— x мαrvєℓ υทivєrsє
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.

Aula de Elizabeth Bathory

Ir para baixo

Aula de Elizabeth Bathory Empty Aula de Elizabeth Bathory

Mensagem por Elizabeth R. Bathory Ter Nov 04, 2014 8:50 pm

Aula de defesa mental
Dead is the new alive.

E lá estava Elizabeth novamente. Movia-se graciosamente pelos longos corredores da mansão, despreocupada dentro de seu lindo vestido negro, na altura dos joelhos. Tinha os pés descalçados e uma paz invejável... Quando adentrou a sala, para sua segunda aula, encontrou a professora sentada na cadeira que lhe pertenciam e alguns poucos alunos ocupando seus devidos lugares.
Lizzie, embora estivesse relativamente mais sociável do que de costume, ainda não tinha a menor vontade de conversar com as pessoas e sua volta e por isso simplesmente se encaminhou a cadeira mais isolada, no fundo da sala, onde se acomodou e voltou toda sua atenção para a professora, ouvindo atentamente cada palavra da mesma. — Concentração. —  Murmurou, apenas para que sua amada Mary conseguisse ouvir.
Quando notou a escrita da professora no quadro, a loira sorriu, uma satisfação muito sutil brincava em seu rosto. Conforme a professora falava, Elizabeth realizava as tarefas pedidas. Ela chegou os olhos e não precisou de muito tempo para tornar a mente um lugar limpo e silencioso. Então imaginou a sala branca e em seguida, o cubo. Seu cubo era um desses coloridos, como cubos mágicos e lentamente, em sua mente, a menina ia tirando e colocando os pequenos quadrados coloridos do brinquedo. Quando acabou, ela abriu os olhos e suspirou, fitando a professora enquanto pensava o que aquilo realmente significava.
Parada no canto, ela observou quando a professora, junto a alguns alunos, afastavam as cadeiras. Perguntava-se se não seria mais fácil arrumar um lugar sem cadeiras no qual dar a dita aula, mas não questionou a professora, apenas caminhou para o espaço ‘livre’ como todos os outros alunos e ali se sentou. Elizabeth levou algum tempo para encontrar uma posição confortável, enquanto a professora falava, ela ia se arrumando. Por fim, acabou se sentando em meio lótus, com as costas firmes e eretas e as mãos pousadas delicadamente sobre os joelhos. Seu olhar fixou-se no espaço vazio ao seu lado, onde apenas Lizzie era capaz de ver Mary sentada sobre os joelhos. —Muito bom, Mary. —  Sorriu e então se calou por completo e fechou os olhos.
Elizabeth respirou fundo, deixou o corpo relaxar e manteve a mente trabalhando para eliminar pensamentos desnecessários. No fim, não havia sido realmente difícil e antes que notasse, a voz suave da professora era a única coisa ecoando em sua mente. A voz da professora se calou, então, uma cena surgiu. Na cena, Elizabeth estava de volta ao baile de inverno da escola, novamente dentro de seu vestido azul-marinho com borboletas prateadas. Aquilo só começou a fazer sentindo quando Lizzie ouviu a professora dizendo que aquela era parte da aula, assim, a loira se voltou completamente para dentro de si mesma, para tentar controlar sua mente.
“ Lizzie se viu no baile, aquele mesmo baile em que seu maior medo lhe bateu a porta. Se viu caminhando, sozinha, para perto da janela e observando a chuva forte do lado de fora. E então, novamente, a luz se apagando e todas as vozes se elevando, rápidas demais. A loira estava pronta para gritar, como havia feito quando aquilo de fato aconteceu, mas lembrou para si mesma que era apenas uma memória e que aquela era a SUA mente, então, ela poderia controlar a coisa.
Elizabeth sorriu, um sorriso maligno. A cena começou a se modificar com a vontade da jovem. Ela via Athor caminhando em sua direção, usando um sobretudo negro. Lizzie lhe deu a mão e fitou a escuridão a sua frente, onde podia delinear o contorno do porque de Psylocke, sua professora. Elizabeth então riu. — Ora, ora, ora... Temos visitas, novamente. —  Murmurou, enquanto puxava Athor para perto de si e via Mary surgindo atrás da figura da professora. – Achei que havia lhe avisado que não é educado chegar sem ser convidada, senhorita. – Mary tinha a voz cordial, mas fria.
Agora, Lizzie já não tinha mais medo da cena, sabia que era capaz de molda-la conforme sua vontade e assim vez. Aos poucos as pessoas normais foram sumindo, até que só restasse Mary, Athor, a professora e própria Elizabeth. Então, lentamente, o lugar foi se modificando. Não era mais o ginásio da escola, mas um grande cemitério. Uma luz muito tênue iluminava o lugar, revelando o topo da colina na qual estavam as quatro pessoas. Abaixo deles, uma centena de lapides antigas se mostravam presentes, havia também algumas estatuas de anjos e um grande carvalho distante, sob o qual uma cova estava sendo aberta.
A condessa começou a descer a colina junto com Athor e parou quando notou que sua professora ainda estava parada, com Mary bem atrás dela. —Faça a gentileza de me acompanhar, eu tenho certeza que vai querer ver. —  Murmurou, delicadamente e assim continuou a caminhar.
Por um momento, Elizabeth perdeu o controle. O som do choro de um dos alunos lhe tirou a concentração e a cena se transformou. Agora Lizzie se via numa sala escura e pequena, com o barulho da chuva forte se misturando a milhares de vozes que formavam um coro de lamurias. Aquilo lhe assustou e ela precisou de um momento para se recuperar e para lembrar-se da promessa que Athor lhe fez muito antes de descobrir seus poderes. “Eu sou aqui, estou com você e nunca deixarei nenhum mal lhe acontecer. Eu nunca vou lhe deixar sozinha no escuro.” Com essas palavras na mente, Elizabeth se acalmou e finalmente conseguiu tomar o controle da situação novamente.
Decididamente o cemitério não havia sido um lugar assim tão assustador, mas Lizzie teve uma ideia. Na ultima vez ela usou tortura de crianças para afastar a professora de sua mente, talvez isso ainda pudesse funcionar.
Com certo esforço e muita concentração, Elizabeth lutou para modificar a cena mais uma vez. Agora a sala em que estavam era ampla, uma luz iluminava o centro da mesma, onde estavam novamente as quatro figuras antes citadas. Dessa vez, Elizabeth, Athor e Mary estavam ricamente vestidos de negro e a professora usava trajes brancos, manchados de sangue em vários lugares. Elizabeth bateu palmas e as luzes foram se acendendo, uma a uma, para revalar uma sala com paredes e tetos brancos, manchados de sangue em tantos lugares que quase pareciam alaranjados.
Lizzie olhava ao redor da sala, onde, conforme as luzes se acendiam, corpos multilados eram revelados. Haviam corpos de crianças sem os braços ou sem a cabeça, alguns simplesmente dobrados em ângulos impossíveis. Mas também haviam corpos de adultos, em sua maioria presos nas paredes com enormes pregos, exibindo cortes profundos e por vezes até órgãos. Olhando a cena a sua volta, Elizabeth, Mary e Athor batiam palmas sinceras e riam baixinho. — Quem diria que nossa amável professora seria capaz de fazer tanto estrago? —  A voz de Lizzie era sarcástica, mas seus olhos eram doces e mortais.
A loira deu alguns passos para trás, se afastando. Então gotas de sangue começavam a pingar, lentamente, na testa de Psylocke. A mulher levantou a cabeça para encontrar uma menina, bastante parecida com ela, pendurada, pelos pés, no teto. A dita garotinha ainda respirava, mas no lugar onde deveriam ficar seus olhos existiam apenas grandes bolas de algodão, imundas de sangue. A criança chorava e como se soubesse onde a professora estava, esticava a mão na direção dela.
O rosto da professora se contorceu entre a náusea e o desprezo. Lizzie mantinha os profundos olhos azuis fixos na mulher. — Eu não tenho culpa se você faz isso com a pessoa que mais lhe ama no mundo. —  Murmurou num tom frio. — Mas, daremos um jeito. Vamos tirar ela dali e eu acabei com sua dor. —  Disse, caminhando para mais perto do centro da sala lentamente. — Ou eu posso acabar sem tira-la dali. —  Concluiu por fim.
Agora, fios metálicos e finos, embora visíveis, envolviam-se nos pulsos da criança, apertando-se contra eles e os cortando. A criança, que já chorava, passou a fazê com mais força e Elizabeth sorriu com aquilo. Era notável o olhar desconfortável da professora. — Ela vai ficar bem se você fizer o favor de ir embora. —  Lizzie era maldosa, movia o fio de forma que se enterrasse cada vez mais na carne macia da criança, lhe provocando gritos de dor.
Psylocke, que já deveria estar tão horrorizada quanto possível, apenas afirmou com a cabeça. Elizabeth tinha o triunfo nos sorriso enquanto via a professora caminhando pela sala, indo para a porta distante. Notou quando a mulher parou e olhou para trás, para a menina ainda no teto. Lizzie respirou fundo e soltou os braços da menina, deixando que Athor a puxasse gentilmente para baixo, onde Mary lhe pegou no colo. Só depois de ver que a menina estava viva é que a professora saiu pela porta.”

E foi assim que Elizabeth, exausta, abriu os olhos e deixou o corpo cair para trás, de encontro ao chão gelado. — Eu não sei como vou sobreviver as outras aulas, Mary. —  Confessou enquanto sentia o toque gélido da amiga contra sua pele quente. Lizzie se levantou e respirou fundo, passando as mãos pelo corpo. — Vamos, eu preciso respirar um pouco de ar fresco. —  Murmurou e assim caminhou até a porta. Dentro da sala a professora ainda estava sentada, de olhos fechados, mas algo dizia a Elizabeth que Psylocke não deixaria aquilo barato.

STATUS: Who strange.



Obs: Entre aspas e em itálico são descritas as cenas que se passaram na mente de Elizabeth.

Ficha X-Marvel
Poderes:
Mensagens :
22

Data de inscrição :
30/09/2014

here's Elizabeth R. Bathory
Elizabeth R. Bathory

Ir para o topo Ir para baixo

Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

 
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos