— x мαrvєℓ υทivєrsє
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

3ª Aula Philip Montini

Ir para baixo

3ª Aula Philip Montini Empty 3ª Aula Philip Montini

Mensagem por Philip Montini Seg Jun 02, 2014 6:00 pm


Terceira aula

Mais uma aula estava marcada para aquela manhã. Alguns alunos ainda sonolentos, tomavam o café da manhã da forma mais cômica possível. Sentado na bancada, ao lado de uma garota que estava quase deitando em cima de seus ovos mexidos; um garoto deixava suas torradas queimarem, por não estar conseguindo prestar atenção ao que fazia, uma garotinha deixava o leite de sua tigela de cereais cair, e dois garotos sacaneavam outro que dormia sentado, com sua cabeça apoiada na cadeira, ficando de boca aberta para cima. Os garotos usavam ketchup para fazer um bigode falso no jovem mutante, e eu apenas tinha que me segurar para não rir, enquanto comia um pedaço de bolo de nozes com chocolate.

Ao terminar minha refeição, junto com meus colegas “zumbis de sono”, voltei para meu dormitório com o objetivo de terminar de me arrumar. Após tomar um bom banho levemente gelado, para me despertar; vesti minhas botas pretas feitas de couro (não eram feitas de borracha, para não dificultar o funcionamento de meus poderes), minhas luvas taser negras e meu novo uniforme, que tinham preparado especialmente para mim. O uniforme era feito de kevlar e fibras de cobre, para ajudar na condução de meus poderes elétricos; o tecido tinha sido pintado de preto, e alguns detalhes em formato de “circunferências de raios prateados” enfeitavam minha roupa. Um raio maior podia ser visto desenhado exatamente aonde se encontraria minha coluna vertebral, subindo até atingir os meus ombros; aonde se dividia em dois para formar um X em meu peitoral.

Eu tinha realmente adorado o designer de meu uniforme, restava apenas agora saber se na pratica ele também era tão útil. Vestindo-me não tão rapidamente, mas também não na velocidade tartaruga; deixei meus cabelos sem pentear como normalmente eles ficavam, e fui para o corredor. Ansiava por encontrar alguém que pudesse me guiar até a sala do perigo; fazia já um tempo que eu estava naquela mansão, mas ainda assim eu não sabia exatamente onde cada lugar ficava.

Ao ver uma das meninas, a qual reconheci sua silhueta de uma das aulas que tinha feito nos jardins da mansão; resolvi me aproximar. A beleza da garota era realmente chamativa, principalmente pelo uniforme um tanto quanto colado que ela usava. Tentando não pensar naquilo, foquei a olhar seus olhos. – Olá, eu me lembro de você... quer dizer, não que eu tenha ficado reparando em você. Eu estava sendo um idiota, talvez fosse o fato de ter passado um bom tempo sem conversar diretamente com garotas. – Desculpa, estou sendo um pouco infantil. Apenas gostaria de perguntar, se você sabe onde fica a sala do perigo... Retomei o meu timbre de voz, sem deixar em momento algum de olhar seus olhos. A garota parecia se divertir com aquilo tudo, ao mesmo tempo em que parecia um pouco chocada. – Tudo bem, eu sei sim onde fica; estou até mesmo indo para lá nesse momento... Sem que ela falasse mais alguma coisa, ou que eu a respondesse; começamos a caminhar juntos pela mansão.

Eu tentava gravar o caminho que era feito até aquela sala, e em meio de nossa caminhada a garota parou, olhando fixamente para mim. – Você não está me reconhecendo? Sabe, televisão... Eu olhava para o rosto dela, tentando reconhecê-la ou entender do que a garota estava falando, mas meu cérebro não conseguia buscar nada que me fizesse lembrar ela; apenas aquela primeira aula na qual a tinha visto de relance. – Desculpe, mas eu realmente não sei do que você está falando... sabe, fazia um tempo que eu não assistia televisão. A garota parecia se indignar um pouco, de modo que concluímos o restante do trajeto sem trocar mais nenhuma palavra se quer.

Ao chegarmos à sala de perigo, entramos e pude ver um ambiente metálico em uma sala ampla; com uma sala acima fechada por vidro e uma porta de aço. Poucos segundos depois mais alunos entraram, alguns bufando pois tinham corrido por causa do atraso. Eu me envergonhava um pouco por ter atrasado, aulas na parte da manhã sempre eram bastante complicadas; mas pelo menos eu não estava sozinho. De repente, quando todos já estavam no local; uma voz emergiu do nada. Eu reconhecia aquela voz, era do professor Xavier e parecia estar vindo de alguma aparelhagem sonora. Atentamente eu ouvi todas as palavras do homem, e depois de algum tempo até mesmo consegui visualizar onde ele estava. Em sua cadeira de rodas, ele estava nos observando do alto, em meio a sala a qual tinha uma vidraça por onde ele poderia nos ver.

Pelo que ele dizia, aquela aula teria alguma referencia sobre a gravidade. Lembrava de meus estudos e dos filmes que tinha visto sobre aquele assunto, sem duvida alguma no mínimo seria mais interessante conhecer um pouquinho mais sobre aquele assunto. À medida que o professor falava, eu tentava pensar no quão importante a gravidade era para nossas vidas; tudo basicamente em nosso planeta possui uma grande correlação com aquela força física, até mesmo a forma como o planeta era circular se podia creditar a sua gravidade. Ao voltar minha consciência para o que estava de fato acontecendo, vejo que o professor parecia estar mexendo em alguma coisa, talvez um painel de controle.

Ao ouvir as instruções sobre como seria aquela aula, cheguei a estremecer um pouquinho. Pelo que já tinha ouvido falar sobre aqueles sentinelas, eles eram robôs gigantes que caçavam mutantes, sendo que alguns deles até conseguia se adaptar aos poderes de seu alvo. O fato de que o treino aconteceria sobre gravidade 0 também poderia ser interessante, complexo mas interessante. Antes que eu pudesse pensar mais sobre a maravilha daquela aula-treino, o cenário começou a mudar em minha volta.

O chão que antes era metálico e sólido, fez com que meus pés se “afundassem” em uma espessa areia; o ar parecia um tanto quanto diferente e aos poucos eu sentia o peso de meu corpo mudar. Ao olhar para os lados, vi que alguns alunos começavam a sair do chão, fato justificado pela falta de gravidade naquele lugar. Não estávamos mais na sala, pelo menos aquele lugar nada se parecia com a área de treino usado pelos X-mens. Estávamos em um deserto, bem de frente para três pirâmides majestosas em seus tamanhos e beleza. No topo de uma das pirâmides, uma bandeira se encontrava fincada, parada parecendo nos desafiar a busca-la.

A cada segundo que se passava, mais parecia que meu corpo ficava “leve”, de modo que aos poucos também comecei a levitar. Muitos tentavam nadar até a bandeira, outros inutilmente tentavam usar seus poderes, que por falta da gravidade não estavam funcionando corretamente. A cada tentativa de aproximação, parecia que mais distantes ficávamos de nosso objetivo.

Quando um de meus colegas conseguiu alcançar uma das pirâmides, de forma a começar escala-la, algo ainda mais estranho aconteceu. Duas das pirâmides começaram a se mexer, e aos poucos elas começaram a planar e revelar um suporte mecânico muito parecido com propulsores de energia.  Enquanto começavam a alçar voo, as pirâmides iam revelando duas grandes estruturas metálicas pintadas de roxo. Vi muitos baterem a mão na testa, por se acharem tolos de esquecerem que teríamos a “ilustre” companhia de sentinelas; pois ao que tudo indicava, aquelas pirâmides estavam servindo para esconder aqueles malditos robôs.

Ao ver o corpo dos robôs serem completamente revelado, e seus olhos piscarem em um tom amarelado, alguns começaram a nadar na direção oposto das pirâmides, outros apenas paralisaram e o restante parecia tentar fazer alguma forma de ataque, mesmo que a maioria estivesse com seus poderes comprometidos por causa das condições nas quais estávamos. Os sentinelas pareciam que também estavam sobre o efeito da ausência de gravidade no começo, pois seus corpos também começavam a se tornarem menos densos, levitando a centímetros do chão. Poucos segundos depois minha possível alegria, por eles também estarem em desvantagem, acabou e deu lugar para uma maior preocupação. Os adversários acionaram seus motores propulsores e começaram a voar, vindo bem em nossa direção.

Vendo que a maioria estava entrando em desespero, tentei me acalmar e gritei. – Pessoal tentem se acalmar, continuar nadando parecendo “peixes em um aquário” não vai ajudar em nada. Todos pararam de se debater contra si mesmo (estavam tentando inutilmente se mover para onde quisessem), alguns riram de meu comentário mas logo pararam, pois viam a periculosidade que se aproximava. – Seguinte, teremos que distraí-los enquanto alguém pega a bandeira. O garoto que estava se segurando na única pirâmide que não tinha saído voando, e que por coincidência era a pirâmide onde no topo estava a bandeira; deu um “joinha” em nossa direção, como se indicasse que iria fazer aquela parte de nossa estratégia. Outros pareciam se preparar para atacar, faltava apenas conseguirmos alguma isca.

Um pouco desesperado por causa da aproximação dos sentinelas, um dos garotos que controlava água tentou usar seus poderes, infelizmente nada daquilo deu certo. O jato de água que deveria atingir um dos robôs, apenas se transformou em uma esfera aquosa, ficando parada diante dos olhos do garoto. Ao chegarem próximos demais, não tínhamos mais tempo de pensar, teríamos que agir. Eu usando meus poderes, fiz uma rajada de eletricidade em cada uma de minhas mãos, e as lancei na direção de meus inimigos. Eu agora por um momento estava contente por não termos gravidade, com a ausência daquela força física, acabou que meus poderes se intensificaram, por não estarem sofrendo influencia da gravidade que normalmente causa uma leve desregularização dos raios elétricos, e uma modificação nas ondas de energia. O jato de eletricidade da minha mão esquerda atingiu o sentinela que estava mais distancia, e o raio elétrico de minha mão direita atingiu o sentinela que estava quase na minha frente; de forma que ambos pararam momentaneamente pelo efeito da carga elétrica, mas já estavam um minuto depois me encarando.

Não precisava ser nenhum gênio para descobrir, que o alvo daqueles robôs agora seria eu, e que se aqueles sentinelas realmente conseguiam se adaptar aos poderes de seus alvos, meus poderes pelo menos momentaneamente não funcionariam mais com aqueles grandões de aço. Em seus olhos, uma quantidade de energia começou a ser armazenada, e algumas armas saíram dos braços daqueles dois robôs que possuíam cerca de quatro metros e meio. Sem duvida alguma eu estaria muito enrascado, pouca era a esperança que me restava.

Para minha felicidade e alivio, eu não estava sozinho, estava com meus companheiros de equipe. Quando os sentinelas estavam prontos para atirar em minha direção, rajadas dos mais variados tipos de poderes os atingiram. Fogo, energia cinética, luz, projeteis e vento eram apenas algumas das coisas que atingiram em cheio os robôs. Alguns poderes que outros tentaram lançar não deram certo, por estarem fragilizados e sofrendo as alterações do ambiente, mas sem duvida alguma, os que acertaram foram o suficiente. Parecia que os sentinelas estavam derrotados, flutuando pelo céu, desligados e danificados pelos ataques.

Em meio a confusão, acabei olhando para a pirâmide imóvel, vendo que nosso colega mutante estava quase alcançando o topo, talvez mais alguns minutos e ele conseguisse pegar a bandeira. Quando já respirava aliviado, acabei tendo mais uma decepção. Os sentinelas mesmo danificados conseguiram religar seus sistemas, pegando a todos de surpresa. Ao sermos surpreendidos, os robôs conseguiram atirar redes “contra poderes” em alguns dos mutantes, e dispararam mini foguetes na direção de todos; estávamos perdidos.

Em meio aquela situação difícil e perigosa, não podia ficar com os meus braços cruzados. Aproveitando que nossos adversários estavam sem foco em apenas um alvo, fechei meus olhos e tentei me concentrar ao máximo. Ao pensar em tudo de bom que tinha me acontecido desde que eu tinha chegado naquela mansão, eu simplesmente deixei o meu poder fluir. Imediatamente eu senti a eletricidade tomar conta de meu corpo, mas ela não emanava de mim; eu estava roubando toda a eletricidade daquele lugar. Os sentinelas enfraqueciam a cada minuto, e ficando um pouco mais vulneráveis pela falha em seus sistemas, começavam a ser destruídos pelos meus demais companheiros.

Quando abri os meus olhos, estava coberto por uma carga eletrostática azul-prateada. Os cabelos de meu corpo estavam todos arrepiados por causa do acumulo de energia, eu precisava despachar tudo aquilo em algum lugar. Vendo que os robôs começavam a novamente quererem acordar, graças a sistemas de geração de energia; mirei na cabeça de um deles, soltando uma rajada elétrica com toda energia acumulada de meu corpo. Imediatamente a cabeça do sentinela explodiu, devido a forte carga elétrica e aos meus conhecimentos sobre tecnologia, sabia que depois de tantos desgastes a armadura daquele sistema robótico não aguentaria uma carga tão grande.

Ainda restava um sentinela, que lutava deixando mais alguns mutantes sem ação, presos ou inconscientes. Antes que eu pudesse fazer mais alguma coisa,  um “Bip” começou a soar, e logo todos que estávamos flutuando despencamos no chão. Quando consegui me levantar, com um de meus braços latejando por causa da colisão com o chão na queda; olhei para os lados e me surpreendi. Novamente nós estávamos naquela sala inicial, com o piso feito de metal assim como as paredes. Olhei para os lados tentando encontrar o sentinela restante, ou entender o que estava acontecendo; mas nada encontrei. Após todos conseguirem se recompor, já que as redes também tinha desaparecido, e os inconscientes tinham sido retirados do local, apenas via um garoto sorrindo.

Reconheci por ser o mesmo mutante que antes estava escalando a pirâmide, tentando pegar a bandeira para que atingíssemos nosso objetivo. O garoto passou apenas sorrindo do meu lado, olhando para minha face. – Conseguimos cara, vencemos! Pensando um pouco, ainda demorei a entender tudo o que estava acontecendo, tendo certeza apenas depois de ouvir uma voz conhecida. Era a voz do professor Xavier nos parabenizando pelo êxito, tínhamos conseguido chamar a atenção dos sentinelas por tempo o suficiente, dando liberdade para o garoto pegar a bandeira. Sentindo meu corpo cansado, agora que a sala novamente voltou a ter gravidade; queria apenas tomar um banho e deitar para descansar. O professor ainda fez questão de demonstrar todos os nossos erros, o que fizemos de acerto e em que falhamos, com o objetivo de nos instruir para eventos futuros que pudessem ocorrer. Mesmo estando um pouco impaciente, tentei guardar cada palavra que aquele sábio homem falava, sabia que nada que ele dizia era atoa. Depois de terminada a explanação sobre nossa aula, e de sermos liberados; alguns pareciam furiosos por não terem ido tão bem, outros estavam eufóricos pela incrível aula que teríamos tido. Não ligando para nenhum daqueles dois grupos, apenas caminhei sozinho até meu dormitório, a fim de gastar o tempo até o almoço com uma bela soneca.

Imagem parcial da visão da simulação no deserto:


Ficha X-Marvel
Poderes:
Mensagens :
57

Data de inscrição :
21/05/2014

Idade :
37

Localização :
Base SHIELD

here's Philip Montini
Philip Montini

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos