Aula 1º - Anthony Romanov
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Aula 1º - Anthony Romanov
Cold...
Primeira Aula
Silêncio. A canção inaudível de gingado suave a percorrer os ouvidos que não podiam ouvi-la. Solidão. Inconscientemente, o garoto congelava o gramado do jardim a cada passo de seus pés descalços. Frio... Não tinha a capacidade de sentir o efeito que ele mesmo causava naqueles a sua volta. Ao menos não com tanta intensidade. A grama congelou-se em um círculo perfeito ao redor do criocinético, assim como se congelavam as lágrimas que o jovem deixava cair no solo fértil. A dor apertava o coração dele como se uma mão espectral o agarrasse e espremesse.
O céu estava tão azul quanto seus olhos, e o sol brilhava tão intensamente que bastou o garoto se afastar alguns passos para que o gelo formado derretesse. Era irônico que um dia tão belo assim marcasse o aniversário da morte de Amy. Pensar na garota tornou a dor ainda maior, mas pensar nela era tudo o que ele podia fazer. Tentando afastar os pensamentos que o assolavam, decidira ir à aula naquela manhã. Caminhou silenciosa e calmamente até o ponto marcado pelo professor Xavier – o respeitado criador daquele local, com uma aparência misteriosa que carregava poder -, e não demorou muito para que este começasse a falar.
Primeiramente, o cadeirante explicou os conceitos básicos da matéria. Sentiu sua mão tremer quando ele explicou sobre a relação entre os poderes e as emoções, mas o garoto estava confiante ainda assim. Passara um ano inteiro aprendendo a controlar seus poderes e conviver com sua tristeza, então mesmo que – em especial naquele dia – suas emoções se descontrolassem, tinha fé de que os poderes se manteriam sob controle. Incrivelmente, notou as máquinas espalhadas pelo campo apenas depois que o professor comentou sobre elas, três aparelhos que lançavam bolas de tênis, daqueles vistos em filmes, desenhos, ou nos próprios treinos.
Anthony quase sorriu. Só isso? Se defender de algumas esferas lançadas por máquinas como aquelas era um trabalho até medíocre para alguém como ele. Não que fosse uma pessoa orgulhosa ou algo do tipo, mas porque tinha plenos conhecimentos dos limites de seus poderes, e se defender de ataques como aqueles nem mesmo exigiria esforço do criocinético. Primeiramente o garoto se afastou um pouco do grupo principal, para que pudesse prestar atenção nos lançamentos. A primeira bola foi lançada, a uma velocidade baixa. Os alunos nem mediram esforços para desviar do projétil esférico.
Os lançamentos seguintes continuavam lentos. Anthony contou cinco segundos de espaçamento entre cada um deles, e a velocidade era tão baixa que a própria resistência do ar somada à gravidade fazia seu trabalho e a bola caía na grama a alguns metros de distância da máquina. Os projéteis eram lançados sempre na mesma direção, embora fosse fácil perceber que a haste lançadora era móvel. Após mais ou menos um minuto, os lançamentos se tornaram mais rápidos e menos espaçados. Três segundos, e forte o bastante para que as esferas se perdessem pelo jardim. O mutante precisou desviar de três dos ataques, que por pouco não o acertaram.
No momento seguinte, o espaçamento era de menos de um segundo. Anthony se jogou no chão, e uma esfera passou zunindo por cima dele. Rolou no chão e mais duas quase o atingiram. O inferno se fez quando as outras duas máquinas foram ligadas. Em um segundo que se distraíra olhando um hematoma enorme que se formara em um aluno após ser atingido pelo ataque, quase foi acertado no olho, e seus reflexos o salvaram no último milímetro.
Correu, desviando-se de mais projéteis, e parou atrás de uma das máquinas. Tocou o metal, e logo os disparos se tornaram tão lentos quanto no início. Sentiu a energia cinética se reduzir dentro do aparelho, e pôde analisar com maior precisão, protegido pela própria máquina. Um sistema de impulsão era o que realizava os ataques, que aceleravam por um tempo e logo em seguida desaceleravam e caíam, de modo que o movimento era variado. Antes que pudesse pensar em algo mais, a mente do garoto foi repentinamente e invadida pelos seus momentos felizes com Amy, e a desconcentração fez com que as máquinas voltassem a atirar como antes.
Praguejou, e voltou a tocar no metal, mas dessa vez desejou congelar a máquina totalmente. O gelo consumiu o aparelho, que parou de atacar. Anthony então voltou para o campo de batalha, concentrando-se em um escudo de gelo que logo se formou em sua frente, em um ângulo que defenderia do lançamento dos dois “oponentes” restantes. Transformou a umidade do ar em uma estaca de gelo, e saiu da proteção de seu escudo por um segundo, no qual lançou a arma contra a máquina. Obviamente, ele errou. Não possuía perícia o bastante para um lançamento como aqueles, mas esperava ao menos que a estaca ficasse presa na máquina.
O escudo se quebrou, e o garoto correu para continuar desviando dos projéteis. Criou outro escudo em uma posição estratégica e contou. Mesmo com dificuldade, pôde perceber que a máquina alvo atirava com certo padrão. Esquerda, diagonal superior direita, centro, abaixo, diagonal inferior esquerda, e assim o movimento se seguia até que começasse de novo. Apenas os ataques que se focavam na esquerda poderiam atingi-lo, mas eram rápidos demais para que se pudesse desviar àquela distância. Então, o garoto teve uma ideia.
Manipulou a água presente no ar ao seu redor e criou um peitoral de armadura, como um modelo que gladiadores usavam. Materializou um bastão de baseball em sua mão direita e um escudo na esquerda, e correu. Como esperava, dois lançamentos atingiram o peitoral sem que ele pudesse esquivar, e a armadura foi quebrada. O lançamento seguinte foi desviado pelo escudo, e o posterior foi rebatido para longe – e só não acertou ao professor porque a bola simplesmente parou no ar, como todas estavam fazendo.
Finalmente chegou ao seu objetivo, e tocou a máquina como havia feito com a outra, e assim como a outra, aquela parou. No entanto, seu braço foi atingido por um projétil do último aparelho antes que ele pudesse evitar. A dor logo passou e nem mesmo se formou um hematoma, graças à cura natural do garoto, mas ainda assim ele ficara com raiva. Sentiu seu corpo inteiro se transformar em gelo, e correu na direção da última máquina. Os projéteis atingiam-no inutilmente, e um potente soco na ponta da haste fez com que toda a máquina congelasse.
O corpo então retornou ao que era antes, e o garoto sentou-se no chão, cansado. Tão logo quanto a adrenalina abandonara seu corpo, as memórias retornaram, obrigando-o a segurar o choro. Ouviu alguns comentários sobre ele: uns surpresos, outros contentes por não apanharem mais para as esferas, e outros invejosos pelos dons de Anthony. – Ei, cara, acho que sua missão era se defender, não destruir os aparelhos. – Uma mão ajudou-o a se levantar, e um garoto sorridente parabenizou-o antes que todos seguissem para a mansão.
O céu estava tão azul quanto seus olhos, e o sol brilhava tão intensamente que bastou o garoto se afastar alguns passos para que o gelo formado derretesse. Era irônico que um dia tão belo assim marcasse o aniversário da morte de Amy. Pensar na garota tornou a dor ainda maior, mas pensar nela era tudo o que ele podia fazer. Tentando afastar os pensamentos que o assolavam, decidira ir à aula naquela manhã. Caminhou silenciosa e calmamente até o ponto marcado pelo professor Xavier – o respeitado criador daquele local, com uma aparência misteriosa que carregava poder -, e não demorou muito para que este começasse a falar.
Primeiramente, o cadeirante explicou os conceitos básicos da matéria. Sentiu sua mão tremer quando ele explicou sobre a relação entre os poderes e as emoções, mas o garoto estava confiante ainda assim. Passara um ano inteiro aprendendo a controlar seus poderes e conviver com sua tristeza, então mesmo que – em especial naquele dia – suas emoções se descontrolassem, tinha fé de que os poderes se manteriam sob controle. Incrivelmente, notou as máquinas espalhadas pelo campo apenas depois que o professor comentou sobre elas, três aparelhos que lançavam bolas de tênis, daqueles vistos em filmes, desenhos, ou nos próprios treinos.
Anthony quase sorriu. Só isso? Se defender de algumas esferas lançadas por máquinas como aquelas era um trabalho até medíocre para alguém como ele. Não que fosse uma pessoa orgulhosa ou algo do tipo, mas porque tinha plenos conhecimentos dos limites de seus poderes, e se defender de ataques como aqueles nem mesmo exigiria esforço do criocinético. Primeiramente o garoto se afastou um pouco do grupo principal, para que pudesse prestar atenção nos lançamentos. A primeira bola foi lançada, a uma velocidade baixa. Os alunos nem mediram esforços para desviar do projétil esférico.
Os lançamentos seguintes continuavam lentos. Anthony contou cinco segundos de espaçamento entre cada um deles, e a velocidade era tão baixa que a própria resistência do ar somada à gravidade fazia seu trabalho e a bola caía na grama a alguns metros de distância da máquina. Os projéteis eram lançados sempre na mesma direção, embora fosse fácil perceber que a haste lançadora era móvel. Após mais ou menos um minuto, os lançamentos se tornaram mais rápidos e menos espaçados. Três segundos, e forte o bastante para que as esferas se perdessem pelo jardim. O mutante precisou desviar de três dos ataques, que por pouco não o acertaram.
No momento seguinte, o espaçamento era de menos de um segundo. Anthony se jogou no chão, e uma esfera passou zunindo por cima dele. Rolou no chão e mais duas quase o atingiram. O inferno se fez quando as outras duas máquinas foram ligadas. Em um segundo que se distraíra olhando um hematoma enorme que se formara em um aluno após ser atingido pelo ataque, quase foi acertado no olho, e seus reflexos o salvaram no último milímetro.
Correu, desviando-se de mais projéteis, e parou atrás de uma das máquinas. Tocou o metal, e logo os disparos se tornaram tão lentos quanto no início. Sentiu a energia cinética se reduzir dentro do aparelho, e pôde analisar com maior precisão, protegido pela própria máquina. Um sistema de impulsão era o que realizava os ataques, que aceleravam por um tempo e logo em seguida desaceleravam e caíam, de modo que o movimento era variado. Antes que pudesse pensar em algo mais, a mente do garoto foi repentinamente e invadida pelos seus momentos felizes com Amy, e a desconcentração fez com que as máquinas voltassem a atirar como antes.
Praguejou, e voltou a tocar no metal, mas dessa vez desejou congelar a máquina totalmente. O gelo consumiu o aparelho, que parou de atacar. Anthony então voltou para o campo de batalha, concentrando-se em um escudo de gelo que logo se formou em sua frente, em um ângulo que defenderia do lançamento dos dois “oponentes” restantes. Transformou a umidade do ar em uma estaca de gelo, e saiu da proteção de seu escudo por um segundo, no qual lançou a arma contra a máquina. Obviamente, ele errou. Não possuía perícia o bastante para um lançamento como aqueles, mas esperava ao menos que a estaca ficasse presa na máquina.
O escudo se quebrou, e o garoto correu para continuar desviando dos projéteis. Criou outro escudo em uma posição estratégica e contou. Mesmo com dificuldade, pôde perceber que a máquina alvo atirava com certo padrão. Esquerda, diagonal superior direita, centro, abaixo, diagonal inferior esquerda, e assim o movimento se seguia até que começasse de novo. Apenas os ataques que se focavam na esquerda poderiam atingi-lo, mas eram rápidos demais para que se pudesse desviar àquela distância. Então, o garoto teve uma ideia.
Manipulou a água presente no ar ao seu redor e criou um peitoral de armadura, como um modelo que gladiadores usavam. Materializou um bastão de baseball em sua mão direita e um escudo na esquerda, e correu. Como esperava, dois lançamentos atingiram o peitoral sem que ele pudesse esquivar, e a armadura foi quebrada. O lançamento seguinte foi desviado pelo escudo, e o posterior foi rebatido para longe – e só não acertou ao professor porque a bola simplesmente parou no ar, como todas estavam fazendo.
Finalmente chegou ao seu objetivo, e tocou a máquina como havia feito com a outra, e assim como a outra, aquela parou. No entanto, seu braço foi atingido por um projétil do último aparelho antes que ele pudesse evitar. A dor logo passou e nem mesmo se formou um hematoma, graças à cura natural do garoto, mas ainda assim ele ficara com raiva. Sentiu seu corpo inteiro se transformar em gelo, e correu na direção da última máquina. Os projéteis atingiam-no inutilmente, e um potente soco na ponta da haste fez com que toda a máquina congelasse.
O corpo então retornou ao que era antes, e o garoto sentou-se no chão, cansado. Tão logo quanto a adrenalina abandonara seu corpo, as memórias retornaram, obrigando-o a segurar o choro. Ouviu alguns comentários sobre ele: uns surpresos, outros contentes por não apanharem mais para as esferas, e outros invejosos pelos dons de Anthony. – Ei, cara, acho que sua missão era se defender, não destruir os aparelhos. – Uma mão ajudou-o a se levantar, e um garoto sorridente parabenizou-o antes que todos seguissem para a mansão.
- Poderes Utilizados:
- Criocinese
Nível 1:
• "Criocinese inicial": Tem a capacidade de reduzir a energia cinética dos átomos, podendo resfriar o ambiente ao redor por completo e congelar qualquer coisas com um simples toque. Também consegue criar gelo a partir da umidade do ar, conseguindo criar quaisquer objetos para utilizar contra os inimigos. Pode também criar pontes de gelo em que pode se locomover, utilizando da umidade no ar.
• Escudo de Gelo: Consegue criar um escudo grande o bastante para proteger a si mesmo e a um aliado, dando aos dois +3 de defesa a cada três turnos.
• Toque Congelante: Em contato com a pele, o usuário pode congelar qualquer superfície, sendo de um objeto ou de alguma forma de vida. Ganha +2 de ataque a cada três turnos ao utilizar essa habilidade como forma de ataque.
• Mimetismo Criocinético: Esse mutante é capaz de criar gelo por todo o seu corpo, tornando mais resistente a ataques físicos, e o tornando imune ao gelo e ao próprio frio. Ganha +2 de defesa para qualquer ataque que se utilize de temperaturas elevadas. Para usar essa habilidade, é gasto um movimento no turno, no entanto a armadura de gelo não atrapalha – nem ajuda – em nada nos movimentos do mutante.
Fator de Cura
Nível 1:
• O usuário deste poder possui um fator de cura altamente desenvolvido e de ação automática. Suas células se regeneram com grande velocidade, multiplicando-se e curando ferimentos em qualquer um de seus tecidos, mucosas, órgãos, glândulas, etc... Ou seja, qualquer ferida que o mutante receber será instantaneamente curada – isso não isenta o dano, apenas cura o ferimento. Além disso, é possível auxiliar na cura de outras pessoas, concentrando-se nelas. O fator de cura também age no organismo do mutante, agindo para curar substâncias nocivas, de forma que venenos nunca serão fatais para ele, embora ainda possam deixá-lo à beira da morte.
Crédito do template a Tamy!
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Poderes:
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