wolves | Ryan Wearing: This  

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